sexta-feira, novembro 28, 2008

Ainda Frio ou quente?...

A minha assídua leitora e muito querida amiga Cristina, a propósito do meu artigo em epigrafe, escreveu, com muito humor o seguinte:
«Meu querido amigo, em politica não me meto, mas ter um Verão portátil...aí está uma ideia excelente, que eu comprava também.»
O pior - afirmo eu, cheio de certeza - se tal existisse, seria a um preço tão elevado que só as bolsas privilegiadas de banqueiros ou outros que usam e falam, por dá cá aquela palha, em milhões, teriam possibilidade de adquirir tal benesse. E nós (Zé Povo), sem vintém para "mandar cantar um cego", como sempre, quedaríamos à mercê das migalhas caídas das mesas, lautas e obscenamente dominadoras, dos Senhores do Poder económico, político e social.
«Pobres, tê-los-eis sempre» - disse Cristo -, mas miseráveis, como está actualmente a acontecer, é que não deveria jamais suceder...
Coitados dos velhos, das crianças e de todos aqueles que, neste Natal que aí vem, vão tiritar de frio, de fome e de falta de afecto, porque quem pode nada (ou pouco) faz para minimizar tanta angústia e dor!...

quarta-feira, novembro 26, 2008

Frio ou Quente?

Depois do "Verão de S. Martinho" chegou o tempo que os "velhos" (magros como eu) não gostam, pois os seus ossos ressentem-se com as temperaturas baixas e não há Sol que os aqueça e lhes minimize as dores causadas pelo reumático.
Num tempo em que, se houver dinheiro, existe tudo (ou quase) ainda não inventaram o Verão portátil de trazer num bolso, para que o usemos sempre que nos apeteça, estejamos onde estivermos.
Entretanto, ao que se vê, este Inverno - dizem os comentadores - vai ser bastante quente no que concerne à politica e à politiqueira, por mor dos problemas da Educação e da Economia (especialmente ligada ao sector bancário), além de que estamos a entrar em ano de eleições e daí, vem todo um tempo de aquecimento verbal e emocional muito forte, onde, por certo, valerá tudo, até roubar o capote ao vizinho.
Eu que tirito de frio e já sinto o esqueleto a ranger e a doer por todo o lado, pergunto simplesmente:
Em que ficamos, é frio ou quente?...

segunda-feira, novembro 24, 2008

Por via dos sismos, o melhor é Viseu ser a Capital

No simulacro de sismo realizado na área de Lisboa, verificou-se que a actual Capital do nosso país é um autêntico barril de pólvora, em que tudo (ou quase tudo) irá colapsar, incluindo os Ministérios do Terreiro do Paço.
Sabendo-se, cientificamente, que Viseu, graças à sua geologia planáltica, é uma zona privilegiada no tocante aos fenómenos telúricos, uma vez que as ondas de choque vão sendo amortecidas pelas cadeias de montanhas envolventes. ocorre-nos, seriamente, alvitrar a mudança da Capital de Portugal para a «antiqua et nobilíssima» Cidade de Viriato.
Que ninguém se ria desta minha arro9jada asserção. Ela é corroborada e apoiada pela ciência e pela lógica sísmica, mas tem, também e sobretudo, a razão de, como Madrid e ou Brasília, ficar num ponto mais centralizado em relação a um país demasiado pequeno para ter a veleidade de continuar sujeito à vulnerabilidade dos terramotos e maremotos destruidores de patrimónios, pessoas e... governantes.
O que estou a dizer, não é uma utopia, é uma realidade (e verdade) tão real e palpável, que, todos deveremos dar as mãos para que deixe de ser apenas a proposta de um "visionário", saudavelmente louco, na consciência plena de factos a debitar em conta "a haver", tal como o fez Fernando Pessoa.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Tudo tem o seu tempo...

