segunda-feira, dezembro 31, 2007

Reflexões ecológicas de fim de ano

Os mil sonhos de um dia

São comboios sem estação

Arrastando ilusões estúpidas

E impossíveis de concretizar.

Ninguém já canta loas

Em dias de santa alegria

Porque também não há meninos

A quem dedicar tais festejos.

As manhãs de levar as cabras

Serra acima por estevas e penedias

Ofuscaram-se na espessura da bruma

E desapareceram as avós a fiar lã.

A minha escola ruiu sem salvação

O ferreiro não forjou mais enxadas

E as sementes não brotaram

E na Primavera não houve ninhos.

O poema é este? O verbo é este?

Quem somos nós afinal?

_ Filhos dum Mundo morto…

Sem Sol, nem Lua, nem Vida!...

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Desigualdades

Jamais me passou (cá) pelo toutiço que existissem, no Brasil, localidades chamadas Maceio, Aracajú, Florianápoles e outras com nomes ainda mais esquisitos e, para mim, desconhecidos que, paciente e interessadamente, têm pessoas que me lêem neste meu humilde e modesto blogue e, às vezes até, me mandam comentários apoiando, criticando e elogiando o que penso e escrevo.

Fico deveras contente por isso! Mas assaz triste porque não tenho conhecimento de que seja lido em outros lugares de língua portuguesa, como Angola, onde nasci; Moçambique, onde aprendi as primeiras letras e fui baptizado; Guiné-Bissau; Timor ou mesmo Goa Damão e Diu; e ainda Madeira e Açores.

Será porque, nesses sítios, a Internet não tem uma cobertura eficaz? Será por desinteresse das pessoas neste tipo de comunicação? Ou será – o que é triste e lamentável – porque são áreas de extrema pobreza em que as novas tecnologias são (lamentavelmente) consideradas como sendo um luxo e não como uma ferramenta de trabalho e progresso?

Confesso toda esta minha ignorância e toda a dor que sinto por, no Século XXI, os cidadãos (todos os cidadãos) não poderem gozar de iguais proventos e direitos.

Que fazem os pedagogos e os políticos? Porque deixam os indivíduos sem a Luz do Espírito e sem os meios necessários e indispensáveis à sua (actual) evolução mental, social e humana?...

Como o Mundo é ainda tão desumano!!!,,,

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Festas e frustração

Quando termina um qualquer período festivo fica (quase sempre) uma sensação de frustração, de vazio. Não porque não tenha sido bom, mas – sei lá?!... –, porque as nossas expectativas terem, por certo, colocado a fasquia a um nível mais elevado do quê as nossas próprias forças, gerando, então, um estado emocional que provoca a tal sensação de vitória incompleta.

Acabou de se comemorar o Natal. Até aqui tudo bem, porque tudo dentro das normas do calendário. Só que, para nós portugueses ou para os políticos portugueses, neste Natal passaram-se factos de importância relevante para a Europa e para o Mundo e embandeiramos em arco de uma forma que, se calhar, foram demasiado para além do que seria lógico ou mandaria a decência e o bom-senso dos factos e da realidade política e mesmo da vida.

Quando se festeja algo é porque daí se antevêem resultados fulminantes e altamente proveitosos no contexto das nossas vidas económicas, sociais, morais e humanas. Só que, no presente caso, pouco ou, mesmo, nada está já a luzir no escuro túnel por onde transitamos. O negrume continua a fazer-nos tropeçar a cada passo.

Não estamos – acreditem – a exagerar ou a ser “Velhos do Restelo”, estamos é, isso sim, a ver que os nossos magros cêntimos cada vez dão para muito menos. Que estamos doentes e que não termos forma de nos tratarmos devida e decentemente. Que precisamos de educar os nossos jovens e que o Ensino não melhora de modo a formar com qualidade e, por isso, a proporcionar incentivos que levam à esperança em melhores condições de emprego e de vida futura.

É, afinal, a frustração e o vazio de fim de festa!...

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Natal!

