Quando termina um qualquer período festivo fica (quase sempre) uma sensação de frustração, de vazio. Não porque não tenha sido bom, mas – sei lá?!... –, porque as nossas expectativas terem, por certo, colocado a fasquia a um nível mais elevado do quê as nossas próprias forças, gerando, então, um estado emocional que provoca a tal sensação de vitória incompleta.
Acabou de se comemorar o Natal. Até aqui tudo bem, porque tudo dentro das normas do calendário. Só que, para nós portugueses ou para os políticos portugueses, neste Natal passaram-se factos de importância relevante para a Europa e para o Mundo e embandeiramos em arco de uma forma que, se calhar, foram demasiado para além do que seria lógico ou mandaria a decência e o bom-senso dos factos e da realidade política e mesmo da vida.
Quando se festeja algo é porque daí se antevêem resultados fulminantes e altamente proveitosos no contexto das nossas vidas económicas, sociais, morais e humanas. Só que, no presente caso, pouco ou, mesmo, nada está já a luzir no escuro túnel por onde transitamos. O negrume continua a fazer-nos tropeçar a cada passo.
Não estamos – acreditem – a exagerar ou a ser “Velhos do Restelo”, estamos é, isso sim, a ver que os nossos magros cêntimos cada vez dão para muito menos. Que estamos doentes e que não termos forma de nos tratarmos devida e decentemente. Que precisamos de educar os nossos jovens e que o Ensino não melhora de modo a formar com qualidade e, por isso, a proporcionar incentivos que levam à esperança em melhores condições de emprego e de vida futura.
É, afinal, a frustração e o vazio de fim de festa!...
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