quinta-feira, agosto 31, 2006

Medo

Tenho medo de ter medo do medo

Porque o medo não é triste, nem ledo,

Por isso não me quedo e fico morto:

Eu vou avante em busca de outro porto

Onde possa viver sem sentir medo

E ser feliz e ser eu, sem demora,

Para cantar e rir a toda a hora

Numa felicidade sem espora

De cavalo que corre e chega cedo

Á manjedoura farta que sonhou

Quando a mais negra fome o apertou.

O medo do meu medo não morreu,

Nem se esvaiu no fundo duma cova,

Mas apenas e só emudeceu

No interior sarado, da alma nova

Que em meu ser desgastado renasceu

Para ter, afinal, o medo ausente

E assim poder viver eternamente

Na mui bela cidade do sorriso,

Onde quero ficar em pleno siso.

terça-feira, agosto 29, 2006

Coisas do Fascismo

Uma das últimas revistas Anim’Arte do GICAV, inseria um artigo da Dr. ª. Maria das Dores Almeida Henriques, em que, citando documentos existentes no Arquivo Distrital de Viseu, narrava a miséria vivida pelo povo português durante o período da II Grande Guerra Mundial e nos anos que se lhe seguiram. Contava-se que, por força da grande escassez de alimentos, o país recorrera ao racionamento de bens essenciais que só podiam ser adquiridos sob apresentação de uma senha que autorizava essa aquisição.

Embora fosse criança, lembro-me muito bem disso. E eram bichas infindáveis para se conseguir essas senhas! Os “ricos” não tinham tal problema: As influências políticas, a corrupção e o mercado negro tudo resolviam!... Foi um tempo terrível, em que o fascismo em Portugal estava no auge, sob a batuta implacável de Salazar, que – como dizia meu avô materno – “tinha pelos no coração”.

Mas… há sempre uma adversativa nestas coisas! Enquanto o povo português chorava e gemia com o estômago colado ás costas, o ditador de Santa Comba Dão enviava, gratuitamente, comboios para Espanha, carregados de alimentos para auxiliar o General Franco a implantar o seu regime. E, pior que tudo, nesses comboios eram colocadas, em Vilar Formoso, enormes faixas, em letras garrafais, com a inscrição: SOBRAS DE PORTUGAL.

Serão precisos comentários?!...

sábado, agosto 26, 2006

Pobre Plutão!...

O Telejornal de um dia destes anunciou que os astrónomos internacionais haviam retirado o corpo celeste denominado Plutão do número dos planetas do Sistema Solar, pois, segundo o novo conceito, ele não tem características de planeta e tão somente de mais um grande calhau a vogar no espaço.

Fiquei preocupado, por um lado e feliz por outro.

No tocante à minha preocupação ela advém do facto de, na minha carta astrológica – segundo um alfarrábio que consultei –, ser dito que, no lado positivo daquela influência planetária, eu podia contar com «transformações radicais de ordem técnico – espaciais, novos sistemas que transformarão a existência num paraíso da tecnologia», que, por mor da exclusão agora efectuada, não vão estar ao meu alcance nem de ninguém.

Santo Deus que vai ser de nós?!...

Entretanto, fiquei – como disse – muito contente porque no lado negativo era dito: «perigos de epidemias devastadoras. A Natureza pode mostrar-se com características apocalípticas.»

Ao menos valha-nos isso! Vá que nos livramos de boa!...

E a pergunta fica: que vai ser da Astrologia, sem aquele “diabrete” do Plutão a importunar os pobres terráqueos?...

quinta-feira, agosto 24, 2006

Viriato existiu?

Viriato – ensinaram-nos – foi o chefe supremo dos Lusitanos. E sobre isso contaram-nos uma série de estórias que apenas podemos considerar como lendas tornadas história pela força da repetição. Existem até livros de autores afamados que, “por suas investigações”, o dão como verdadeiro, contando que ele era assim e assado e que casou com Fulana ou Beltrana e que esse seu casamento foi desta e daquela maneira. Quando, afinal, o que afirmam foi recolhido de velhos escritos que reproduzem, de uma forma ou de outra, as velhas e seculares lendas.

Então, Viriato existiu? Sim e não!

