segunda-feira, novembro 29, 2010

To be memory or I ‘m Memory!

«To be memory or I ‘m Memory! » Esta frase escreveu-a, um dia, o meu professor de inglês, no quadro preto, e eu – confesso –, na altura, não entendi o que ele pretendia transmitir. «Ser memória ou eu sou memória», não teve, para mim, qualquer significado, porque não fui, no momento, capaz de buscar o sentido filosófico dessa expressão.

Na realidade, o Presente é tão instantâneo, que, em cada fracção de segundo, tudo é, inexoravelmente, Passado e tudo é Futuro, logo: tudo é memória e tudo é dúvida (ou esperança) no que virá a seguir.

Talvez, por essa razão, se justifique a existência da ciência chamada História para recordar o que já foi e o que pode ser corrigido ou evitado de seguida ao fugaz presente.

A memória é feita de imagens, sons e emoções que ficam impressas na mente de cada um de modo vincado ou, simplesmente, esfumado, quase indefinido, dependendo da emotividade do momento vivido.

As pessoas, por comodismo, desprezam este tipo de considerações e repetem erros sobre erros ao longo da vida. A memória, a mais das vezes, traz-nos ao consciente lembranças que nos magoam deprimindo-nos e lançando-nos no caixote do lixo.

Estamos (todos em Portugal e no Mundo) a viver um desses momentos. A nossa memória tem, face à conjuntura, de ser filtrada, deitando fora o que de mau se passou e aproveitando, como forma de animação e realento do corpo e da alma, as boas imagens, sons e emoções que nos empolgaram e que, agora, reporão as nossas forças e o nosso Ego.

É hora de andar e não de ficar estático a prantear “o leite derramado”. Haja esperança!

sexta-feira, novembro 26, 2010

A Foto do Papa, João Paulo II

Entre os imensos e-mails que, diariamente, recebo e que, na maioria dos casos envio para o “lixo”, despejando-o de imediato, para não sobrecarregar a “memória” do computador, vinha uma fotografia do atentado ao Papa João Paulo II, em que era visível, atrás dele e abraçando-o, uma figura de mulher (aureolada) que o amparava na queda para o banco do carro descapotável em que seguia.

Informava o texto do dito e-mail que a foto não fora objecto de quaisquer tratamentos de imagem e que era a reprodução fiel do negativo, impossível de receber manipulação técnica – segundo garantiram os mais qualificados especialistas na matéria.

Não nego nada do que atrás foi dito. Entretanto – com certo atrevimento científico e com certeza de muito estudo feito – sempre direi que aquele “fenómeno” de imagem, nada tem de extraordinário, nem sequer de místico, pois é, somente, uma emanação do ectoplasma da multidão que, instantaneamente entrou em pânico e comiseração por causa do sucedido e – porque era 13 de Maio, Dia de Nossa Senhora de Fátima - daí o plasmar daquela imagem que o fotógrafo papal captou.

Nada de sobrenatural, como se pode depreender desta minha simples explicação que cito (noutros casos) no meu romance “O Cristal de Santa Luzia ou o Istmo Etéreo”, que podem ler, clicando, em cima à esquerda, naquele título.

Não sejamos supersticiosos, nem fanáticos e vejamos as coisas com a simplicidade e verdade que elas, efectivamente, têm.

quarta-feira, novembro 24, 2010

Inveja - um mal social

Uma pessoa que ficou a meu lado, numa festa de convívio, em que participei, dizia, referindo-se a um dos mais importantes empresários da região onde vivo, que só possuía o equivalente ao actual 6º ano.

Pois é! Louvares e honrarias lhe sejam dadas – respondi eu – visto que, com (“tão”) pouca qualificação académica, soube rodear-se de bons colaboradores de modo a manter e a desenvolver (cada vez mais) a sua empresa, dando trabalho e pão a milhares de trabalhadores e seus familiares, mesmo num país em crise.

A inveja é sempre maldizente e só se revela, também sempre, naqueles que nunca foram capazes de realizar algo de bom para si próprios e, por arrasto, para a Sociedade em que estão inseridos.