Às vezes parece que o Sol se põe sem sequer ter nascido. A vida tem coisas difíceis e complicadas para entender. Aos velhos deveriam - talvez os mais novos - ensinar que a sua sabedoria, adquirida ao longo da existência, só deve ser usada na escrita e/ou, em alguns casos, como conselho a quem dele precise e nunca como instrumento extensor de uma actividade e militância a requerer o necessário e merecido descanso.
Estou a referir-me aos políticos que tendo já cumprido o "seu" tempo de acção e, em alguns casos, até de governação, ainda teimam em querer vir a ocupar cargos relevantes no seu país. Depois, são, naturalmente, as "gafes" e as atrapalhações constantes nos seus discursos e atitudes.
Diz o Povo e muito bem: «Quem andou, não espere andar, as pernas já lho não permitem.»
Ah! Grande Eusébio! Quando viu que era chegada a sua hora de deixar os estádios pôs as botas na prateleira! Com essa inteligente atitude, fez com que o seu nome se perpetue no respeito e na admiração das gerações seguintes e quiçá das vindouras.

quarta-feira, novembro 19, 2008

A luta dos Professores e o sentido de Justiça

Entenda-se que não sou contra a avaliação dos professores (quando dei aulas, na antiga Escola do Magistério Primário, não havia disso, cada um valia pelo que valia ou... pelas "cunhas" que tinha) o que não sou capaz de aceitar é o facto de existirem cotas para o resultado dessa mesma avaliação,
pois não acho que seja justo alguém com classificação de "muito bom", não poder usufruir das regalias inerentes a tal benefício, porque outros, anteriormente, já tinham obtido tal escalão.
Então o saber, o método, a dedicação à profissão e aos alunos são virtudes para serem deitadas às urtigas só porque outros (não mais qualificados) chegaram ao limite estabelecido pelas tais "cotas"?
Santo Deus! Que pensar é este e que governantes são estes? Em que Mundo injusto vivemos nós??? Ou será que a idade me tornou burro?!...
Assim, minha gente, não brinco, é melhor emigrar para outro Planeta, onde exista um coisa chamada Equidade de Princípios, digo: Justiça!...

segunda-feira, novembro 17, 2008

Ainda grafitis & grafitis, Lda

A minha querida amiga e bloguista Pandora, enviou-me sobre o meu anterior artigo, o comentário que se segue:
«Temos todos direito a isso meu amigo. Há certos gatafunhos que nunca se deveriam apelidar de grafitis, pois isso é uma afronta aos verdadeiros artistas, que os há sim senhor.
Por mim quem gatafunha nas paredes alheias, e mal, deveria ser obrigado a limpá-las á frente de todos, e pedir desculpa em publico, além de ter de fazer trabalho comunitário.»
Mas o pior é que esses marotos não fazem essas »borradas» às claras, logo é quase impossível saber quem foi o sujador de paredes. Não é viável haver um polícia a cada esquina. E fica tudo dito!...

sábado, novembro 15, 2008

Grafitis & grafitis, Lda.

Gosto de grafitis sim, quando são "verdadeiras" obras de Arte que se deviam preservar, de modo a que os vindouros possam usufruir do prazer de quem,hoje, os vê e, sobretudo, quando colocados em lugares adequados, quer no enquadramento da paisagem, quer na globalidade conjuntural de cada momento da história e da mensagem que pretendem fazer passar.
Mas já não digo o mesmo quando são meras porcarias e estragam conjuntos arquitectónicos e panoramicos importantes, pois, nesse contexto, deixam de ser Arte para passarem a ser, só e dolorosamente, poluição visual e, de forma bem vincada, verdadeiros ataques ao bom senso passando a ser autênticos crimes e, por isso, devem ser, implacável e pesadamente, punidos, para que os prevaricadores (actuais e futuros) não sentam mais o desejo de cometer, novamente, tais atentados à estética e à dignidade duma sociedade já, por muitos motivos, deveras ofendida e conspurcada.
Como me parece que fui bem claro, deixo-me ficar por aqui a gritar, calado, todas as minhas preocupações, indignações e revoltas!... Será que ainda tenho direito a isso?...