Sim, porque a Lusitânia era constituída por clãs e por tribos: um grupo de pessoas da mesma família era um clã; um grupo de clãs numa determinada região formava uma tribo. Cada clã tinha o seu chefe e igualmente se passava com cada tribo. O chefe de cada tribo usava a Viris: uma pulseira de cobre ou bronze (trabalhada ou simplesmente lisa) que o identificava. A palavra “viris” neste caso, queria dizer: virilidade guerreira no comando bélico; capacidade de decisão rápida e acertada na negociação ou na guerrilha. Do que se infere que todo o homem da viris era, obviamente, um Viriato. Havendo muitos ao longo de toda a Lusitânia e através das gerações durante a ocupação romana.

Não, se dissermos que Viriato era assim desta e daquela maneira e que fez isto e aquilo. E, para confirmarmos esta asserção, raciocine-se assim: Como era possível Viriato (se fosse um só) no mesmo dia – afirmam-no inscrições lavradas na rocha, em cada localidade – ter desenvolvido, vitoriosamente, uma acção de guerrilha contra os romanos em Lamas de Ferreira de Aves do Concelho de Castro Daire e, também, nas imediações de Folgozinho, lá para as encostas alcantiladas da Serra da Estrela? Que diabo são para aí uns três dias, bem puxados, a cavalo…

quarta-feira, agosto 23, 2006

Tradição e Folclore

A variedade é uma forma de escapar à monotonia – melhor: à rotina cansativa e, talvez, provinciana do dia a dia de uma região que, quer queiramos quer não, continua (felizmente que assim é) ainda algo mergulhada na terra, sorvendo avidamente o húmus de uma ancestralidade rural que a envaidece e faz inveja a muitos povos dessa Europa inchada na sua história, mas que, por mor das suas revoluções industriais, perderam, em grau acentuado, a sua identidade tão cheia de tradições, usos e costumes severamente a cheirarem a feno, a frutos e a flores silvestres.

Serve isto para dizer que – nós, os Beirões – nos orgulhamos do nosso provincianismo, pois ele vai no bom sentido, mantendo-nos com ânimo para a manutenção de valores que dignificam a nossa cultura e condição de gente da terra, de mãos calejadas e alma grande. Isto porque ainda se vivem e amam as coisas belas que a Mãe Natureza nos põe à disposição, apesar dos maus-tratos que, a cada momento, lhe infringimos, desrespeitando as primícias e os serôdios ofertados em bandeja ornamentada pelo mais requintado, artístico e afamado cinzel.

O Disco Compacto (C.D.) que o Rancho Folclórico “Verde Gaio” de Lordosa – arredores de Viseu – acaba de lançar é, precisamente, a súmula, feita realidade provada, de quanto atrás foi dito, pois, além de ser, a verdadeira expressão do folclore regional, é também a demonstração efectiva e afectiva do ser, do sentir e do estar de uma freguesia que ainda tem vaidade e muito, muito orgulho no seu passado e que, não sendo, por isso, saudosista, vai em frente na busca e conquista de um futuro que deseja e luta para que se torne, auspiciosamente, belo e rico em valores culturais, artísticos, económicos, sociais e, vinque-se, humanos, na construção de uma nova sociedade e, em consequência, de um novo mundo, cheio de Amor e Paz.

Parabéns! J

quinta-feira, agosto 17, 2006

Feira - menina bonita de Viseu

Ei-la! Aí esta ela outra vez!

Traz o vestido mais bonito que tinha guardado na arca secular. Enfeitou-se de fitas e laços de muitas cores e colocou no tocado mil estrelas luzentes. O rosto maquilhou-o, cuidadosamente, cobrindo rugas dos muitos séculos de vida e tornou-se menina – menina bonita e muito querida dos visienses que, em Agosto/Setembro, se envaidecem com ela. Estamos a falar da nossa Feira de S. Mateus – a Feira Franca de Viseu, como vulgarmente é conhecida.

A sua importância – reconhecida pelos feirantes – vem-lhe, obviamente, da sua vetustez (sabe-se que já existia antes do Rei Lavrador que lhe deu foral e regalias de vária ordem), mas, também e sobretudo, porque se realiza no grande encontro de vias da zona centro, sendo acessível às gentes da raia, do literal e das margens do Douro e do Mondego, que a visitam para conhecerem o certame e para se divertirem com os espectáculos e folguedos do seu vasto parque de diversões.

