O Poeta é como o vinho, | Refina quando envelhece. | É ave que não tem ninho, | Mas que nunca esmorece.
Seu canto deixa-o sozinho, | Mas não murcha, nem fenece, | – Qual roseira do caminho – | Em pouca terra floresce.
Ao Poeta não lhe basta | Cantar palavras com rima, | Nem com sons duma vergasta. |
Para ele está tudo acima | No seu ver e seu sentir, | Pois só procura o Porvir.
2010-11-18
(In “O Pássaro, o Estro e Eu” deste autor)
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