É triste (bem triste, por sinal) que este ruim sentimento ainda exista no coração dos homens! É por essa razão que as guerras pululam por todo o lado e destroem e matam sem excepção tanto culpados como inocentes.

Por outro lado e como reflexão, há que ter em conta que, muitas vezes, o “canudo” não é tudo. Infelizmente, conheço gente que se ufana de seus “canudos” que, verifica-se, depois pelas acções, é mesmo burra… de uma burrice confrangedora.

«Vale mais burro que me leve do que alazão que me derrube.» – Diz, muito bem, um provérbio popular que aprendi em menino.

E por aqui me quedo!...

domingo, novembro 21, 2010

Cada coisa no seu momento

Conviver – aprendi em criança – é, como a palavra o diz, compartilhar vivências. Nada mais simples e mais belo!

Quando convivemos trocamos ideias uns com os outros, falamos, debatemos, rimos, choramos, numa palavra: amarmo-nos uns aos outros, irmanados num só sentimento de entrega e, de certo modo, de paz.

Ontem estive num magusto de uma associação, para que fui convidado com minha esposa, e, pensava eu, iria desfrutar de uma boa noite de convívio.

Enganei-me. A perturbar o ambiente, que “seria” de verdadeiro convívio e autêntica amizade, colocaram uma televisão, ligada a um leitor de vídeo, e puseram-se a passar as imagens (despropositadas, afirme-se com veemência) das actividades dessa instituição, com naturais, mas ruidosas, interjeições dos jovens presentes, empolgados com a aparições dos seus viçosos rostos naquela exibição.

Tudo, nesta vida e neste mundo, tem o seu momento próprio e adequado para acontecer, todavia, num magusto, que devia – repita-se – ser de convívio e fraternal amizade, não foi próprio cortar esse estado de alma com algo que não tinha nenhum enquadramento numa entrega de almas com o mesmo objectivo comum.

Cultura também é isso. Saber o que é e o quando é próprio desenvolver certas acções. A mostra, daqueles vídeos, tinha cabimento numa sessão especialmente convocada para o efeito. Contudo, de forma alguma, se adequava a um Magusto – encontro de diversão, amizade e irmanação de sentimentos e emoções.

Quem dirige uma associação (seja ela do que for) não pode cair em trivialidades, cometendo o erro de desconhecer os devidos momentos para cada coisa, sob pena de estar a destruir o sentido associativo e o altíssimo valor da palavra Cultura.

Mas quem sou eu, pobre mortal, para estar a querer virar o Mundo, já tão de patas para o ar?!...

sábado, novembro 20, 2010

Solidão ou…

«Antes só do que mal acompanhado» – é um provérbio português que, embora incentivando à solidão – previne contra as más companhias.

Sim, sim! Mas… Tudo tem prós e contras.

Se, por um lado, adverte para o perigo de sermos influenciados negativamente; por outra via, faz-nos pensar, também, na desgraça da solidão, por incompatibilidade com quem nos rodeia, o que, por seu turno, não deixa de ser (bastante) mau.

Não termos quem fale a nossa linguagem ou aja em inconformidade com a nossa forma de ser e estar na vida leva, de modo bem vincado e irreversível, ao isolamento e… tantas vezes à depressão.

O artista, no acto de introspecção criativa, procuram a solidão que o coloca naturalmente numa situação de previsão daquilo que tende a realizar. Há quem apelide este estado alma de “meditação”. Eu prefiro chamar-lhe “investigação subliminar”.

No passado dizia-se que «o silêncio é de oiro” no que estou amplamente de acordo sobretudo no que concerne ao acto de criar algo que se pretende seja transcendente e belo.

«Deus me mate no meio da multidão» – afirma-se às vezes, pois eu não sei se será bom se mau, mas sei, isso sim, é que ter (ou sentir) solidão por incompatibilidade de ideias e actos é um estado sentimental que acabrunha, dói e… pode matar.

