segunda-feira, maio 30, 2011

Meras considerações...

E… «não se sai da cepa torta!» – diz-se muitas vezes, querendo afirmar que não existem mudanças em algo ou que se caiu numa rotina fastidiosa e vil.

Pois é o que está a acontecer não só em Portugal, mas em todo o Mundo. Quem é rico goza a sua riqueza e, até, aumenta-a; quem nada, ou muito pouco tem, aperta o cinto e chora as dores da sua míngua, sem vislumbrar saída digna para a sua desgraçada condição.

É um ciclo que retorna ao início como «pescadinha de rabo na boca». Ninguém toma a iniciativa de pegar a dita pescadinha e esticá-la, para que fique estendida afim de ser, devidamente, cozinhada.

Não haverá, por aí, alguém, corajoso e inteligente, capaz de, mesmo com muito esforço e luta, manobrar a roda do leme e pôr o navio numa rota que o leve a bom porto?

Toda a gente se diz óptima e muito capaz de virar o Mundo, porém, depois de alcançar o poleiro, nada mais faz, fica-se pelos louros conquistados á custa da estupidez de quem o pôs no píncaro e... pronto.

O milagre não surge, não por não ser possível, e sim porque, num comodismo atroz e doentio, não há iniciativa, nem vontade para que aconteça. Vai-se de olhos fechados, seguindo, fanática e histericamente, as vozes incompetentes e interesseiras dos que querem, também, ganhar um “Lugar ao Sol”, para, enfim, mandarem untar a barriga com manteiga e viver «à tripa forra».

sexta-feira, maio 27, 2011

Divagações eleiçoeiras

Agitam bandeiras, gritam frases feitas ao vento, rufam tambores e a caravana passa com os líderes a infectarem as fuças com os micróbios de mil beijinhos e abraços sem nexo, mas de salvaguarda de sua imagem “mui querida e bem popular”.

Hipocrisia! Tanta hipocrisia eleiçoeira! Como as pessoas são?! O carneirismo” é assim!

Quase me apetecia ficar por aqui, pois a mensagem está dada. Todavia, por respeito a quem vai lendo e gostando do que escrevo, sempre direi que é por estas manifestações, de falsidade e bastante histeria colectiva, que os partidos e os políticos (nem todos, felizmente) se encontram desprestigiados e, sobretudo, vazios de conteúdo político, social e humano.

Dirão que, desde tempos longínquos, as coisas sempre foram assim. Pois! Pois! Só que – penso eu – ainda existia algum bom-senso, o que, no meio das arruadas deste ano, não se está a topar.

É a campanha dos atropelos; do diz tu direi eu; do remexer nos lodaçais do passado; do abandono dos valores essenciais da solidariedade para com o próximo, mesmo que ele tenha, como toda a gente, cometido os seus erros.

Que vergonha!...

E não se vislumbra mudança de procedimentos verbais, nem de comportamentos, nem de vivências políticas que levem ao vero esclarecimento dos eleitores libertos de “carneirismo” cego e atrofiante.

É o que temos, não o que queremos!...

quarta-feira, maio 25, 2011

A terra e o mar são o devir de Portugal

O rei D. Fernando (1345-1383) – o Formoso – embora leviano ao manter três guerras com Castela e ao casar com D. Leonor Teles a quem o povo chamava de “a Barregã”, foi, no entanto, um homem inteligente a legislar, sendo a mais famosa a Lei das Sesmarias, a qual obrigava os donos de propriedades agrícolas a procederem ao seu cultivo, pois, de contrário, essas terras, ao abandono, seriam dadas a quem as amanhasse devidamente.

Segundo as previsões, derivadas do último Censo, Portugal, por volta de 2030, terá uma população que não ultrapassará os 6 milhões de habitantes. O que quer dizer que, se os campos, as florestas e o nosso mar estiverem a ser racionalmente explorados, seremos um país, a nível alimentar e não só, excedentário, logo, independente, porque teremos produtos para exportação que suprirão, em divisas, quanto tivermos de adquirir no estrangeiro.

Pensando deste modo – para nós, o mais correcto e escorreito –, fácil se torna concluir que, desde já, é urgente e indispensável desenvolver políticas e acções tendentes à obtenção do quadro descrito no parágrafo anterior.

