segunda-feira, agosto 31, 2009

Saudade dos avós

Por que será que a maioria das pessoas, sentem, de certo modo, "mais" saudade dos avós, com quem tiveram uma relação muito próxima? E quanto aos pais cujo convívio, de um modo geral, é de 24 horas em cada dia, por que será que esse belo sentimento. nem sempre (falo por mim) é tão acentuado?
Embora se aventem mil hipotéticas teorias resultantes de aturados e bem elaborados estudos sobre a matéria, nunca encontraremos a resposta, matematicamente, precisa, concisa e irrefutável, pois «ninguém conhece as razões que a Razão tem», como alguém disse.
Esta questão da Saudade dos pais de nossos pais dava, por si só, matéria para a elaboração de uma vasta e magnífica tese de doutoramento, mas, embora já tenha colaborado (e feito - diga-se à puridade) esse tipo de trabalho para outras pessoas que, hoje, fazem que não me conhecem, não me sentiria capaz de tal, pela vasteza e sensibilidade do tema, tão dependente das emoções e, por isso, do coração.
Felizes os que , ainda, sentem saudade dos avós!...

sexta-feira, agosto 28, 2009

Ainda Conhecimento e Imaginação

Olá Cristina,
Dizes, em comentário ao artigo anterior, que teu avô materno, apenas com a antiga 4ª Classe, foi o teu grande mestre, ensinando-te nas visitas que fazia contigo à praia, ao zoo, á estufa fria, etc. e que o que és o deves a ele.
Acrescentas ainda, que nunca "inventou" nada, talvez insinuando que naquele caso, não foi precisa imaginação para nada, bastou apenas o conhecimento adquirido nos imensos livros da vossa biblioteca que ele, tão gostosamente, lia e assimilava.
Na realidade e á primeira vista assim parece, mas a realidade é bem outra. É que o teu avô, para além de conhecedor era, sobretudo, um excelente pedagogo, pois sabia comunicar maravilhosamente.
Ora esse dom, na minha modesta opinião, é fruto sublime duma imaginação prodigiosa e estupendamente aproveitada para bem dos outros
Um professor competente e interessado está permanente a descobrir as palavras e a inventar as frases adequadas ao magnífico efeito de facilitar e tornar eficazes os ensinamentos que pretende legar aos seus discentes.
Por isso, Cristina, sem que tu o soubesses, o teu avô era e foi um grande inventor, pois inventou, com a ajuda do seu conhecimento, o método pedagógico que, definitiva e capazmente, te preparou para a vida.
Ou estarei errado?

quarta-feira, agosto 26, 2009

Conhecimento e Imaginação

« A imaginação é mais importante que o conhecimento.»(Albert Einstein)
De facto assim é!
Conheço (pelo menos) uma pessoa que sendo "um poço de conhecimento", como soa dizer-se, até ao presente e que se saiba, não realizou nada de fundamental para deixar em legado espiritual aos vindouros: nem um livro, um desenho ou sequer uma modesta teoria matemática, físico/química, filosófica, moral ou simplesmente religiosa.
É imenso saber perdido num mar de vácuo!...
Por quê? Porque lhe falta imaginação e - digo eu - atrevimento para procurar dar forma e alma a todo o saber obtido a "queimar pestanas" e a "marrar", nos livros que, avidamente, leu enquanto gastava cs "fundilhos das calças" nos bancos das bibliotecas e da Universidade em que se licenciou.
Quem não tem Imaginação e - acrecente-se - coragem para sair do B-Á: Bá, não deixará pegada inscrita neste modesto planeta em que "ainda" nos é dado viver - acho eu -, não é digno de ser louvado, porque não honra, nem faz jus ao conhecimento adquirido.
Quem diz: "não inventes nada, pois já está tudo inventado" não passa de um falho de imaginação e, pior, de um néscio!...
Não será assim?...

terça-feira, agosto 25, 2009

Ainda sobre Falhas

«"Errar é humano", e se já não se errasse então já saberíamos tudo e a vida não teria significado...afinal andamos cá para quê?»
Comentou Pandora

segunda-feira, agosto 24, 2009

Tudo falha

Máquinas são máquinas e todas falham, desde a mais simples alavanca á mais sofisticada geringonça inventada e criada pelo Homem, e não há mecanismos de restauro que as salvem, tenhamos disso plena consciência.
Assim, também é o maior e melhor computador do Mundo: o cérebro humano. Pois, também ele, regido por forças exteriores de toda a ordem, tem falhas. E que falhas, Santo Deus!?...
São as falhas dos financeiros, dos políticos, dos religiosos, dos médicos, dos doentes, dos professores, dos alunos, dos construtores, das obras e são as minhas e as tuas falhas, leitor Amigo!...
Afinal, pergunta-se: Como evitar ou atenuar essas falências? Porque não inventar e criar a infalibilidade? Simples: porque nada, nem ninguém é Deus!!!
A Vida sem falhas, por certo, não teria graça nenhuma. Perder-se-ia o sentido do humano. Não acham?

