As dores do corpo são brutas e sem tamanho – ainda recentemente as senti, em lancinante sofrer médico/cirúrgico – mas, bem piores, porque mais persistentes, são as da liberdade coarctada, as das injustiças e do desamor dos homens, nas horas em que surge o medo e, também, naqueles momentos em que se descobre que a ingratidão de quem amamos e a quem tudo demos também nos atinge e magoa. Viseu, 22 de Novembro de 2002 José Calema ________///_______ «Para compreender os tempos é preciso escutar os Poetas. Para saber o que padece o mundo é preciso interrogar os poetas.» Padre David Maria Turoldo (a propósito do “regresso dos monges para refundarem a Europa”) |
segunda-feira, outubro 30, 2006
Pensamentos
sexta-feira, outubro 27, 2006
GRANDES PORTUGUESES continuação
Alguém, na rua, que leu este meu blogue, se me dirigiu, porque me conhece pessoalmente, e perguntou-me: «na tua última crónica, fazias tantas perguntas a que não dás qualquer resposta que eu próprio já não sei em quem votar, por isso, demando-te em que figura portuguesa recai o teu voto?»
Como para mim as pessoas são para respeitar e amar e não para serem postas em confronto competitivo umas com as outras, não voto, nem alvitro nenhum nome.
«Mas tu votas, nas eleições, para a Presidência da República?»
Efectivamente, isso é verdade. – Confirmei. – Mas aí o que está em causa é a ocupação de um cargo, o cumprimento de uma missão, ou exercício de uma função. É bem diverso. Não estamos a dizer quem é melhor como ser humano ou, como no caso em causa, quem é o melhor português. Ai o que quero é que a função seja bem exercida e nada mais! Uma pessoa simples, sem grandes rasgos de saber e de heroísmo pode vir a ser, na sua modéstia e humildade, um óptimo cumpridor de importantes funções, já que apenas é ele mesmo e não tem de exibir coisa alguma, os outros (o povo) é que o julgará não pela sua pessoa, mas, tão somente, pela forma como leva por diante a sua tarefa. É só isto!
quinta-feira, outubro 26, 2006
"GRANDES PORTUGUESES"
“Grandes Portugueses”.
Quem são (ou foram)? Como são (ou foram)? Por que o são (ou foram)? Quem os faz (ou fez)? As perguntas são tantas, tantas que não sei se uma simples postagem deste blogue seria capaz de comportar tamanho volume de informação para dar resposta cabal a tantas dúvidas. Uma coisa é certa, a RTP (à semelhança de outras estações de televisão, no Mundo), parece-me, está a conseguir uma coisa espantosa: fazer com que os portugueses, letrados ou não, se ponham mais atentos à sua História e, sobretudo, aos valores que, desde sempre, nos nortearam e nos projectaram, pelos tempos fora, nesta grande esfera que descobrimos, exploramos, dominamos e, onde, quer nos orgulhemos, quer não, deixamos marcas a atestar a nossa presença, o nosso mérito e o nosso demérito.
Fomos e estivemos, somos e estamos! Bem ou mal!
Ser e Estar positiva ou negativamente é o que define a identidade de um Ser Humano ou colectivamente de uma Nação pequena ou grande, isso não importa. O importante é ter-se motivos que nos levem a pensar que, afinal, não somos tão insignificantes quanto nos querem fazer crer ou quanto, nós mesmos, nos julgamos.
Os padrões reais e/ou imaginários da nossa passagem por este planeta são demasiado evidentes para serem ignorados e esquecidos. É isso que dá força para enfrentar as tempestades da vida e do mundo e ir avante, rumo a um futuro que queremos construir com pedras e argamassa de muito Amor e Paz.
terça-feira, outubro 24, 2006
Crianças e Velhos (continuação)
E o Pe. Michel Quoist, no seu livro “Poemas de Rezar” continua:
Mas sobretudo, diz Deus, oh! sobretudo gosto dos garotos por causa do olhar que eles têm. É no olhar que leio a idade deles.
Nada disto espanta, diz Deus, habito neles e sou Eu quem me debruço à janela da alma deles.
