segunda-feira, agosto 30, 2010

A popósito dos fogos florestais

O Verão continua agressivamente a apresentar-se com fogos florestais - ninguém me convence do contrário - noventa por cento de origem criminosa.
A Natureza sofre com a malvadez humana, é verdade. Mas nós (homens, bichos e plantas), embora o não pensemos, somos culpados e vítimas dessas acções tresloucadas e más.
Queixa-mo-nos da morte das espécies vegetais e animais; gritamos que a vida do planeta está em risco; enfurece-mo-nos com a falta de ar e, afinal, queda-mo-nos estáticos a ver as desgraças acontecerem por culpa de gente que não foi, pedagogicamente, esclarecida, ensinada e preparada para saber amar esta "nossa" Terra que é a única casa que possuímos.
- Ó Deus - sinto fúrias de gritar - por que permites que Seres Humanos destruam o que, com tanto amor e carinho por nós, criaste? Por que não metes na cabeça desta gente malvada que urge salvar o Planeta Azul, onde, ainda, nos deixas morar? Por que não fazes com que aqueles que (como eu) amam a Natureza e a Humanidade e que bradam, por todos os meios ao seu alcance, a urgência da mudança de atitudes, possam ser escutados e as suas palavras seguidas e ensinadas às gerações mais novas, tendo em vista um Mundo melhor?
- Meu Deus, Tu és Pai de misericórdia e nós teus filhos desorientados, tristes e doridos...

sexta-feira, agosto 27, 2010

Tempo de hoje...

As máquinas são sempre máquinas e, por isso, são instrumentos frios que não respeitam os seus utilizadores, quer sejam donos ou amigos dos donos. Hoje a web pregou-me a partida: não esteve funcional, para mim, durante a manhã. Depois quando voltou disse-me que tinha 5 mensagens de email, mas quando fui para as ver, pura e simplesmente, apagou-as, sem apelo nem agravo. Fiquei sem saber o que diziam ou queriam os meus amigos.
- Que grande merda! - Apeteceu-me dizer.
Se as máquinas falham. porque teimamos e confiar nelas?
A Civilização ou Progresso é exactamente isso, dependemos de objectos que, num ar, nos deixam dependurados e sem soluções para os nossos problemas e expectativas e, se não formos bem-formados psicologicamente caímos em ansiedade e, muitas vezes, também. em depressão.
Nós, os mais velhos, ainda conhecedores de algumas técnicas do passado recente, lá nos desenrascamos, mas os outros, os muito jovens:..
Para bom entendedor...

quarta-feira, agosto 25, 2010

Ainda "Palavras que o vento não leva..."

A ambição pelo Poder leva a que os políticos, irreverente e alarvemente, em suas declarações públicas (na mira de votos a haver) façam afirmações que melhor fora que estivessem bem caladinhos, pois, com isso, suscitam, depois, autênticas batalhas de "diz-se que se diz", entre eles que não os prestigia, nem aos ideais políticos que perseguem.
Infeliz e tristemente, em Portugal e noutras nações, assim sucede, causando nojo e revolta ao cidadão pacato que o que pretende é, tão somente, viver em Paz, vendo assegurados os seus direitos ao salário justo; à educação gratuita e eficiente; à saúde sem custos e eficaz; à justiça com equidade e competência, numa palavra: à VIDA.
Mas estes simples anseios não surgem como deviam. Há sempre um político incoerente, incongruente e, desvairadamente, ambicioso a deitar, pela boca fora, a pedra que emperra a engrenagem e a impede de rolar sem solavancos, nem paragens, seguindo, mui suavemente, como desejavam os eleitores que o puseram no "poleiro".
Basta de "diz tu direi eu"! Vão, mas é ao trabalho árduo e profícuo! Puxem todos a carroça para o mesmo lado e ao mesmo tempo, para que avance e não tombe no precipício!...

segunda-feira, agosto 23, 2010

Amor - palavra que o vento não leva..

«As palavras são como as cerejas, vêm umas atrás das outras» - diz o povo e tem razão.
Ás vezes o discurso é tão longo e próximo que deriva no pior, nas más interpretações, nas más intenções e, por fim, nas agressões verbais, quando não mesmo, físicas. E se houverem incontidas ambições de Poder, as coisas agravam-se muito rapidamente.
Parafraseando o provérbio popular, eu bem prefiro dizer: "O Amor é como as cerejas, vem na sequência da amizade e carinho que se dá e se recebe, com humildade e muita sinceridade".
E isto leva-nos a considerações sem fim, mas eu só vou referir uma: Amar é Estar nas horas exactas de alegria e de tristeza; de facilidades e de dificuldades; de sonho e de angústia. Porque - afirme-se - o Amor é dádiva, desinteressada, de cada um ao semelhante próximo: o familiar; o vizinho que nos diz bom-dia no átrio do prédio onde residimos; o funcionário que nos atende na repartição; o empregado que nos serve o café; o varredor que limpa a nossa rua e que saudamos, quando nos cruzamos com ele; o médico que cuida dos nossos achaques; o desconhecido que virtualmente nos envia comentários ao que escrevemos; o governante que, preocupado, gere o nosso país pensando no nosso bem-estar; e a lista não tem fim.
Acho que já disse bastantes trivialidades (que nunca é demais repetir) e, por isso, vou-me calar, para que sejais vós, agora, a dizer algo.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Quem ganhou, América ou Iraque?