Feliz e Santo Natal e Próspero Ano Novo na Paz e no Amor de Jesus.

São os meus votos muito sinceros e agradecidos para todos aqueles que,, ao longo do ano, têm tido a paciência de me lerem neste meu simples e modesto blogue.

José Calema

Mulher -conto de Natal

Aquela mulher era feia. Tão feia que ninguém quis casar com ela. Tinha o rosto escalavrado pelas bexigas loucas que, em criança, assim lho talharam como se fosse “à podoa”. Mas… tinha o corpo digno de uma escultura de Miguel Ângelo e, por isso, era muito cobiçado pelos homens e invejado pelas mulheres.

Conhecia, tinha eu dez anos, passava a sua porta e ela dava-me biscoitos e contava-me histórias de mouras encantadas. Mais tarde ensinava-me coisas da vida para que me precavesse contra as maldades das pessoas que nem sempre são bem intencionadas.

Não segui os seus conselhos e acreditei, ainda acredito, na boa fé de toda a gente. Por isso tenho recebido pontapés de todos os lados e tenho – certamente como muita gente com a minha forma de ser e de estar – sofrido imenso.

O que fazia, quem era, de que vivia? Não sei! Nunca tive coragem de lhe perguntar. Ela era a Senhora que gostava de mim; que, terna e pacientemente, escutava as minhas queixas, de pessoa com deficiência, carregadas de problemas de integração social e de carências afectivas de toda a ordem e que, docemente, me aconselhava e animava a prosseguir em frente na luta pela vida, numa cumplicidade e confidencialidade, mais do que maternal.

Quando cheguei aos 26 anos e ela perfez os 70, apareceu morta, uma manhã de Natal, na sua cama, num quarto gélido e alugado, para onde se mudara há pouco tempo. O Menino Jesus quis abençoá-la nesse dia de Paz e Amor.

Se calhar por ser feia, não fizera amizades. E, na hora do féretro, só meia dúzia de pessoas a acompanharam até á sua última morada. Eu também fui. Fui ruído pela dor da perda de alguém que me amava e me queria muito bem. E fui feliz, pois a vi, nesse Dia de Natal, lá no Céu, com os anjos e os santos, a adorar o verdadeiro Presépio de Belém.

Aquela mulher, afinal, era linda. Tão linda que ainda a recordo com uma saudade infinita, mas que me faz feliz sempre que – nos meus, muitos, silêncios – a invoco e a trago à lembrança.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

O Natal e os Evangelhos II

Como se viu no escrito anterior, o nascimento de Jesus Cristo não se deu numa estalagem por falta de espaço, mas por falta de recato para tão importante acto da vida humana.

Também não é verdade que o Menino tenha sido enrolado em faixas de pano, por falta das devidas e apropriadas roupinhas. Não foi assim por várias ordens de razões.

A primeira é que ainda, nos dias de hoje, se envolve a barriguinha dos recém-nascidos, com uma ligadura como medida de precaução, de modo a evitar que o choro do bebé possa causar quaisquer danos ao umbigo, em fase de cicatrização.

A segunda é que não vamos ser tão ignorantes a ponto de acreditarmos que Maria e José eram tão descuidados e ingénuos, a ponto de se meterem a caminho sem, previamente, se precaverem com o indispensável a uma eventual possibilidade de o parto ocorrer a cada instante daquela viagem.

Por último a apregoada extrema pobreza da família não passa de um mito, criado, aos longo dos séculos e (sabe-se lá) das conveniências das imensas traduções dos evangelhos, já que José era um industrial de carpintaria e Maria herdeira de um funcionário do templo, o que, nessa época, correspondia à classe média dos nossos dias.

Certamente que não eram, de forma alguma, uns ricalhaços nababos – como soa dizer-se agora –, mas eram pessoas com possibilidade de viverem sem grandes dificuldades ou escassez de recursos económicos e humanos. Tenhamos disto consciência e reponha-se assim, honestamente, a necessária verdade à história do Cristianismo.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

O Natal e os Evangelhos I

Contam os Evangelhos que José e Maria, por mor do censo imperial romano, se deslocaram da localidade onde residiam para a da sua circunscrição administrativa afim de se recensearem. Todavia, porque as estalagens estivessem bastante cheias, não puderam ficar em nenhuma.