sexta-feira, agosto 21, 2009

Obras e História

Do meu cantinho, humilde, mas atento, continuo a observar o que vai pelo Mundo.
Ainda que nem tudo seja agradável (só o que é mau é que, infelizmente, é notícia), há, no entanto, uma coisa ou outra que nos satisfaz e dá alento para continuarmos vivos, confiantes e optimistas.
No meio das desgraças do Ensino em Portugal, nos últimos 25 anos, há, todavia, uma lufada de ar fresco a entrar pela janela, no que concerne à recuperação e melhoria do Parque Escolar Nacional.
Por exemplo, em Viseu, o "velho" Liceu (agora Escola Secundária Alves Martins), éstá - depois de mais de 60 anos após a sua inauguração, quase sem ver pregar um prego - a sofrer grandes obras de requalificação e ampliação, melhorando na capacidade e, como é óbvio, na possibilidade de se modernizar de acordo com um ensino mais voltado para o futuro.
Dir-me-ão que estou ser demasiado optimista ao aplaudir aquele investimento em vez de pugnar por uma outra obra feita de raíz. Pois é! E, então, a História é para lançar ao lixo?
Se tudo que tem História, em vez de ser recuperado, levar com o camartelo, para dar lugar a algo novo, acabaremos por nos tornar num país sem memórias, o que nos atirará para a desgraça da regressão e da consequente extinção.
Está tudo dito?!...

quarta-feira, agosto 19, 2009

Ainda sobre os Afectos

Cá pela Cidade de Viseu tem estado uma caloraça que quase não dá para se sair, a não ser à noite, umas largas horas depois do Sol se pôr, mas, ontem, como bicho acossado pela fome, lá saí da toca e, com a esposa, fui a uma grande superficie comercial, a buscar reforços para a dispensa.
Estava , junto a uma das caixas de pagamento, à espera da esposa, quando alguém me aborda a perguntar, se não o conhecia. Claro que o reconheci de imediato, embora o nome não me viesse instantaneamente à cabeça.
E pusemo-nos a cruzar lembranças de há mais de cinquenta anos, quando rompíamos os fundilhos das calças nos bancos da velha Escola Comercial.
O Ser Humano é assim (se calhar os animais também), a amizade (velha ou nova) é consubstanciada nas lembranças de bons momentos vividos.
Dizia eu, com outras palavras, na anterior mensagem, que o mais importante, é poder, saber criar e ter afectos perenes para nos sentirmos e sermos felizes.
Meu Deus, como é bom sermos reconhecidos e amados pelos tempos fora, mesmo que a ausência seja delongada!...

segunda-feira, agosto 17, 2009

Diversidade

Na Natureza o que é normal é a diversidade das espécies, quer seja na flora, quer seja na fauna, quer seja ainda na própria geologia dos solos, discerníamos, ontem (eu, meu filho e minha esposa), enquanto almoçávamos. E concluíamos com uma pergunta natural, lógica e neutral, porque carregada de humanismo: Por que não há-de ser assim nas sociedades (comunidades) humanas?
A ideia nazista de: uma só etnia (pois raça só existe uma, a humana), uma só cultura, uma só religião e uma só forma de estar no Mundo, é totalmente anti-natural e levaria ao caos e á monotonia, destruindo o próprio Homem na sua individualidade física, mental e espiritual.
Veja-se, por exemplo, o caso das monoculturas que podem economicamente ser fonte de maiores lucros, mas que acabam sempre por empobrecer e, mesmo, tornar os solos impraticáveis, o que, como bola de neve, lança as populações na necessidade, implacável, de ter de emigrar, deixando para trás séculos de valorização cultural e o labor de gerações e gerações completamente perdido.
Por que não, na nossa rua, a convivência com pessoas de vários tons de pele, de varias religiões e originárias de diversos pontos deste Planeta?...

