Um destes dias, atravessei a Rua João Mendes, em Viseu (mais conhecida por Rua das Bocas), e verifiquei, com profunda tristeza que alguns dos seus ícones identificativos ou estão em avançado estado de degradação ou, simplesmente, já não existem.
È o caso da “Casa das Gárgulas” (bocas, como diz o povo), cujo risco de desaparecer é tão evidente que até já não tem telhado, pois este colapsou numa fragorosa derrocada, e de uns outros casarão uns metros a seguir que também apresentam fortes e preocupantes sinais de virem a ruir.
Outrossim, é de referir o desaparecimento da maior e, possivelmente, mais velha nogueira do Mundo, situada, quase, ao fundo da rua do lado esquerdo. Não sei se a nogueira morreu de velhice, se foi vítima do malquerer de alguém que procedeu ao seu abate.
Há tantos anos que se fala no restauro daquela típica rua citadina, mas, infeliz e desgraçadamente, nada sucede e, desse modo, se vai perdendo um património cultural/arquitectónico que fez parte e foi nosso orgulho num passado urbano muito recente.
Onde paira o timbre viseense que o prende à História, como forma de avançar para um Futuro melhor?
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