Santa ingenuidade!...

As estalagens israelitas, nesse tempo, eram uma espécie de claustros, quadrados ou rectangulares, em que, nas alpendradas circundantes ao pátio central, a céu aberto, se localizava um espaço onde se serviam e confeccionavam as refeições, sendo o restante ocupado pelas mercadorias dos hospedes que, por lá, se ajeitavam dormindo sobre fachões de palha, embrulhados em peles de ovelha ou de camelo, enquanto as alimárias ficavam no meio do pátio, onde, algumas vezes, ardia uma imensa fogueira.

Ora, assim sendo, não é credível que uma senhora, a iniciar trabalhos de parto, quisesse parir, sem qualquer recato, no meio de tamanha promiscuidade.

Daí que, a conselho de alguém piedoso e experiente na matéria, o recatado casal de Nazaré se tenha dirigido a uma das muitas grutas do sopé da colina, para, na maior puridade e digna intimidade, Maria poder dar à luz aquele que havia de mudar, com seus actos e ensinamentos, o pensamento e a vida do Mundo.

Não ficaram – repete-se – numa estalagem por falta de lugar para mais dois, mas, sim, por falta de condições para o acto mais importante de uma mulher. Tenhamos disso consciência!

Continua.

sábado, dezembro 15, 2007

A minha feiticeira

Numa noite bem quente, eu vi a feiticeira,

Despida e prazenteira, a dançar na ribeira.

Era uma mulher rija e mui apetitosa

Sem ser, sequer, formosa gostava-se dela

E ia-se à janela, p’ra ver essa rosa.

Quedei-me satisfeito,

Com o seu ledo jeito

E senti o grã desejo

De lhe roubar um beijo

Escondido no brejo.

Fiquei enamorado

E tão apaixonado

Que a chamei com um brado:

- Vem! Vem a mim Poesia

E ama-me em cada dia!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Descrença no "Tratado de Lisboa"

«Nem tudo o que luz é ouro» – belíssimo e acertado provérbio popular que atesta a ignorância de quem se deixa deslumbrar apenas pela aparência das pessoas e das coisas.

Quando tal sucede, cai-se num dramático sentimento de desilusão que, em algumas circunstâncias, leva mesmo a estados desagradáveis de depressão.

Sem pretender ser “ave agoirenta” ou, simplesmente, “velho do Restelo”, devo, entretanto, dizer – oxalá esteja enganado – que desconfio profundamente do chamado “Tratado de Lisboa”, uma vez que acho – tenho, como cidadão livre que sou, esse direito –, ele não vai levar a coisa alguma, nem a sítio nenhum.

Se somos pobres, porque (face a más gestões e a maus governantes) nos deixamos atrasar económica, científica, tecnologicamente, pobres iremos continuar!

A não ser que… com inteligência e sem preconceitos, sejamos capazes de nos livrarmos de tutelas sufocantes e, com uma sapatada de grande rasgo, consigamos pôr os investidores e os trabalhadores (manuais e cerebrais) a produzir «rapidamente e em força» algo que nos distinga e nos abra as portas da exportação e nos impulsione para o respeito das nações, fazendo avançar a economia e o conhecimento deste pequeno país que, no século XV, sentiu necessidade de avançar, mar em fora, na busca de novos mercados em terras (muitas delas) desconhecidas.

O que acabo de afirmar não é – nestes tempos de eufórica propaganda – “politicamente correcto”.

Todavia, porque é uma realidade mui palpável (o tempo vai-me dar razão), eu não posso ficar mudo, a «levar desaforos para casa» que o mesmo é dizer:

- Abram-se os olhos e construamos o nosso futuro sem sujeições e grilhetas que nos tornem escravos duma Europa decadente, mas ainda com manias de grande senhora!