sábado, agosto 15, 2009

Afectos

Já o disse por várias vezes e de muitas formas, porém, como nunca é demais, vou repetir: O mal do nosso Mundo de hoje é a falta de afecto (ou de afectos), pois se vivem horas de puro materialismo consumista, economicista e (por que não dizê-lo?) egoísta.
Na minha juventude, havia uma garota (nossa vizinha) nove ou dez anos mais nova do que eu que ia para nossa casa e por lá se mantinha o dia todo, enquanto os pais iam ganhar o pão-nosso de cada dia. Eu amava aquela menina e ela correspondia de igual modo. Era o afecto de um adolescente e de uma criança que gostava de brincar para quebrar a ausência (e a falta) dos pais que só via e contactava ao fim do dia e aos Domingos e Feriados.
De há uma quinzena de anos a esta parte, uma jovem da idade do meu filho, começou a privar comigo e com a minha esposa e... porque encontrou, em nós, algo diferente, no tocante aos afectos, começou a tratar-me por avô e à minha esposa por Tia Laura.
Não sei porquê, mas estes afectos ajudam a fazer as pessoas, de certo modo, felizes e dão animo e gosto de sermos melhores num mundo confusamente conturbado e materialista em que imperam apenas os sentidos.
Por isso, como digo num poema, «Eu quero saber viver em Paz e Amor!.»
Porque só na Paz e no Amor se desenvolvem e consolidam os verdadeiros e saudáveis afectos!...

quinta-feira, agosto 13, 2009

Palavras ao Vento

A cabeça das pessoas, a menos que sejam psicopatas (com objectivos definidos e ideias fixas), é, permanentemente, um autêntico vulcão a expelir palavras e a conjecturar pensamentos sobre as coisas mais dispares deste mundo e... quantas vezes, até do outro.
«A ocasião faz o ladrão» - diz um velho aforismo português.
Na verdade, eivados de dor, raiva e alegria, atiramos para o ar com palavras e frases do nosso foro íntimo e, de seguida, arrependemo-nos de o ter feito, pois, sem querer, ferimos a quem não devíamos.
O que se deita ao vento, não retorna ou se retorna já vem deturpado por interferências, ecos e ressonâncias das mais variadas.
Por esse motivo se diz que «o silêncio é de ouro.» A este propósito, com séria dor na voz, Martin Lther King, afirmou: «O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons
Os maus queixam-se e berram para impor a sua vontade, todavia os bons, na sua humildade e desejo de não magoarem nada, nem ninguém, remetem-se silêncio e sofrem, sofrem sem conta nem medida.

quarta-feira, agosto 12, 2009

A "Crise" acabou???

Os Órgãos de Comunicação Social têm vindo a informar, em enormes parangonas, de que, segundo os maiores especialistas da matéria, a "crise", de que tanto se tem falado e escrito no último ano e já no presente, acabou ou está mesmo a terminar, entrando-se agora em fase de retoma económico/financeira.
Quem sou eu para negar tal facto?!... Mas, cá por mim, sempre vou alertando, para que ninguém se iluda e acabe, incautamente, por cair em lamentáveis optimismos de arlequim de fraca arte.
Sim, a situação económica, pode estar a evoluir favoravelmente, todavia (e aqui é que está o meu alerta), no âmbito social as coisas vão prolongar-se, ainda, por muito, muito tempo.
O flagelo do desemprego, se não houverem investimentos que acompanhem a retoma da economia, vai arrastar-se por anos e anos. E isso se os governos (de vistas curtas e sem arrojo, fizerem como Salazar), se meterem a aferrolhar ouro, enquanto o país se atrasará, em relação à Europa e ao Mundo, e o povo gemerá rilhando os dentes - diga-se, sem subterfúgios e com verdade - numa miséria confrangedora e deprimente de naufrago esbracejando num oceano encapelado.
Quem, saudosisticamente, prefere ter ouro em vez de progresso e bem-estar que levante o dedo, para que os conheçamos e possamos acautelar-nos.
Que eu esteja enganado são os meus sentidos e sinceros votos!

terça-feira, agosto 11, 2009

Ainda " Contentamento descomntente!..." :..

Olá Cristina,
Acabaste por me tirar as palavras que não escrevi, mas deixei no ar, para que quem, como tu, é sensível e inteligente, discernisse para além das reticências do final do meu artigo, por isso, partilho com quantos vêm a este cantinho, transcrevendo o teu simpático (e verdadeiro) comentário:
«Digamos que somos uns incansáveis descontentes.
Deveríamos olhar mais vezes para aqueles países onde nunca chove, ou para aqueles onde as cheias são o prato do dia. Principalmente para aqueles onde a guerra é uma constante... se fizéssemos esse exercício diariamente, tenho a certeza de que seriamos mais tolerantes, e descobríamos que, afinal, até vivemos num paraíso.
Falo no geral, claro está.»
Sem mais comentários. As coisas são claras como água!

segunda-feira, agosto 10, 2009

... Contentamento descontente? ou nada?

