Sabemos que existe,
E sabemos que está
Sempre disponível
Para nos dar prazer
E força para ir avante,
Mas não sabemos encontrá-la,
Nem sequer quem é.
Será a criança de olhos azuis
E cabelos loiros
Que sorriu, para mim,
Quando passeava
Pelo parque da cidade?
Será a jovem bonita
E mui prestável
Que, na rua, me deu o braço
Para vencer uns degraus?
Será a senhora simpática
E bem apetecível
Que abriu a porta do banco?
Será aquela velhinha
De olhar doce e saudoso
Que me deus os bons-dias
Á entrada da pastelaria?
Será a prostituta,
Convidativa e triste,
Que, do outro passeio,
Me disse adeus,
Com o ar suave e terno
De quem me conhece?
Sinceramente, não se!
Mas sei que existe!
Sei que tem nome
E sei que todos,
Mesmo todos,
A desejam e, sem pudor,
a querem possuir.
Porque é a mãe de tudo,
A alavanca de todas,
Mesmo todas,
As grandes, grandes
Realizações deste Mundo
E, obviamente,
A construtora da vida.
Ela é procurada
por toda a gente
E por toda a parte,
Mas muito poucos
São aqueles
Que a encontram.
Ela não tem métrica,
Nem rima e é poesia!
Ela, afinal, está
Onde ninguém a busca:
No coração de cada um.
Ela chama-se: Felicidade!...
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