Como dizia o 1º. Duque de Viseu – Infante D. Henrique:

-: Vamos avante! Sempre avante! Vencendo porcelas no mar encapelado dos pensamentos contrários!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Má saúde em Portugal

«Quando somos velhos tudo o que é mau se chega a nós» – dizia, com imensa sabedoria e experiência de vida, a minha avó materna. Como era uma criança não ligava nada a estes aforismos populares.

Agora entendo, perfeitamente, que ela tinha razão. Pois sinta na carne e nos ossos o advento desses problemas de saúde a que ela fazia referência, já que os vivia intensamente.

Desde segunda-feira passada que uma dor intensa, nos ossos da bacia, mais concretamente, na zona sacro-iliaca me atormenta e me dificulta, de forma muito acentuada, a marcha.

A esse propósito até já disse a minha esposa:

- Sabes, mulher, isto é velhice!

- Tens de ir ao médico! – Disse-me ela, com carinho.

Não respondi, mas fiquei, seriamente, a matutar: «ir ao médico?» A qual? Ao de família? Ele não me parece ser entendido neste tipo de patologia, além de que não há consultas logo disponíveis. A um ortopedista? Talvez, mas lá se me vai o subsídio de Natal.

Estas questões são, lamentavelmente, as que se põem, aos milhares de idosos portugueses, em termos de serviços de saúde.

É que, desgraçadamente, não há, em Portugal, um bom apoio de assistência médico/medicamentosa ao cidadão sem recursos financeiros.

Qual é, então, a “receita”, para tais casos? O que pensam os governantes e os políticos?

Estamos, de facto, num mundo cruel que nos envergonha e no qual se não vê uma lúzinha, ao fundo do túnel, Quem nos acode?...

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Honrem-se os vivos

Ainda faltam alguns dias para que se comemore o nascimento de Jesus – muito embora a análise aos factos históricos e científicos nos digam que tal deva ter ocorrido a 19 de Setembro de menos sete da nossa Era (-07), convencionou o Papa Gregório que essa data seria a 25 de Dezembro –, mas, em todas as lojas comerciais se despedem de nós com a frase característica desta altura: «Bem-haja pela visita e muito Boas Festas!»

A esse propósito comentei, um dia destes, com uma diligente funcionária de um estabelecimento comercial de Viseu, que as pessoas, nesta época, se afadigavam na compra de presentes com que mimar a quem amam ou aqueles de que precisam, mas de quem, ao longo do ano, nem sequer, na grande parte das vezes, se lembram.

Esta situação fez-me vir à memória o caso das pessoas que andam sempre a caminho do cemitério, carregadas de caríssimos ramos de flores, para enfeitarem as campas a quem, bastas vezes, durante a vida, negligenciaram os devidos cuidados, carinhos e atenções.

A senhora, digníssima lojista e viúva, acrescentou ao meu raciocínio que «outros, nem isso, pois só se lembram dos que já partiram em dia de “Todos os Santos”, porque parece mal não ser visto no cemitério, nesse dia!»

Eu, cá por mim, digo: - Se me quiserem honrar, bem tratar, dignificar e glorificar, façam-no enquanto estou vivo. Tratem-me bem, publiquem os meus livros, dêem-me amizade agora. Depois… depois já não retribuo coisa alguma. As homenagens, os galardões, os beijos e as flores são para a vida, não para a morte!...

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Enigma de vida

Sabemos que existe,

E sabemos que está

Sempre disponível

Para nos dar prazer

E força para ir avante,

Mas não sabemos encontrá-la,

Nem sequer quem é.

Será a criança de olhos azuis

E cabelos loiros

Que sorriu, para mim,

Quando passeava

Pelo parque da cidade?

Será a jovem bonita

E mui prestável

Que, na rua, me deu o braço

Para vencer uns degraus?

Será a senhora simpática

E bem apetecível

Que abriu a porta do banco?