Ainda falta uma década e meia, mas é já que tem de ser preparado e construído esse desafogado futuro. Tenhamos disto plena consciência!...

domingo, maio 22, 2011

Honrarias

No passado dia 13 de Maio, num jantar servido no Restaurante Quinta da Magarenha, nos arredores da Cidade de Viseu, a Confraria de Saberes e Sabores da Beira quis gratificar a minha humilde pessoa, atribuindo-me o Prémio “Beirão de Mérito”, pela minha actividade em favor da «Cultura Beirã», constituído por diploma e por uma estatueta em estanho, representando um Pastor da Serra do Caramulo, trajando uma choça e com o respectivo chapéu de feltro na cabeça.

Claro que, no momento, agradeci, como era meu dever, tal gentileza e, sobretudo, tal reconhecimento, compartilhando com minha esposa, Maria Laura Rodrigues, esse galardão, pois – afirmo sem rebuço – o meu sucesso, nos 45 anos já contados no nosso casamento, é devido, unicamente, a ela ser o esteio a que, sempre, gostosamente, me arrimo.

A este propósito, é-me lícito considerar que os prémios e as honrarias deveriam ser entregues enquanto os visados estão vivos e capazes de se emocionarem com eles. Postumamente atribuídos e entregues, já nada dizem a quem são dirigidos.

Por outro lado – como muito bem disse o meu Amigo Almiro Costa – «essas honrosas benesses, das instituições e do povo, pecam por serem atribuídas e entregues (quase sempre) em hora tardia, ou seja, quando os homenageados “estão já com os pés para a cova”

Bem hajam e que venham outras! Eu e o meu Ego agradecemos e festejamos com carinho essa gentileza!...

sexta-feira, maio 20, 2011

Eleitoralismo

Ainda que só estejamos em pré campanha eleitoral, a realidade é que os partidos e os políticos já se arranham e esbracejam como se já estivéssemos no auge da refrega eleitoralista.

Antigamente dizia-se que para se conhecer o verdadeiro carácter de um indivíduo bastava embriagá-lo. Porém, hoje, dir-se-á que para se conhecer um político, dever-se-á observá-lo durante uma campanha eleitoral, pois, tal como o álcool embriaga e põe a nu a personalidade de um homem, também a ambição pela conquista do poder faz com que o cidadão ponha a descoberto todas as suas intenções e toda a sua personalidade.

Não é uma mera divagação retórica, é uma realidade tão visível e absoluta que até dói, só de pensar. O Ser Humano é um bicho tão complexo e misterioso, mas sobretudo tão claro e desnudado quando sob pressão, seja ela de que tipo for.

Nesse estado, emocionalmente perturbado, o Homem perde a noção das coisas e actua (quase ou mesmo) instintivamente, pondo de lado o sentido de amizade, solidariedade e sei lá que mais, passando a agir sem conceitos, nem complexos. È o “salve-se quem puder”.

O que importa, neste período, não é mais o esclarecimento honesto e de boa-fé, e sim, arrebanhar votos que nos levem à meta proposta. É o “não olhar a meios para atingir os fins”.

Que dizer mais?...

quarta-feira, maio 18, 2011

Amor - um sistema governativo a explorar

Há dias, o meu amigo Almiro, “o bom patife das músicas”, enquanto tomávamos o habitual cafezinho, dizia-me que sentia uma revolta profunda pelas injustiças existentes, «enquanto a maioria vive com um milhão de dificuldades, uns tantos (pouquíssimos) ganham e vivem principescamente!»

Efectivamente assim é! E é porque, apesar de estarmos em pleno século XXI, Ainda não fomos capazes de entender e aplicar as doutrinas de igualdade e amor ensinadas, por Buda, Cristo e Ghandi.

Não há dúvida que continuamos casmurros, eivados de teorias (talvez) feudais em que os “Senhores” tinham todos os direitos, enquanto a gleba, escravizada e espezinhada, só tinha obrigações a cumprir e dores a sofrer.

Bem sabemos que não é, de modo algum, fácil mudar mentalidades e sistemas sociais. E sabemos também que quando alguém tenta fazê-lo, logo é perseguido e, o que é bem pior, desacreditado.

Dir-se-á que cabe a quem tem o poder realizar essa mudança. Mas… os poderosos, por seu lado, não querem, logicamente, perder suas mordomias. E o ciclo vicioso, em “moto contínuo”, prossegue seu nefasto rolar das coisas.