Quando vocês se encontram na trajectória de um olhar puro, sou Eu quem lhes sorri através da matéria.
Mas ao contrário, diz Deus, não conheço nada de mais triste que dois olhos apagados numa carinha de garoto.
As janelas estão abertas, mas a casa, vazia.
Restam dois buracos negros e sombrios, mas não há mais claridade, dois olhos, mas não há mais olhar.
E fico triste à porta, e sinto frio, e espero, e bato. Que vontade de entrar...!
E o outro está sozinho: o garoto.
Engorda, fica rijo e seco, envelhece. Coitado do Velho, diz Deus!
Aleluia! Aleluia! Diz Deus, abram, velhinhos!
É o vosso Deus, é o Eterno ressuscitado que vem ressuscitar o garoto que há dentro de vós!
Vamos, depressa! Chegou a hora, eu estou pronto a refazer-lhes um belo rosto de garoto, um lindo olhar de garoto...!
Pois gosto dos garotos, diz Deus, e quero toda a gente a parecer-se com eles!!!
sexta-feira, outubro 20, 2006
Crianças e velhos
Li há tempos, num livro que me emprestaram, da autoria do Padre. Michel Quoist, intitulado “Poemas para rezar”, um texto/poema que deveria servir de regra e de modo de vida a todos aqueles que crêem num Ser Superior e que anseiam por mudar seus comportamentos para melhor e, talvez, dessa forma atingir um lugarzinho junto Dele, lá no alto dos Céus. Diz o texto em apreço:
«Gosto dos garotos, diz Deus. Quero ver toda a gente parecer-se com eles.
Não gosto dos velhos, Diz Deus, a não ser que ainda sejam garotos.
Por isso no meu Reino Eu só quero garotos, desde sempre está decretado.
Garotos encurvados, garotos corcundas, garotos enrugados, garotos de barbas brancas, toda a espécie de Garotos que quiserem, mas garotos, só garotos.
Não se volta atrás, está decidido: para os outros não há lugar.
Gosto dos garotinhos, diz Deus, porque neles a Minha imagem ainda não foi empanada.
Não sabotaram Minha semelhança, são novos, são puros, sem rasuras, sem borrões.
Assim, quando suavemente sobre eles me debruço, Me reencontro.
Gosto dos garotos, porque ainda estão a crescer, ainda estão a elevar-se.
Estão a caminho, caminhando.
Mas a gente grande, diz Deus, já nada mais se pode tirar dela.
Não mais crescerá, não mais se elevará.
Parou.
Gosto dos garotos grandes, porque ainda estão a lutar, porque ainda cometem pecados.
Não é porque os cometem, diz Deus, vocês me entendem, mas porque sabem que os cometem e o dizem e fazem força para não cometê-los mais.
Mas a gente grande, diz Deus, não gosto dela, nunca fez mal a ninguém, não acha nada a reprovar em si mesma.
Nada lhes posso perdoar, nada têm para ser perdoado.
É de cortar o coração, diz Deus – É doloroso, pois nada disto é verdade.
(O resto deste belo texto só vou introduzi-lo neste blogue na próxima 2ª feira, até lá: Bom fim-de-semana!)
quarta-feira, outubro 18, 2006
Amizade
A amizade – aprendi isso há longos, longos anos – é um bem que se deve preservar e, se possível, melhorar. A preservação da amizade é conseguida com respeito pela liberdade do outro e a melhoria pela solidariedade para com as dores e as aflições do nosso amigo, entregando-lhe, com toda a sinceridade, o nosso afecto.
Vem isto a propósito de ter ouvido, pessoa de nosso relacionamento, dizer que hoje em dia se tinham muito poucos amigos: conhecidos havia multidões, mas quanto a amigos o panorama era bastante escasso, o que me fez lembrar o célebre soneto do escritor Camilo Castelo Branco, quando a catarata lhe tirou, por completo, a visão e que reza assim:
Amigos, cento e dez, ou talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia:
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais.
Amigos, cento e dez! Tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia,
Que, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.
Um dia adoeci, profundamente,
Ceguei. Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quase rotos.
Que vamos nós, diziam, lá fazer?