Então – criando um novo aforismo – diga-se: «melhor mal acompanhado do que só

E viva o convívio, a fraternidade partilhada!!!

quinta-feira, novembro 18, 2010

Deus é Amor e Paz - cuido eu!

«(…) Casa roubada, trancas na porta!» ou por outra forma: «gato escaldado de água fria tem medo!» – São aforismos populares que, no fundo, dizem o mesmo, acautelando, tal como o que diz: «homem prevenido vale por dois!» para a possibilidade de ocorrências desagradáveis.

Estar alerta é uma coisa, mas levar a precaução ao exagero, à paranóia pode, para muitos, parecer uma doença, contudo não é, sobretudo, quando estão em causa vidas humanas, a mais das vezes, inocentes.

É o caso presente com o possível ataque, anunciado para finais de Novembro, provavelmente, em território alemão, da “Al qaeda”, a organização terrorista de cariz religioso, que, desde o “11 de Março”, modificou o Mundo em todas as facetas da Humanidade.

Para pessoas pacatamente pacíficas, como eu (e muitos outros) é difícil conceber que hajam mentes perturbadas a tal ponto de serem capazes de, sem remorsos, fazerem mal, física e espiritualmente, ao seu semelhante e… o que é bem pior, dizendo que o fazem em nome de e para reparação dos pecados praticados contra Deus, quando é tido e sabido que Deus é Amor.

È difícil (quase impossível) entender tal doutrina e tais conceitos morais e sociais.

Onde está a asserção teológica do «amar a Deus e ao – diga-se: através do – próximo como a nós mesmos?»

Será que cada vez estou a ficar mais ignorante?...

terça-feira, novembro 16, 2010

A Sementeira da Guerra...

Por quê e para quê cimeiras da NATO em território português?

Portugal é e está em paz, muito embora viva momentos de grande aflição e de dificuldade económico/financeira que nos preocupa e fere os ossos, a carne e a alma, mas – vinque-se com veemência – não temos agressões de outros países. Somos um Povo pacífico e bastante ordeiro.

Que ganho temos com tal evento?

Preocupação e muitos gastos. É a resposta.

Preocupação com a infiltração – vindos lá não se sabe donde – dos Black Bloc, nas manifestações anti-cimeira que, por certo, irão surgir e por isso exigem medidas de segurança eficazes, mas… altamente dispendiosas, em tempo de poupança forçada.

Gastos pela razão anterior, mas também com a presença das 61 delegações presentes no evento. Claro que não vamos recebê-los de fundilhos nas calças…

Depois, a NATO não nos vem trazer ajuda ou comprimidos que curem as chagas com que nos debatemos. As nossas aflições não são de ou com a guerra, são com o nosso “deficit” que aumentará – é obvio – com a realização desta cimeira.

A NATO não promove a paz (como se pensa e nos querem fazer crer), alimenta (e aumenta, em alguns casos), convençamo-nos disso, a guerra entre nações, porque responder violência com mais violência gera uma muito maior violência. Que triste e real trocadilho!...

Será que sou burro?...

domingo, novembro 14, 2010

Desconhecimento da História

Disse um dia alguém que «um país que não perscruta a sua História é um país sem Futuro.» Estou de acordo, embora seja adepto do “não partir o pescoço a olhar para trás”, pois considero que temos de ver o Passado, apenas como lição que leve à correcção e ao evitar de erros que poderemos vir a cometer.

Por tal motivo, fico espantado e assarapantado quando, num concurso da RTP, vejo pessoas, muitas com cursos superiores, a revelarem grande ignorância da História de Portugal. E, o que é bem pior, em coisas tão simples (eu aprendi isso na minha 4ª. classe da Instrução Primária) como: Quem foi o rei “Restaurador”?

É de bradar aos céus!...

Que país é este e que gente é esta que até, em alguns casos, exerce docência? Assim, para onde vamos e o que pretendemos?

Não se “tape o Sol com a peneira”. Os raios luminosos vão passar pelos interstícios do tecido e iluminar, na mesma, o ponto que queremos escurecido. Mas esta (triste) realidade é preocupante. Há, para aí, tanta iliteracia, tanta ignorância que confrange e dói!...

