E… «não se sai da cepa torta!» – diz-se muitas vezes, querendo afirmar que não existem mudanças em algo ou que se caiu numa rotina fastidiosa e vil.
Pois é o que está a acontecer não só em Portugal, mas em todo o Mundo. Quem é rico goza a sua riqueza e, até, aumenta-a; quem nada, ou muito pouco tem, aperta o cinto e chora as dores da sua míngua, sem vislumbrar saída digna para a sua desgraçada condição.
É um ciclo que retorna ao início como «pescadinha de rabo na boca». Ninguém toma a iniciativa de pegar a dita pescadinha e esticá-la, para que fique estendida afim de ser, devidamente, cozinhada.
Não haverá, por aí, alguém, corajoso e inteligente, capaz de, mesmo com muito esforço e luta, manobrar a roda do leme e pôr o navio numa rota que o leve a bom porto?
Toda a gente se diz óptima e muito capaz de virar o Mundo, porém, depois de alcançar o poleiro, nada mais faz, fica-se pelos louros conquistados á custa da estupidez de quem o pôs no píncaro e... pronto.
O milagre não surge, não por não ser possível, e sim porque, num comodismo atroz e doentio, não há iniciativa, nem vontade para que aconteça. Vai-se de olhos fechados, seguindo, fanática e histericamente, as vozes incompetentes e interesseiras dos que querem, também, ganhar um “Lugar ao Sol”, para, enfim, mandarem untar a barriga com manteiga e viver «à tripa forra».
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