quarta-feira, novembro 12, 2008

A pressa e a into9lerância não levam a nada

Confesso que cada vez me sinto mais burro, já que não consigo entender de que lado está a verdade em muitos casos dos nossos dias. A intolerância impera por todo o lado. Ninguém é Senhor da verdade, mas ninguém, ao que se vê, pretende (ou se esforça por) a busca de plataformas de entendimento e consensos, capazes de arrumar de vez com os conflitos e com os mal-entendidos de ambas as partes e... «quem se lixa é o mexilhão!» - como muito bem diz o povo.
Estou, é claro - a falar da "questão dos professores e do Ministério". Ambas as partes - à sua maneira - têm razão, todavia nem os sindicatos, nem a Sra. Ministra - talvez por orgulho reciproco - se mostram abertos a um diálogo profícuo e na boa intenção de darem as mãos em prol dos alunos e do próprio país que, com isso, vê a sua imagem democrática seriamente comprometida no conceito das nações. E isso não é nada bom!
Sindicatos, Ministério, deixem-se de intolerância e de arrogância balofa e vejam se chegam a um acordo benéfico a todos os lados: Ministério, Professores e... sobretudo, Alunos!
E se as avaliações só serão aplicáveis em 2012, por quê tanta pressa e tanto alarido? Façam-se as coisas como deve ser, com calma e com autêntico sentido de justiça! Temos ainda muito tempo!

segunda-feira, novembro 10, 2008

A Crise e a Ecologoia

«Por dá cá aquela palha» ou «por um cabelo de velha», quer dizer: por nada de importante, escuta-se dizer que os desequilíbrios ecológicos do nossa Planeta começaram a surgir no aparecimento da Era Industrial e, desde aí, têm-se vindo a agravar ano após ano. Cuido que não seja bem assim, mas desde que o homo-sapiens tomou a terra como coisa exclusivamente sua.
Pois bem, se o panorama do nosso Planeta não é bom com a crise económica mundial que atravessamos, julgo que tudo se poderá agravar, já que os homens irão aumentar a exploração dos solos e subsolos de forma desenfreada, na intenção de reporem, rapidamente, a economia nos níveis anteriores e daí advirá mais poluição e mais desarmonia na Natureza.
Não estou preocupado por mim, pois sou velho e já pouco terei para viver, mas, vinque-se, pelos meus netos biológicos e afectivos, os quais, sem terem culpa de nada, vão, por certo, ter de pagar a factura herdada de seus passados.
Pensemos todos nisto e façamos os possíveis e, mais, os "impossíveis" para que nada destes males previsíveis se torne em realidade!

sábado, novembro 08, 2008

Simples...

- Homem, segue esta regra,
com mui querer e entrega:
Na disputa
pela vida
come a fruta
merecida
quem labuta
com vontade
dignidade
liberdade
e... verdade!

sexta-feira, novembro 07, 2008

"Velhos" serão só os trapos?

Antigamente - não há muitos anos - os idosos ("velhos") eram respeitados e acarinhados, porque eram tidos como o "baú das memórias familiares" e - afirme-se, com verdade -, em muitos casos, os "senhores da sabedoria", adquirida ao longo da vida através (algumas vezes) do estudo, investigação e experiências pessoais cada uma diversa da outra.
Actualmente - como tudo mudou em menos de uma vintena de anos?!... -, com os avanços da informática e a facilidade de consulta e pesquisa pela Internet, os "velhos", são já tomados como o estorvo da sociedade e, como tal, há que nos desfazermos deles atirando-os, irremediável e implacavelmente, para os "Lares" - digo, "armazéns de inutilidades", onde tudo se amontoa, por nada já valer -, votando-os à dolorosa solidão, ainda que rodeados de gente, que, a mais das vezes, não conhecem, nem pensa como eles, porque as suas vivências também foram outras.
Solução para o problema? Confesso que não tenho, nem sei! Que fazem os "técnicos" para encontrarem tal solução? E os governantes? E as Instituições? E os cidadãos?
È bom que, seriamente, se pense nisto e que se recuperem valores humanos em vias de extinção!...

quinta-feira, novembro 06, 2008

Ainda: Ai! América, América!