O Liberalismo falhou, o capitalismo falhou; o comunismo falhou, a social-democracia está a ruir estrondosamente. O que nos resta, então? Será que não existe um sistema infalível? Talvez haja, só que os homens, por ganância, não têm Amor no coração para o desenvolver e explorar até ao infinito do Mundo e da Vida.

A reflexão aqui fica!

segunda-feira, maio 16, 2011

O Legado

«Certifique-se de que, ao partir, deixa algo neste mundo para além de roupas, uma bela casa e uma carteira de acções.» – Afirmou Sabrina Steele.

Claro que, embora os bens materiais possam fazer “algum jeito” em vida, é importante que todo o Ser Humano, ao longo dos seus dias, vá pensando no legado que vai transmitir aos vindouros, pensando, muito seriamente, se será coisa que lhe assegure a memória de seu bom nome. Os bens materiais nada valem nesse fundamental contexto de vivência social.

Desgraçadamente, poucos são aqueles que se preocupam com a imagem da sua memória futura. Olha-se, loucamente, para os prazeres do momento e descura-se o Porvir que chega quando menos se espera.

Na política, essa situação é bem evidente. Atropela-se e mente-se só para se sentir o gosto da vitória e do Poder. O ser importante, ter muitos votos, muitas benesses e muitas curvaturas cervicais dos aduladores e dos apaniguados enche o Ego.

Coitado de quem assim procede e pensa!... E os outros?... Ai de quem tem fome, sede, está nu, é ignorante, não tem abrigo e, sobretudo, vive à míngua de afecto e carinho!

– Quem for inteligente que entenda!...

sábado, maio 14, 2011

Falta de respeito pelos outros

Já o disse várias vezes, mas, ao que me é dado observar, nunca é demais bradar, aos quatro ventos, que uma enorme maioria de condutores portugueses, antes de entrarem numa escola especializada no ensino de Código da Estrada e Condução de viaturas automóveis, deveria passar por uma Escola de Educação, Civismo e Cidadania, para aprender a respeitar os Direitos dos outros, respeitando, por isso, os sinais de trânsito colocados (vertical e horizontalmente) na via pública.

Estou, concretamente, a referir-me ao desrespeito pelos espaços de parqueamento reservado a cidadãos com deficiência e que, a mais das vezes, são (indevida e abusivamente) ocupados por viaturas sem o respectivo dístico oficial que lhes confere essa (legal e justa) regalia.

Depois, quando são multados ou vêem os seus veículos rebocados, deitam as mãos à cabeça e vociferam dizendo que as autoridades só pensam na “caça à multa”, nunca atribuindo culpas à sua falta de educação e de cidadania. O erro nunca é seu, do seu desrespeito pelos direitos dos outros.

Não é possível haver um polícia para cada prevaricador… o que é necessário é promover, de todos os modos, a (re) educação ética, social e humana dos condutores para que a vida seja um pouco (um muito) mais harmoniosa e gostosa de viver.

quarta-feira, maio 11, 2011

Diferença ou o sentir dos poetas

«Aos meus amigos, desejo que sendo jovens, não amadureçam depressa de mais... E que sendo maduros, não insistam em rejuvenescer, e que sendo velhos, não acabem por desesperar. Cada idade tem o seu prazer e a sua dor. É preciso deixar que elas escorram no meio de nós! Desejo também que "de vez em quando sejam tristes", não o ano todo, mas apenas um dia, mas que nesse dia descubram que o riso diário é bom!» – Disse a minha muito querida Amiga e poetisa, Maria Azevedo, no Facebook.

Na realidade e sem louvaminhas – já não tenho idade para isso – a Maria José tem razão. A vida não pode ser monótona em seu rolar permanente e inevitável. Um ramo de flores, tem de ser variado, para ser bonito. O Mundo só é belo, se houver diversidade. E… o viver do homem/poeta se não tiver alegria e tristeza não será viver, será somente rotina e… nada.

Oh! Como entendo e quero fugir do tédio, dos tudo e todos iguais! Viva a diferença e viva a força que daí advém!...

segunda-feira, maio 09, 2011

Inconguência

Às vezes quedo-me “apardalado” melhor, mentalmente avariado, com certas coisas que vejo e/ou ouço, de tão anormais me parecerem.