Analisando as coisas por este prisma, somos capazes de entender o por quê de tanto erro político (e de políticos) que têm sido cometidos e que, nós (povo), temos de corrigir com sacrifícios e dores sem conta, nem tamanho!

- Ò Gente, mas que grande merda!...

quinta-feira, novembro 11, 2010

Centenário de Mestre Campos

Se ainda estivesse entre nós, o homem que me criou e me amou e que eu também amei duma forma profunda e sincera e a quem chamava de pai, faria hoje – dia de S. Martinho –, por volta das 17.00 horas, cem anos (um século).

Mestre Campos, finou-se há 17 anos, mas eu ainda conservo o quanto, quer técnica, quer humanamente de bom e, creio-o, os imensos operários da Serralharia Mecânica que foram seus discípulos e/ou colegas de trabalho, também conservam o que, paciente e com autêntico sentido pedagógico, nos ensinou.

Mestre Campos – pela sua alta qualidade técnico-profissional – foi figura grande no panorama Industrial da Cidade de Viseu, como trabalhador por conta de outrem e, mais tarde, por conta própria.

Mestre diplomado, pela Escola Técnica Sá da Bandeira de Lourenço Marques (Maputo), por razões de ordem ideológica (foi grevista dos Caminhos de Ferro de Benguela), não conseguiu, em Portugal, ser admitido, nessa qualidade, na Escola Industrial e Comercial de Viseu. Enfim, coisas do Regime Salazarista, então vigente e, subservientemente, seguido na Cidade de Viseu, por essa altura (e ainda hoje), covil duma Direita Política intolerante, mesquinha, reaccionária e… tremendamente fascista.

Quando outros menos sabedores e menos importantes na paisagem Industrial viseense, daquela época, têm seu nome numa rua, ele – o maior de todos – está, injustamente, esquecido.

Que terra esta, Santo Deus!...

quarta-feira, novembro 10, 2010

Conjecturas do meu sentir

«Os cães passam e a caravana ladra.» A inversão deste aforismo centenário, talvez dos tempos da “Rota da Seda e das Especiarias”, não é obra do acaso, mas consequência da actual conjuntura, em que, muitas vezes, os políticos, por interesses sub-reptícios, invertem princípios e valores humanos a seu bel-prazer.

Vem isto a propósito de muita gente ainda se não ter apercebido de que os sistemas políticos, há pouco (ou ainda) vigentes no Mundo, estarem, por ineficácia, a cair, um a um, como fruta podre, no fim do Verão, a tombar das árvores.

A economia, a cada hora que passa, vai falhando, sem retrocesso. Os seus objectivos quer sejam consumistas, quer sejam de mercado, quer sejam ainda de características mais liberais e socializantes, terminam sempre, mais tarde ou mais cedo por se desmoronarem irremediavelmente..

Por quê este ruir do prédio económico?

A análise é óbvia e tremendamente simples: tudo aquilo que tiver em vista o lucro, sem finalidade social e de criação de bem-estar humano, não pode (e não consegue) subsistir para sempre, pois se baseia numa falsa equação matemática que é “a receita tem de ser superior à despesa, para criar riqueza”.

Riqueza!?... Para quem e para quê?

Para os poderosos e para os avarentos que, avaramente, querem, quais “Tios Patinhas”, mais e mais esquecendo que, ao seu redor, existem bocas famintas e corpos para cobrir.

A Natureza e a Energia reguladora da Vida na Terra, desta ou daquela forma, acabam, inevitavelmente, por imporem sua sublime Lei de Equidade, promovendo, por este ou aquele modo, o retorno da Harmonia Universal e daí a queda dos sistemas e dos regimes políticos das Nações e dos Povos.

O Homem é o Homem e, como tal e por tal, tem de ser considerado e respeitado.

Está dito! Quem for capaz que entenda!

segunda-feira, novembro 08, 2010

Má educação...

Na rua onde moro (Rua Nova da Balsa), felizmente, (honra à autarquia) existem vários contentores para recolha de lixo, sendo que um ou mais são ecopontos, com os respectivos muloques com enorme capacidade de carga.

