O Nosso planeta está a muito poucas horas de terminar mais uma elíptica translação em torno do Sol, para, de seguida, iniciar nova translação, no girar constante e (quase) infinito da galáxia (Via láctea) a que pertencemos, pelo incomensurável Cosmo.
Este facto natural da vida dos Mundos, está, este ano, a causar, aos terráqueos, uns tantos medos e preocupações. Milhões de pessoas estão assustadas com as restrições económicas e sociais que vão ter de enfrentar e resolver para sobreviverem com um mínimo de dignidade e um pouco de bem-estar.
Um monge budista decide fazer a sua quarentena meditativa, num lugar recôndito e tranquilo da floresta e, mesmo sabendo que a jornada será longa, penosa e eivada de perigos, vai cheio de fé e esperança, certo de que o seu Eu beneficiará com esse período de introspectiva contemplação.
Mas, infelizmente, cada um de nós não tem essa sublime esperança, nem essa férrea fé transcendental, e, à beira do pânico, vamos entrar em 2011 com o coração apertadinho, todavia prenhe de desejos já formulados ou a formular, sem vislumbrar certezas, (sequer) imaginadas, de dias melhores e vai, simplesmente seguindo adiante, como o Monge perante os imensos escolhos topados nas veredas da floresta.
Por isso, digo, num desejo trivial e mui sincero:
Próspero e Feliz Ano Novo!