Os americanos estão a sair do Iraque, como o fizeram do Vietnam, «com a cauda entre as pernas» ou, melhor, «como cão por vinha vindimada» - como soa dizer o Povo, em sua secular sabedoria.
È sempre assim: «Entrada de leão, saída de sendeiro».
Os Governantes das Terras do Tio Sam, depois da Segunda Revolução Industrial, (primeiro quarto do século passado), graças a terem-se tornado a maior potência económica do Mundo, encheram-se de empáfia - diga-se: arrogância - e auto promoveram-se "Senhores do Mundo", com direito a porem e disporem da vida dos povos e a darem "palpites" na governação das Nações.
Aprendi, em criança, que a falta de humildade (não subserviência ou reconhecimento do mérito próprio e dos outros - esclareça-se) nunca leva a lado nenhum e, de um modo geral, mais tarde ou mais cedo, provocará o colapso clamoroso das acções tomadas com arrogância e, quantas vezes, desprimor pelas virtudes dos semelhantes.
Não sei, mas talvez que se a América, de George W. Buch e de outros, não tivesse sido arrogante e déspota, não estaríamos (todos) a viver e a pagar a factura, com "sangue, suor e lágrimas" de uma crise de que vai ser difícil e demorado sair.
Será que tenho (alguma) razão?
E por aqui me fico!...

quarta-feira, agosto 18, 2010

Uma escritora em construção

Olá Marisa,
Recebi o comentário que me enviaste e que transcrevo a seguir, para que outros, usando o link em anexo o possam também visitar:
«Descobri o seu blogue por um acaso. Parece que temos alguns interesses em comum. peço-lhe que visite o meu blogue e comente
desde já obrigado
http://cicioo.blogspot.com/»
O Cício é, de verdade, o expandir, pela palavra escrita, da alma lavada ( embora, por vezes, algo confusa) de uma mulher/escritora ávida de se mostrar para Ser e Existir.
Pelo que li, pareceu-me tratar-se de alguém jovem, que busca, não só o seu Ego (para si) desconhecido, mas, de modo bem vincado, uma forma de expressão (vulgo: estilo) que a torne visível e a defina como mulher/mulher na dimensão física e espiritual, afim de que desapareçam as dúvidas e, sobretudo, as angústias duma indefinição sentimental e humana que não quer, porque lhe causa dor.
Marisa, é assim que começam as grandes obras e os seus autores! Vai em frente, de olhos bem abertos, para não tropeçares nos escolhos que a vida sempre traz!

segunda-feira, agosto 16, 2010

Aquilino Ribeiro e o Convento da Tabosa

Afirma-se que Aquilino Ribeiro nasceu em Carregal de Tabosa - Sernancelhe, mas, graças às pistas que, nos meados dos anos oitenta do século passado, os padres Bento da Guia (Moimenta da Beira) e Cândido de Azevedo (Sernancelhe), foi-me possível concluir que, afinal, o autor de "Quando os lobos uivam" foi parido, com a assistência de uma das duas últimas freiras que restaram, no Convento da Tabosa.
E esse evento da vida do Escritor deveu-se ao facto de seu pai, Pároco da Freguesia e residente em Carregal, por recato e para calar más línguas, não querer que a sua Governante exibisse uma gravidez fruto da relação afectuosa que os unia. Por esse motivo (de peso para um padre católico) aos três meses de gestação, a mãe de Aquilino foi levada para a puridade de Tabosa, onde já só viviam duas senhoras freiras, sendo que uma (embora bem carregada de anos) era «mui entendida em fazer as crianças virem a este mundo.»
Após o parto a mãe e o menino voltaram para Carregal, onde Aquilino viveu e cresceu, até encetar estudos no Convento de N. Sª. da Lapa, cuja grande Festa ocorreu, ontem, dia 15 de Agosto.

sábado, agosto 14, 2010

Ainda "Fogos Florestais - divagação esperançada"