Todavia, mesmo com os recipientes ainda a aceitarem materiais, pois não está esgotada a sua capacidade de recepção, há pessoas que, por comodismo ou má-educação, teimam em não abrir a tampa e introduzir o saco do lixo no devido lugar, deixando-o, ao lado, no chão.

Depois vêm os animais, rebentam os sacos, à procura de restos de comida e, em redor, numas boas dezenas de metros, é ver o lixo espalhado a dar uma imagem que nada dignifica os habitantes do “meu” bairro, nem a própria cidade, que nos anos 40 a 70 (e até um pouco mais) do século passado, era considerada, por quem nos visitava, uma das mais asseadas da Europa.

Se hoje assim não é a culpa não cabe à autarquia que tem bons serviços de limpeza, mas dos cidadãos que, sem civismo, educação e não sei que mais, dão mostras de serem muito porcos. Será que nas suas casas também assim procedem? Que andam os pais, as escolas, as instituições e… as religiões a ensinar que não mudaram os comportamentos sociais, educacionais e humanos dos indivíduos?

A educação – neste caso, a falta dela – é que provoca estas tristes e feias situações.

E pronto: despejei a minha indignação…

quinta-feira, novembro 04, 2010

Cultura ou...

Fui aos “fados”, a convite de uma amiga e, naturalmente, encontrei lá, com a sua amada guitarra, o meu “velho” Amigo Sousa.

Eu, num pequenino interlúdio das cantorias, declamei uns poemas meus que agradaram aos presentes. Então o Sousa disse-me:

- Viseu, não honra e esquece (e despreza, acrescento eu) os seus verdadeiros Artistas.

Que sim, respondi-lhe. Já meu saudoso pai dizia que «Viseu é boa madrasta e má mãe.»

Na realidade quem vem de fora, mesmo não sendo nada, é acarinhado e louvado até à paranóia. Homenageia-se quem “sabe lamber botas” e dizer (ou fazer) trivialidades e, sem pejo mas muito descaradamente, abandonam-se os talentosos (e ditosos) filhos que, com a força e a graça da sua Arte, dignificam aquela que os viu nascer.

Hospitalidade é uma coisa, adulação é pobreza de espírito!

Efectivamente – digo-o com dor –, as Instituições culturais ou simplesmente oficiais e oficializadas que deveriam estar bem atentas à Cultura local e aos seus fazedores (poetas, escritores, músicos, cantores, pintores, escultores, actores, etc.) desligaram-se de tal tarefa – diga-se, missão – e olvidam apoios a quem é digno de os receber.

Enfim, é a gente que temos!...

terça-feira, novembro 02, 2010

Esperança, esperança, esperança...

Num poema de minha autoria escrevo este simples verso: «(…) da própria cinza surgirá vida…»

Num país (Portugal) ardido económica, social, politica e humanamente, (quase) só resta cinza. Daí que me pergunte, com certa apreensão: será que essa cinza vai ser o adubo, fundamental e necessário, para que se dê o vicejar de nova planta ou seja: duma nova vida regenerada e apta a vir a ser árvore frondosa e bela, que dê nas vistas neste Mundo confuso e tão doente?

Com esta mania de ser optimista e de acreditar sempre num amanhã melhor, porque mais justo e mais humano (ou humanizado), espero e desejo, com muita força, que «da própria cinza surgirá vida.»

Claro que não acredito nestes, nem noutros “Senhores do Poder”, já que sei da sua incapacidade – talvez diga, incompetência – para realizarem coisa melhor. Mas, a fora o imenso reaccionarismo (mesmo neo-nazismo pró-Salazarista estúpido e incompreensível) que por aí reina, ainda tenho fé que, como doutras vezes (na nossa História), o Povo Português, com a sua abnegação, espírito de luta e coragem, vai superar as dificuldades e dar razão àquele meu modesto verso: «da própria cinza surgirá vida!»

E vamos adiante de olhos e coração bem desperto!!!