quinta-feira, dezembro 13, 2007

Descrença no "Tratado de Lisboa"

«Nem tudo o que luz é ouro» – belíssimo e acertado provérbio popular que atesta a ignorância de quem se deixa deslumbrar apenas pela aparência das pessoas e das coisas.

Quando tal sucede, cai-se num dramático sentimento de desilusão que, em algumas circunstâncias, leva mesmo a estados desagradáveis de depressão.

Sem pretender ser “ave agoirenta” ou, simplesmente, “velho do Restelo”, devo, entretanto, dizer – oxalá esteja enganado – que desconfio profundamente do chamado “Tratado de Lisboa”, uma vez que acho – tenho, como cidadão livre que sou, esse direito –, ele não vai levar a coisa alguma, nem a sítio nenhum.

Se somos pobres, porque (face a más gestões e a maus governantes) nos deixamos atrasar económica, científica, tecnologicamente, pobres iremos continuar!

A não ser que… com inteligência e sem preconceitos, sejamos capazes de nos livrarmos de tutelas sufocantes e, com uma sapatada de grande rasgo, consigamos pôr os investidores e os trabalhadores (manuais e cerebrais) a produzir «rapidamente e em força» algo que nos distinga e nos abra as portas da exportação e nos impulsione para o respeito das nações, fazendo avançar a economia e o conhecimento deste pequeno país que, no século XV, sentiu necessidade de avançar, mar em fora, na busca de novos mercados em terras (muitas delas) desconhecidas.

O que acabo de afirmar não é – nestes tempos de eufórica propaganda – “politicamente correcto”.

Todavia, porque é uma realidade mui palpável (o tempo vai-me dar razão), eu não posso ficar mudo, a «levar desaforos para casa» que o mesmo é dizer:

- Abram-se os olhos e construamos o nosso futuro sem sujeições e grilhetas que nos tornem escravos duma Europa decadente, mas ainda com manias de grande senhora!

Como dizia o 1º. Duque de Viseu – Infante D. Henrique:

-: Vamos avante! Sempre avante! Vencendo porcelas no mar encapelado dos pensamentos contrários!

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