O Mundo viveu já um largo período de medo perante a eminente proclamação de um arreganhar de fauces entre americanos e soviéticos, cada qual “armado até aos dentes”. Foi o chamado período de “Guerra-fria”, em que, se alguém fizesse uma cara feia, por isto ou por aquilo, o medo estava instalado e deprimia a política das nações.
Era um estado de nervoso miudinho e constante que condicionava de forma doentia o comportamento dos políticos deste Mundo. Não sei se era (ou foi) bom, mas o que sei é que muita coisa que devia ter sido feita o não foi e, por mor disso, não passou de mais um mero sonho por realizar. No fundo, essa Guerra-fria foi a causa (indirecta) da “crise global” que hoje vivemos, pois possibilitou o aparecimento dum capitalismo especulativo e consumista que acabou por ser o motor das fraudes económicas que nos lançaram na desgraça.
A “Guerra-fria” é sempre criadora de medo, de dúvida e instabilidade. É, analise-se com atenção, o que, neste instante, está a acontecer devido ao mais que badalado caso “Wikileaks”.
A dúvida e a confusão assentaram arraiais, entre as políticas e os políticos. Ninguém, nem nada, está (nem se sente) seguro. Começa a vislumbrar-se, entre toda a confusão, um certo caos que deixa de o ser para passar a uma verdadeira pandemia terrorista com diagnóstico certo, mas de terapia (ainda) desconhecida. Os políticos e as instituições estão, psicologicamente, em estado de pânico: os cargos e as funções estão em risco; a credibilidade de cada um cai por terra a todo o instante; já não se acredita em ninguém. Este estado de alma é autenticamente uma vivência terrorista e é, sobretudo, o início de uma “guerra” cujas fórmula e consequências são, de todo, imprevisíveis.
Estaremos, com isto e por isto, a entrar em novos caminhos, com novas mentalidades e novas maneiras de Ser e de Estar?
Talvez. Veremos!...
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