Disse o Presidente da República que todos temos de trabalhar para acabar com os incêndios florestais.
Pois é!... O pior é que, enquanto "todos" nos esfalfamos a lutar contra tal flagelo, uns poucos se divertem e (provavelmente) lucram a atear os fogos nas matas - nossa riqueza, pela madeira e pela purificação do ar que precisamos de respirar!
É preciso - digo eu, mas quem sou eu?!... - é que cuidemos de, antes do pico térmico do Verão, tratar as florestas, recolhendo toda biomassa ígnea que nelas se vai acumulando, para que, desse modo, se reduza, substancialmente, a capacidade de avanço rápido de qualquer fogo que, entretanto, possa vir a surgir.
Como e quem o fará?
Através de legislação adequada, de empresas especializadas nesse trabalho e do aumento, por todo o país, de Estações de queima de resíduos florestais tendo em vista a produção de energia eléctrica.
Mas isso tem de ser feito para ontem e não para amanhã que o mesmo é dizer: para as calendas gregas, ou seja para nunca mais.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Fogos Florestais - divagação esperançada

Portugal arde, a Grécia arde, a Rússia arde, a Califórnia arde, a Amazónia arde, a Austrália arde, e por aí adiante, são títulos, verdadeiramente, preocupantes que surgem nos Órgãos de Comunicação Social com uma frequência assustadora.
Por quê tantos e tão frequentes incêndios florestais por esse Mundo fora? O que está por detrás de tão desagradável fenómeno?
É certo que fogos espontâneos e/ou inadvertidos sempre os ouve, por todo o lado. Mas, agora, a realidade é bem outra. Essas catástrofes ígneas não são acidentes naturais ou erros humanos, são intencionais e premeditadas expressões de criminalidade soez, com objectivos que mais parecem ser de terrorismo insensível e fundamentalista, perpetrado por mercenários e por gente, doentia e facilmente, influenciável: fanáticos que julgam virar as mentes, pelo uso (e abuso) de actos da mais dura violência.
Apesar de tão negro quadro, há que não desesperar! Tenhamos fé: as profecias estão (e vão) cumprir-se. Primeiro as dores do "parto", depois... «o novo Céu e a nova Terra em que a Besta ficará amarrada por mil anos (Apocalipse).»
Pela minha idade já não verei isso, todavia acredito!

terça-feira, agosto 10, 2010

Ainda "Uma advertência em Tempo de Férias"

A pretexto do artigo publicado anteriormente, recebi do mesmo Anónimo, o comentário que a seguir transcrevo, devidamente editado e revisto, no tocante à sintaxe, para que seja mais facilmente entendível pelos meus queridos leitores, não anónimos, a quem gostosa e sinceramente saúdo:
«Pode crer que não fico surpreso com o seu "não concordo". Muitos me têm dito isso quando me ouvem pela primeira vez. Mas quando me refiro nesses termos. tenho em mente, sem dúvida nenhuma, todos os que não sabem viver em liberdade, não cumprem as regras (talvez: Leis), fazem (de) tudo para passarem por cima de tudo e de todos sem olhar a meios. Falta de civismo, falta de educação! Estou contra os que não sabem comportar-se em locais públicos; que roubam; matam; andam nas estradas sem carta, sem seguro; vendem artigos roubados ou contrafeitos; praticam violência domestica ..etc, etc. É a esses que me refiro. São esses que quero dentro, que quero multados, e não aos que exprimem as suas ideias; que concordam ou não com algo e o dizem; aos que se manifestam sem medos de repressão; aos que podem (sabem) andar por onde lhe apetece; aos que pagam os impostos....
Teria muito mais a dizer, mas creio que vai entender a minha revolta. E, já agora, lhe digo que começo a ouvir de amigos: "se calhar até tens razão", este país - bem como este mundo - está uma "bandalheira"
Volto a não concordar. Não são as multas, as prisões e outros tipos de repressão que vão mudar os prevaricadores. "A violência gera violência" - diz-se, com verdade e muito bom-senso.
Por isso, repito o que disse no artigo anterior: Sejamos pedagógicos e usemos o Amor na formação dos mais pequenos e, daqui a uma década, veremos os frutos dessa nossa atitude pacífica e autenticamente cristã.
Julgo que fui claro!

segunda-feira, agosto 09, 2010

Sobre "Uma advertênhcia em Tempo de Férias"