Se ele está cego, não nos pode ver…
Que cento e nove impávidos marotos!...
segunda-feira, outubro 16, 2006
Que fazer pelo bem da Hunidade?...
Há ocasiões em que nos sentimos ocos, com o cérebro tão preguiçoso que até cuidamos que perdemos a nossa massa encefálica: a fonte de todo o nosso humano viver. Mas não! Estamos assim porque algo de que não nos apercebemos nos afectou física ou emocionalmente. Este segundo factor é, quase sempre, o grande responsável por tal torpor intelectual.
A emoção que pode ser de gozo ou de desgostosa revolta, no momento em que ocorre, se não for, por qualquer motivo, (o parece mal, a distância a que se encontra a causa, a educação etc.) expandida provoca, no, ou nos instantes seguintes, um sentimento de frustração que, a mais das vezes, origina um terrível estado de perniciosa apatia: a tal vacuidade.
Por que estou eu hoje assim? È que, ontem, vi, num canal de televisão, uma reportagem sobre as dificuldades sentidas por quem, na Guiné de língua portuguesa, tem de recorrer ou prestar cuidados de saúde. A míngua é de tal dimensão que choca e dói de uma forma lancinante. E o pior de tudo isso, são as crianças. Meu Deus, o que fizeram elas para terem tanto sofrimento?!...
E não é só na Guiné! É no Mundo todo!
E nós o que fazemos? Ou, de outro modo, o que podemos fazer?
Confesso que desconheço, mas gostava bem de saber para dar uma mãozinha, no imenso, no tudo que há a fazer.
Que fazem os políticos deste Mundo? Ou não será a eles que cabe pensar, estudar e dar a resposta adequada à resolução destes gritantes casos e perturbadores problemas da Humanidade?...
sexta-feira, outubro 13, 2006
Ainda Ecologia
Antigamente, quando as pernas e a máquina, em geral, respondiam às solicitações da minha mente, dava longos e saudáveis passeios pelos pinhais, pelos prados, subia às montanhas e inebriava-me com as paisagens envolventes: tudo era limpeza e beleza natural. Não se via um papel sequer a conspurcar todo aquele enquadramento de maravilha e sonho.
Hoje, mesmo viajando de carro, sem me embrenhar fundamente naquelas maravilhas, o que vejo doe-me e faz-me pensar: são montes e montes de inutilidades a sujarem, até à beira da estrada, o nosso ângulo visual; são matas, desgraçadamente, descuidadas com emaranhados e excrescências vegetais avançando, selvaticamente, sem nexo, por todo o lado e aumentando, assustadoramente, o risco de incêndio no pino do0 Verão.
Por quê tanto descuido? Por quê tanta falta de civismo? Por quê tão grande falta de educação? Por que não se cumprem leis (que as há)?
E, por último, quem nos acode?
Só temos uma Terra! Cuidemo-la, ao menos!
Façamos isso, cada qual a seu jeito, e poderemos usufrui-la por mais alguns milhões de anos!...
segunda-feira, outubro 09, 2006
Ecologia
Num mundo torto e cheio de complicações de toda a ordem só pretendemos que não espezinhem os nossos direitos de cidadãos e, sobretudo, de seres humanos, como tantas vezes tem sucedido. É que esta matéria dos direitos e deveres, a mais das vezes, é um estandarte de fácil (mas indevido) manejo, quase sempre, por mãos impróprias. Pois só intentam, com tal atitude, chegar a “a brasa `sua sardinha” a qual, na maioria dos casos, não é a de melhor qualidade. Porém, como, infelizmente, a vida é feita de muitas coisas erradas, a demagogia é mais uma a que temos de nos habituar e aprender a destrinçar para não cairmos em esparrelas de muito boas falas, mas de resultados catastróficos, para cada um em particular e para todos em geral.
