Os mil sonhos de um dia
São comboios sem estação
Arrastando ilusões estúpidas
E impossíveis de concretizar.
Ninguém já canta loas
Em dias de santa alegria
Porque também não há meninos
A quem dedicar tais festejos.
As manhãs de levar as cabras
Serra acima por estevas e penedias
Ofuscaram-se na espessura da bruma
E desapareceram as avós a fiar lã.
A minha escola ruiu sem salvação
O ferreiro não forjou mais enxadas
E as sementes não brotaram
E na Primavera não houve ninhos.
O poema é este? O verbo é este?
Quem somos nós afinal?
_ Filhos dum Mundo morto…
Sem Sol, nem Lua, nem Vida!...
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