Será aquela velhinha

De olhar doce e saudoso

Que me deus os bons-dias

Á entrada da pastelaria?

Será a prostituta,

Convidativa e triste,

Que, do outro passeio,

Me disse adeus,

Com o ar suave e terno

De quem me conhece?

Sinceramente, não se!

Mas sei que existe!

Sei que tem nome

E sei que todos,

Mesmo todos,

A desejam e, sem pudor,

a querem possuir.

Porque é a mãe de tudo,

A alavanca de todas,

Mesmo todas,

As grandes, grandes

Realizações deste Mundo

E, obviamente,

A construtora da vida.

Ela é procurada

por toda a gente

E por toda a parte,

Mas muito poucos

São aqueles

Que a encontram.

Ela não tem métrica,

Nem rima e é poesia!

Ela, afinal, está

Onde ninguém a busca:

No coração de cada um.

Ela chama-se: Felicidade!...

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Aprender sempre

Já várias vez disse que, em matéria de informática, sou pouco mais do que um analfabeto, pois sei apenas o trivial para escrever uma carta e pouco mais.

Todavia, como consegui este pouco (para mim muito) já não sendo novo, fico, um tudo-nada, revoltado quando, por pessoas bastante menos idosas do que eu, ouço dizer: a informática não é para mim, isso é coisa para crianças e jovens.

Francamente; com gente assim acomodada e em doentio ostracismo; como há-de este país avançar e progredir rumo ao futuro?

E eu, é que sou “velho do Restelo”!?...

Aprendi com a minha paralisia cerebral e com a vida que nunca é tarde para se aprender algo que nos ajude a ser e a estarmos felizes, neste mundo, permanentemente, em evolução científica e filosófica. O que era ontem, hoje já não é. O que ontem era, para nós, um bom conceito, uma boa ideia, hoje deixou de o ser.

A ciência sempre em busca de novas descobertas que, por isso mesmo, vão surgindo, levam à criação de novas filosofias de vida e, concomitantemente, a novos conceitos e formas de estar, mudando a nossa postura. Dantes eu era arrogante e julgava-me senhor e centro de toda a razão e sabedoria, a minha palavra tinha de ser cumprida. Hoje, sei-o, não passo, entre 6 biliões, apenas de mais uma simples figura perdida no meio da humanidade.

Mas, mesmo assim, quero e luto, na medida das minhas modestíssimas capacidades, por aprender alguma coisa mais do que aquilo que sei e isso faz-me vitorioso e tira-me do ostracismo de que falo mais atrás.

Viva a vida! Viva eu!

sábado, dezembro 01, 2007

Civismo

Sou benfiquista desde menino, mas não sou “doente”, nem fanático ao ponto de rejeitar sistematicamente a possibilidade de os clubes existirem e ganharem ao Benfica. Acho, pois, que por isso, sou um cidadão responsável, respeitável e digno de o ser.

Vem este meu arrazoado a propósito de uma imagem que vi hoje, num telejornal: Estava um jornalista a entrevistar um grupo de adeptos do Benfica, quando se introduziu no grupo, uma “corajosa” adepta do F.C. do Porto, com seu cachecol identificativo, para deixar uma qualquer mensagem. De imediato foi agredida com um Uhhhhhhhhhh uníssono, de imensa má educação e de muitíssima falta de desportivismo.

A jovem, coitada, nem teve oportunidade de dizer o que pretendia (bom ou mau, não importa), pois o baralho era tal que o próprio repórter teve de suspender o directo que estava a fazer.

Ora, na minha óptica, tal atitude não é digna de um verdadeiro e bem-educado desportista. Já que, mandam os sãos princípios de cidadania e deontologia desportiva, ser adepto de um clube, seja ele qual for, é respeitar e amar o oponente, dando-lhes igualdade de oportunidade!

Será que sou louco ao afirmar que ainda são precisas escolas de formação cívicas dos cidadãos? Que fazem as famílias, o clero de todas as tendências religiosas e os professores?

E fico por aqui!...