Mas adiante, que podem, como já aconteceu algumas vezes, apelidar-nos com nomes que não nos cabem e que nos chamam agressivamente pela simples razão de defendermos o Homem em si, sem atentarmos a credos religiosos, ideologias políticas e tendência sexuais. Sou do Benfica, mas respeito e entendo os Sportinguistas. Sou Cristão, mas encho-me de compreensão por todos os outros credos religiosos. Sou homem, mas amo os animais. Sou heterossexual, mas respeito e compreendo quem o não é. Sou habitante da Terra, mas aceito com amor todos os outros seres que, por certo, pululam pelos restantes mundos do Universo. Os rótulos não me doem, o que me magoa é a má fé e toda a maldade de quem me quer, com eles, ferir a minha dignidade de pessoa livre e igual às outras, mormente as minhas incapacidades físicas, intelectuais ou, mesmo, morais (se é que existem!?...)
Ainda dentro do espírito ecuménico de que estou a falar, muito me doeu, pelas imagens que presenciei, esta semana, quando da minha visita a pessoa amiga dos arredores de Viseu, ver bandos de caçadores, de arma ao ombro, numa busca frenética e (por que não dizê-lo?) desumana (quase histérica) a animais indefesos e, o que é bem pior, em vias de extinção no nosso país – caso do coelho bravo.
Quando olhamos para o número de caçadores em Portugal, que tiraram as suas licenças, ficamos deveras preocupados. Os números, na sua frieza e crueldade, falam, aos sensíveis para com os problemas do equilíbrio da Natureza, cada vez mais agredida e degradada, com uma eloquência digna do mais inflamado e erudito tribuno.
Quem se importa e acode a tal situação? Quem tem poder e coragem para tomar medidas severas e rápidas que salvem o nosso património cinegético e o reponham nos níveis de equilíbrio há tanto perdido?
Não nos cabe responder, mas, ao menos, “levantámos a lebre” na esperança de que muitas lebres e outras bichezas possam, graças a este alerta, vir a ser salvas.
sexta-feira, outubro 06, 2006
Anonimato
Meu avô materno – pessoa de poucas letras – mas de imensa sabedoria adquirida na Universidade da Vida, em que era Catedrático Jubilado, dizia-me, bastas vezes, «tu usas um pseudónimo literário porque o teu nome é demasiado grande para ser lido, como assinatura dos teus trabalhos, na rádio ou para não ocupar demasiados tipos nos jornais, o que não è mal nenhum». (De facto José Lemos de Almeida Campos é de ficar sem fôlego). «Mas – acrescentava ele – nunca escondas o teu endereço, para que alguém que te queira contactar, para o bem ou para o mal o possa fazer. Depois, é a ti que cabe decidir se aceitas ou não o que te é dito ou proposto. Nunca te anonimizes no pseudónimo, nem numa falsa morada.»
Vem isto a propósito de alguém – pessoa culta, educada e inteligente – que, de forma delicada tem mandado comentários a este meu simples e humilde blogue, mas deixa-me sempre sem a possibilidade de lhe agradecer por via electrónica, como era e é meu desejo, pois se esconde (numa humildade desconcertante) sob a palavra. anonimusbloggers.
Que argumento pró e contra acrescentar às postagens? Elas, é minha intenção, subentendidamente deixarem – apenas e só – algumas breves pistas para que cada um se debruce sobre os assuntos em apreço de modo a que o raciocínio seja posto à prova por quem me honra com a leitura destas minhas modestas e pobres tretas.
No entanto, sei-o – não é arrogância, é constatação – alguma coisa fica! – Diria e bem Voltaire.
quinta-feira, outubro 05, 2006
Uma anedota verdadeira
Doença de família – a qual atingiu também o irmão e a irmã – pelo seu espírito irreverente e mais livre de preconceitos, fizera dele, dos anos quarenta a cinquenta e tal do século XX, figura típica na cidade de Viseu.
Latoeiro de profissão, Pedrinho cegara ainda não atingira o meio século de vida. Mas, porque conhecia a sua terra como ninguém, não se confinou a um viver sedentário de esmoler à porta de casa e era vê-lo – todos os dias, fizesse frio ou calor – de grossa bengala, pintada com riscas brancas e vermelhas, numa mão e caixa da rabeca a tiracolo, a percorrer a cidade em direcção às “quatro esquinas” (cimo da rua Direita). Aí, poisava o instrumento sobre o ombro esquerdo, tirava algumas arcadas que alegravam e encantavam os passantes compadecidos que lhe lançavam na caixa do instrumento, estrategicamente, colocada no chão, umas moedas que lhe permitiam ir molhar a goela à “Estrela Verde” ou ao “Senta Aí”, com uma aromática taça de tinto do Dão.