Um anónimo enviou, a propósito do tema em título, o seguinte comentário:
«Não vale a pena apelar, este país é um caso perdido, nem com campanhas de sensibilização isto muda ... somos "baixos" de mais em todos os aspectos ..... para mim, ando a bater nisto há anos, tolerância zero a tudo, mas quando digo tudo é mesmo tudo, coimas a torto e a direito e forte e feio, doa a quem doer e dentro para quem não cumprir, a começar por quem nos governa .... daqui a uns 10 anos isto era um paraíso, a moral e os bons costumes passavam a fazer parte do nosso dia-a-dia»
É evidente, Caro Anónimo, que não estou, nem posso estar de forma alguma, de acordo consigo. Pois penso que a repressão e o radicalismo não são a melhor forma de resolver os problemas. «Quem não vai à palavra, não vai à pancada e é de pequenino que se torce o pepino e educa o menino.» - Diz, muito bem o Povo. - Já nos bastaram 48 anos de repressão, numa ditadura de Direita, carregada de "nacionalismos" que não levaram (nem levam) a nada.
O que é preciso e é urgente é, por todos os meios ao alcance de cada um de nós, com pedagogia inteligente e insistente, mentalizarmos os pequeninos (germes do Futuro) para uma realidade que tem de passar por hábitos saudáveis de preservação do Planeta e de convivência entre todos os Homens e isso - convençamo-nos - só com amor o conseguiremos.
Tenho dito!...

sábado, agosto 07, 2010

U ma advertência em Tempo de Férias

Todo aquele que trabalha, seja qual for a actividade que desenvolva, tem (ou devia ter) direito a Férias, todavia nem sempre assim sucede, umas vezes por culpa de um patronato explorador, outras porque a verba para uns dias diferentes, acaba por não ser suficiente, mesmo acrescentando o respectivo subsídio.
No entanto, felizmente, ainda há muito boa gente que, até mesmo cá dentro, vai a banhos ou vai mudar de ares. E isso é bom, muito bom, diga-se!
Nada a repreender, nem a criticar. A não ser - desgraçadamente há muito disso - quando quem vai de férias põe, também, de férias os bons hábitos de higiene, preservação e defesa do ambiente, lançando lixo para o chão; fazendo "churrascos", descuidadamente, em lugares impróprios; tornando praias e matas em verdadeiras lixeiras e deixando por onde passa a sua marca de mau cidadão, pois desrespeita as mais elementares normas de civismo, educação e convivência humana.
Não sei se deva dizer algo mais?!... O que disse está dito e não foi para ser deitado fora, mas entendido e cumprido, a bem da Natureza e da Humanidade a que pertencemos!...

quarta-feira, agosto 04, 2010

Só os "cegos" não vêem...

Desde os anos 50 a 80 do século passado, o Mundo viveu em "nervoso miudinho" com o que se usava chamar de "Guerra Fria". Era o "arreganhar de dentes" entre os Americanos e a União Soviética.
Agora, desde George Busch, com a invasão militar do Afeganistão e do Iraque; com o "rosnar" e o ataque aos vizinhos, por parte de Israel; com os problemas entre as duas Coreias; e entre o Paquistão e a Índia, a tensão continua elevada e, a cada momento, tudo pode descambar num conflito que o "Zé Pequeno" - «quem se lixa é o mexilhão» - não deseja, mas de que acaba, sempre, por ser a vítima principal, quer "dando o corpo às balas"; quer sofrendo na alma todas as agruras resultantes desse desencontro de ideias e acções bélicas.
Embora o não pareça, os tempos que correm não são (independentemente da "crise económica" em que todas a nações estão envolvidas) de tranquilidade e paz, bem pelo contrário. Então se o Obama virar George Busch e lhe der para invadir o Irão... "temos o caldo entornado" e as consequências serão as mais graves possíveis, porque, de todo, imprevisíveis ou demasiado óbvias.
Quem sou eu, para gritar estes alertas? Não sou, é claro, ninguém, todavia penso e, mesmo que não me ouçam ou não me liguem, tenho o dever e a obrigação de "avisar"!...

segunda-feira, agosto 02, 2010

Mais um grito ecológico

Queixam-se os agricultores, quer do excessivo calor que se tem vindo a sentir em Portugal, causador de muitos dos incêndios florestais: quer, de modo bem vincado, da falta de chuva propiciadora dum melhor desenvolvimento dos agros que têm, por via disso, de ser regados com frequência, esvaziando, obviamente, as reservas de água.
É assim: uma grande parte da Europa "sua as estopinhas" e vê mirrar, sem chuva, os seus produtos agrícolas; por outro lado na Ásia, por mor de monções fora do normal, morre-se e perde-se a agricultura com inundações assustadoras.
O Mundo - diz-se - está virado do avesso! Será?... A quem atribuir culpas?
O Homem, por mais que vozes sensatas gritem e esbracejem, continua ambicioso, egoísta e insensível, na sua "desgraçada" ânsia de enriquecimento rápido e fácil e, com isso, descuida e ataca a Natureza desequilibrando o normal ciclo da vida, com poluições no ar, nos rios, nas terras e nos mares. Depois... é o que se vê! Mas a verdade é que «SÓ TEMOS UMA TERRA!...»
Quantas vezes vamos ainda ter de lançar este grito desesperado e tão importante?...