Não sei se os outros povos também são assim, mas, nós portugueses, somos uns queixinhas. Lamentamo-nos porque chove; porque há Sol a mais; porque as ruas são e4streitas; porque se estão a construir demasiadas auto-estradas e não concordamos com um Governo e quando vem outro tornamos a ficar descontentes e a reivindicar o possível e o impossível.
Afinal que raio de gente somos nós que nada nos vai a gosto e de feição?!...
E tornamo-nos intolerantes e, terrivelmente, mal-educados. Perdemos a noção do cívismo e, o que é bem pior, do bom-senso. É a velha história do "Velho, o rapaz e o burro". «O Povo fala de tudo quer tenha quer não tenha razão!...» Acaba por concluir a história.
Por isso, de forma curta e grossa, eu digo a encerrar esta breve nota:No final de todas as contas, acaba sempre por haver de tudo até aquilo que não deveria nunca existir.
E... ponto final!...

sexta-feira, agosto 07, 2009

Ainda "Escaldão"

Olá Cristina,
Achei graça ao teu comentário, por isso aqui o transcrevo com um beijo de saudação e muita amizade:
«Pois é meu amigo, mudar as mentalidades não é fácil, até porque ter uma cor doiradinha é bem bonito.. .eu gosto!...
Já lá vai o tempo em que eu ficava horas ao Sol, a torrar, mais ou menos como os lagartos. Adorava, e pretendia, claro está, ficar o mais escura possível, o que nunca acontecia, porque a minha pele não dá para mais. Foram muitos os escaldões, até porque naquela época não se falava de protector solar, nem de cancros da pele. A informação a esse nível era escassa ou mesmo nula.
Agora, fujo do sol como o Diabo da cruz, ou melhor: tenho montes de cuidado. Desde que as filhas nasceram que "acordei" e tomo todos os cuidados, talvez até demasiados. Enchemo-nos de protector (sempre factor 50), e fico de ti shert vestida debaixo do chapéu.
Claro que estou branquinha o ano todo, mas assim é melhor
Bem melhor, digo eu! Vale mais ser "copinho de leite" do que sofrer horrores na saúde!

quarta-feira, agosto 05, 2009

Escaldão

Apesar dos imensos avisos, divulgados de todos os modos pelas entidades competentes, ainda há, infeliz e lamentavelmente, quem não tome as devidas precauções e se exponha, voluntária e inconscientemente, ao Sol, acabando, como é óbvio, por apanhar o conhecido escaldão, o qual não só provoca desagradáveis dores como pode vir a ser a porta-aberta para o desenvolvimento de um nefasto e perigoso cancro da pele.
Mas há - repito - quem teime, mesmo sabendo isso, e arrisque em se expor aos raios Ultra Violeta, ao que dizem, por amor à beleza.
Que loucura e que desatino!...
Desgraçadamente, ao que li muito recentemente, existem em todo o Mundo, milhares ( senão milhões) de tanoréxicos (palavra que deriva do verbo inglês "to ton" bronzear-se). E a sua dependência aos raios U.V. é tal que, se o não fazem, entram em total estado de "ressaca".
Que fazer para resolver este gravíssimo problema das sociedades dos nossos dias?
Quem souber que tome as devidas medidas para acabar com tal flagelo!....

segunda-feira, agosto 03, 2009

Espalha brasas

Dizia minha avó paterna que «só os lagartos é que têm sangue frio, pois nós temos sangue vermelhinho e bem quente que quando nos calcam até espirra.»
De facto assim sucede de certo modo. Ninguém gosta de ser, de uma ou de outra forma, tocado em seus brios e vai daí, vem espadeirada física ou, meramente, verbal.
Pobre da loiça que, sem ser culpada de nada, acaba por se partir no ardor das refregas!
A mais das vezes, é necessário possuir nervos de aço para se ser capaz de " engolir sapos vivos" e, sem reacção visível, "ter poder de encaixe" para não responder aos desaforos de que somos vítimas em alguns momentos da vida.
Há quem diga que quem tem sangue frio é vencedor. Acredito que sim! Todavia, prefiro os "espalha brasas", pois deles não vem mal ao Mundo, enquanto que os outros "a pregam pela calada" e, quando menos se espera, aí vem "trolha e rolha que nos abate e machuca".
Dos "caladinhos" é que é que há que ter medo - aprendi, em criança.
Vivam, portanto, os "espalha brasas"!...