Que os jovens, em final de curso, com excesso de álcool, cometam exageros comportamentais, eu até posso tolerar e desculpar, mas que quem tem responsabilidades éticas, políticas, sociais e humanas se desvie do caminho recto da igualdade de princípios – juro – não consigo compreender.

Surge-me isto porque é-me impossível aceitar que os funcionários da U.E. – como é dito, num email posto a circular pela Net – possam aposentar-se (ou reformar-se, não sei qual o termo adequado) aos cinquenta anos de idade, com uma remuneração choruda de € 9 000/mês.

É obscena tal disparidade, perante pensões, aos 65 anos, no valor de menos de € 300, como sucede em Portugal (nos outros Estados da União eu desconheço).

Por quê? Será que esses trabalhadores têm estômagos diferentes dos pobrezinhos? Quem nos acode, Meu Deus?!...

Bem! O melhor é fechar a válvula e ficar-me por aqui! Quem tiver entendimento que entenda e grite sua revolta, “até que a voz lhe doa”!

sexta-feira, maio 06, 2011

Incoerências do nosso tempo

Numa altura em que tanta gente passa fome, em Portugal, não é fácil – pelo menos para mim – entender porque é que os Órgãos de Comunicação Social, têm tantos programas a falar, mostrar e fazer comida.

È – cuido eu, se calhar sou muito burro – uma ofensa a quem, infelizmente, vive em míngua, com o “estômago a dar horas”.

O mesmo sucede com os bares, vemo-los, à noite, cheios de gente que come bebe e, depois, ao sair, provoca distúrbios e actos de vandalismo.

E dizem que estamos em crise!... Que não há dinheiro!... Que a vida não é fácil!...

Sim, é verdade!... Mas, então, essas pessoas não tiveram cortes salariais ou ganham tanto que nem dão pela redução dos seus rendimentos?!...

Vão-se lá entender estas coisas!?...

quarta-feira, maio 04, 2011

As Palavras e a Política

«Cada palavra que usamos deveria passar por três perguntas, antes de ser proferida: "É verdade? É necessária? É uma coisa boa?” De outro modo, se a palavra não tiver nada de simpático e inteligente para expressar, então, não se diga!» – afirmava a minha Querida e muito especial Amiga Maria Azevedo, hoje, no Facebook.

Concordando com tal pensar, sempre direi, observando o mundo em que estamos inseridos, que imensos políticos não cuidam do que dizem e atiram para o ar catadupas de palavras sem razão de ser. Todavia, esse, é um mal em que caiem e que, infelizmente, leva “de cambolhada” multidões de gente mal esclarecida e, por isso, incauta.

A pressa de Ser e Estar conduz à incoerência discursiva e, daí, ao ridículo da política feita na ânsia de conquistar rapidamente o Poder é um “saltinho de pardal”.

As palavras depois de postas a circular, nunca se sabe onde vão parar, são como pena de ave solta ao vento.

Em tempo eleitoral os políticos, no fanatismo das suas doutrinas, perdem a noção das realidades e falam, falam, falam do que sabem e do que desconhecem, cabendo-nos, a nós ouvintes, destrinçar o bem do mal, para não nos tornarmos carneiros, no meio do rebanho, obedecendo, assustados, ao latido dos cães.

Já disse. Está dito!...

segunda-feira, maio 02, 2011

Alerta, alerta. alerta!...

A ser verdadeira a notícia da morte (ou abate) de Ossana Bin Laden, não cuide o Ocidente que tudo, agora, ficou resolvido, porque “morreu o bicho, mas a peçonha ficou cá” – como soa dizer-se.

O líder pode desaparecer, é verdade que sim. Todavia os seus seguidores vão continuar activos e, se calhar, porque espicaçados, ainda mais violentos nos seus actos de terrorismo.

O fundamentalismo islâmico não foi erradicado com o desaparecer de um homem. A Al Qaeda, os talibãs e outros movimentos congéneres, não estão, de modo algum, exterminados da face da Terra e os seus membros, desta ou daquela forma, vão prosseguir com as suas actividades maléficas.

Estejamos bem convictos desta realidade e não se esmoreça a vigilância, para não sermos, de uma hora para outra, surpreendidos.

O aviso é óbvio e, por isso, aqui o deixo eivado de uma certeza que desejava que não existisse de maneira nenhuma.

Aguardemos para ver! Passo a passo, o “Apocalipse” (Revelação) está a cumprir-se!...