Li há tempos, num livro que me emprestaram, da autoria do Padre. Michel Quoist, intitulado “Poemas para rezar”, um texto/poema que deveria servir de regra e de modo de vida a todos aqueles que crêem num Ser Superior e que anseiam por mudar seus comportamentos para melhor e, talvez, dessa forma atingir um lugarzinho junto Dele, lá no alto dos Céus. Diz o texto em apreço:
«Gosto dos garotos, diz Deus. Quero ver toda a gente parecer-se com eles.
Não gosto dos velhos, Diz Deus, a não ser que ainda sejam garotos.
Por isso no meu Reino Eu só quero garotos, desde sempre está decretado.
Garotos encurvados, garotos corcundas, garotos enrugados, garotos de barbas brancas, toda a espécie de Garotos que quiserem, mas garotos, só garotos.
Não se volta atrás, está decidido: para os outros não há lugar.
Gosto dos garotinhos, diz Deus, porque neles a Minha imagem ainda não foi empanada.
Não sabotaram Minha semelhança, são novos, são puros, sem rasuras, sem borrões.
Assim, quando suavemente sobre eles me debruço, Me reencontro.
Gosto dos garotos, porque ainda estão a crescer, ainda estão a elevar-se.
Estão a caminho, caminhando.
Mas a gente grande, diz Deus, já nada mais se pode tirar dela.
Não mais crescerá, não mais se elevará.
Parou.
Gosto dos garotos grandes, porque ainda estão a lutar, porque ainda cometem pecados.
Não é porque os cometem, diz Deus, vocês me entendem, mas porque sabem que os cometem e o dizem e fazem força para não cometê-los mais.
Mas a gente grande, diz Deus, não gosto dela, nunca fez mal a ninguém, não acha nada a reprovar em si mesma.
Nada lhes posso perdoar, nada têm para ser perdoado.
É de cortar o coração, diz Deus – É doloroso, pois nada disto é verdade.
(O resto deste belo texto só vou introduzi-lo neste blogue na próxima 2ª feira, até lá: Bom fim-de-semana!)
Sem comentários:
Enviar um comentário