O receio de que Barak Obama possa vir a ser assassinado, é um sentimento generalizado a quantos, orientando-se por valores e conceitos humanistas de liberdade e de igualdade entre os homens, pretendem não ver repetida a história de Abraam Lincoln, J. Kenedi., e alguns outros. Todavia, na América e no Mundo, existem - tristemente o digo - pessoas que ainda se regem por ideias e princípios próprios do nazismo e do ku-klux-klan.
Tem, por isso, muita razão a munha Amiga Cristina quando, a propósito do artigo anterior, me envia o seguinte comentário:
«Em relação à politica sou completamente ignorante, mas espero bem que este novo presidente dos EUA, não seja assassinado , por não gostarem das suas "modernices".
Infelizmente na história do mundo temos muitos exemplos de pessoas que foram eliminadas por os outros não gostarem das suas verdades ditas publicamente.»
Eu, cá por mim, acrescentarei - como diria um cego -: Vamos a ver!...



quarta-feira, novembro 05, 2008

Ai, América, América!?...

Quando mudamos de casa, ao ocuparmos a nova morada, sempre temos de fazer algumas limpezas e algumas mudanças, pois, por mais "limpinho" que o antigo ocupante fosse, sempre fica, aqui ou ali, uma indesejada e inestética "teia de aranha" a desembelezar o ambiente.
Assim também vai ser com o novo morador da Casa Branca, nos estados Unidos da América, onde, com toda a certeza, vai encontrar muitíssimo lixo político e montes de "ninhos de ratos" e de "teias de aranha".
Vamos a ver, depois de Janeiro, como vai trabalhar a vassoura do novo Presidente da América!...
Esperemos que se mostre menos beligerante, num país ainda muito «conservador e puritano», como ouvi, um dia destes, dizer a alguém conhecedor da matéria, e, sobretudo, que não mostre, à semelhança dos seus antecessores, tendências megalómanas de querer impor-se para ser mais outro "Senhor (ou Dono) do Mundo".
- God save the World (Deus salve o Mundo)!!!...

segunda-feira, novembro 03, 2008

"O murro na mesa"

Cair, qualquer um cai. Mas cair e não ser capaz de se voltar a erguer é coisa de quem não tem já forças para vencer-se a si mesmo e ás energias que o lançaram à terra.
O Mundo - parece-me que como nunca - está de olhos postos no resultado das eleições americanas. numa ansiedade alienante e doentia. Espera-se tudo. Sonha-se tudo. E não pensamos que essa expectativa pode falir e, até, vir a finalizar, não no que desejamos, mas sim, noutra queda ainda maior que aquela em que nos afundamos (ou estamos a afundar).
Está escrito - não sei quem o escreveu, se calhar eu próprio em alguma das minhas muitas dissertações - que as coisas, quando atingem determinadas proporções de desequilíbrio, só retornam à harmonia com um forte (ou violento) golpe na sequência natural da vida (tipo "murro na mesa"). Com "paninhos quentes" não se vai a lado nenhum.
Quer Obama, quer MCain, têm de ser drásticos e, inteligentemente, saber "virar a mesa" e pôr a política e as políticas ao serviço dos cidadãos, primeiro dos americanos e, depois por arrasto, de toda a Terra.
Eu, cá pela minha experiência de vida, confesso que tenho sérias dúvidas que o venham a conseguir!...

sábado, novembro 01, 2008

Terramoto e terramoto que os há...há!

Há 253 anos, o país foi sacudido por um fenómeno telúrico que causou muitos mortos, muitos feridos e sérios prejuízos materiais e muita pobreza na população que viu, em breves segundos, perderem-se seus haveres.
Também agora, o país e o Mundo, está a ser sacudido por um "terramoto" que está a abalar as estruturas da nossa sociedade, desde os alicerces até às abóbadas.
Em 1755 tivemos um Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) que ordenou que se «cuidassem os vivos e enterrassem os mortos» e, reunindo todos os esforços humanos e técnicos de um povo laborioso e investindo em grandes empreendimentos que deram trabalho, a quem o não tinha, fez com que Portugal fosse tomado como exemplo entre as nações.
Nos dias de hoje, terá José Sócrates força (com a ajuda do "Magalhães" e das novas tecnologias) para restaurar o país que herdou, em derrocada económica e social, fazendo dele - como o Marquês de Pombal e também Conde de Oeiras - «Nação valente e Nobre Povo imortal» um exemplo para este Mundo louco, ganancioso, especulador e conturbado ?
Não sabemos! Todavia, ainda assim, dê-se-lhe o beneficio da dúvida e da confiança, pois se o não fizermos nada saberemos e a História - implavel - nos julgará e condenará!