Certa vez, manhã gélida de Janeiro,
- Oh! Desculpe, minha senhora!
De cima da carroça das vacas, um dos homens esclareceu de forma bem audível:
- Não é Senhora nenhuma, Pedrinho. É um carro de vacas!
Desviando caminho, Pedrinho lá seguiu para as “quatro esquinas” a dar seu habitual concerto.
Cerca de uma hora após o incidente, retornou pelo mesmo trilho. Ao chegar, ao mesmo sítio onde havia encontrado a carroça que transportava as pipas de vinho, topa com a fidalga de Figueiró, a D. Mercês Pessanha, na época a pessoa mais rica e, por isso mesmo, mais conhecida e respeitada da região, muitíssimo bem agasalhada em seu magnífico casaco de peles. Ao sentir, na ponta dos dedos, aquele toque, porque o lugar era o mesmo, saiu-se de pronto, em voz bem alta, com o seguinte comentário:
- Cá está, outra vez, a puta da vaca!
segunda-feira, outubro 02, 2006
Ainda Desporto: Escola de virtudes
Ontem vi, no canal dois da RTP, o programa “a Alma e a Gente” de autoria do Professor Doutor José Hermano Saraiva e fiquei a saber (estamos sempre a aprender) que existem dois “desportos”: o dos gregos ou seja o dos ginásios que assenta basicamente no desenvolvimento da mente e do corpo e o dos romanos com os estádios, na altura chamados coliseus, cuja base é, meramente, o espectáculo em que uns tantos (na época eram os gladiadores que futilmente – digo eu – acabavam por se matar) para gáudio de uns milhares que, nas bancadas, ululavam, histericamente, de polehgar voltado para baixo e de mentes recheadas por pensamentos que hoje nos desonram como seres humanos e por sentimentos que – falo por mim – não sabemos definir.
Assim sendo prefiro o desporto dos gregos:”Mente sã em Corpo saudável”.
O outro é o desporto das massas ululantes como floresta em dia de vendaval; dos interesses económicos; do tráfico de influências para obtenção de vitórias; do “doping” para melhorar capacidades; das compras e vendas de homens e/ou mulheres, quais animais nas feiras; dos vergonhosos e indignos “apitos dourados” e sei lá que mais?!
Ou será que estou a ser conservador – numa palavra, Velho do Restelo”? Se assim é, deixem-me ser “Velho do Restelo”, pois eu quero, neste caso, ser um bom “Velho do Restelo”!...
Vejam lá como as coisas são! E eu que pensava que só existia um único desporto: o do aproveitamento dos tempos livre para satisfação do espírito e manutenção da saúde do corpo!... E esse sim, seria e é, escola de virtude!
domingo, outubro 01, 2006
E se eu me sentisse inferior com a crítica?!...
Embora não pareça, sempre gostei de ser construtivamente criticado, pois é graças a esse tipo de críticas que tenho evoluído e avançado na vida, não tão rápido e positivamente como era meu desejo, mas, em todo o caso – diga-se – tenho avançado. O que me torna feliz.
Quando, como é o meu caso, se nasce burro é sempre difícil tornarmo-nos portentosos em nossos pensamentos e na (nossa) forma de os expressarmos. Temos a idade que temos, mas estamos sempre, sempre a tempo de aprendermos. Por mais que estudemos, por mais que vivamos, por mais que lutemos contra castelos de areia ou moinhos de vento, sempre haverá algo que aprender, pois, de contrário, seremos eternamente “velhos do Restelo”.
Por isso, agradeço as críticas construtivas. E se eu me sent6isse inferior com a crítica?!... Mas não! Mesmo que elas (as críticas) se afoguem (sei lá por que motivo?) no anonimato ou em nomes que podem ser falsos. Mesmo assim: Bem hajam, por me ajudarem a melhorar!...