Se a sua importância lhe advém das razões já apontadas, não é menos verdade e não deixa de pesar, fortemente, na balança, o facto de ser a que apresenta um dos mais altos índices de negócios realizados, quer de imediato, quer a longo prazo, através de encomenda a executar posteriormente, dando, desse modo, trabalho aos operários das fábricas que, à feira, trazem a mostra das suas produções que passam pelo mobiliário, pelos artefactos cerâmicos, metalúrgicos e muitos outros de fastidiosa enumeração.
Mas a Feira é, especialmente, do povo e para o povo e seria heresia olvidar as mostras de artesanato e não referir as exibições do Folclore Regional e Nacional que tantos romeiros arrastam consigo.

A Feira é sempre a Feira! Viva, pois a Feira e quem, esforçadamente, todos os anos, lhe dá vida, tornando-a sempre nova e sempre bonita e sedutora!

quarta-feira, agosto 16, 2006

Ideias, ideias, ideias - bonitas ou feias!

O Professor Doutor Agostinho da Silva dizia que nunca uma folha de papel em branco o assustara, pois sempre tinha algo com que a encher.

Havia sempre, mas sempre, uma ideia, ainda que incipiente e tosca, para ser tratada e desenvolvida de modo a tornar-se numa linha de pensamento e ou de vida, a merecer vir a ser inscrita na (tal) brancura do papel.

Quando, hoje, me sentei frente ao computador, parecia-me que iria deixar em branco a tela do visor da máquina. Mas não! Quando me apercebi tinha já escrito um poema que, pelas imagens e palavras usadas, faz lembrar, num ténue laivo, o bíblico “Cântico dos Cânticos”.

É sempre assim!

O homem julga-se vazio, todavia porque o seu cérebro nunca pára, algo, mesmo minúsculo, pode (e tem de) sair. É natural que seja algo pouco relevante, contudo é fruto do pensamento dum ser humano. Logo é importante.

Muitas vezes os disparates e as insignificâncias, pela sua simplicidade, são peças fundamentais na compreensão do indivíduo e da sociedade em que está inserido, pois revelam conceitos e princípios que, algumas vezes até, são lições de vida.

Gostaria que sempre assim sucedesse e que os meus pensamentos fluíssem corrente e coerentemente sobretudo para meu bem e, por reflexo desse bem-estar, dos que me rodeiam ou lêem.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Heroína ou Assassina?

Em 15 de Agosto, em Portugal, comemora-se a vitória das tropas de D. João I sobre um exército cansado e esfomeado vindo do país vizinho, numa batalha que, ao que parece, não foi muito demorada, nuns campos, hábil e estrategicamente, rasgados de valas em Aljubarrota.

Tudo isto está certo, pois o nosso país, saído de uma crise de sucessão, estava a consolidar a posição assumida pelo rei da “boa memória” ameaçado pela coroa de Castela que, por direito de herança sanguínea, sentia que o tono português lhe pertencia por direito. Era importante para o Reino de Portugal vencer a batalha fosse de que modo fosse: “quem o inimigo poupa às mãos lhe morre.”

Já o mesmo não dizemos do acto “heróico” – ensinaram-me (era eu menino na escola primária) no tempo do fascismo – de Maria Brites, a – tristemente – célebre Padeira de Aljubarrota, que, como uma gata assanhada e sem um pingo de humanidade, diz-se, matou, com a pá do forno, sete pobres soldados castelhanos, esfomeados e exauridos pela refrega e pela longa viagem a pé, que fugindo da confusão gerada durante a refrega, em desespero de causa, se haviam refugiado debaixo das suas telhas.

Maria Brites heroína?!... De quê e por quê?

Será acto heróico fazer mal a quem nos pede acolhimento, por ter sido vítima de uma derrota qualquer? Onde está a caridade cristã que manda curar as feridas e mitigar as dores do nosso próximo como o fez o “bom Samaritano” e que também manda perdoar as ofensas, mesmos aos nossos inimigos?

Modernamente diríamos que Maria Brites foi um monstro, porque foi uma criminosa de guerra, já que cometeu o crime contra gente já sem capacidade de defesa quer por debilidade física, quer por fragilidade psicológica.

Naquele caso, os (actuais) “Direitos Humanos” foram profundamente violados sem escrúpulo e sem piedade.

Assim sendo, Maria Brites não merece ser tida como heroína e, muito menos, tomada como um exemplo de patriotismo.

Que Deus se apiede dela embora tenha já passado à história. E que a Misericórdia Divina se estenda a quantos, ainda, tomam como um acto heróico o seu hediondo e imperdoável crime e que, por certo, também, ainda hoje, cometeriam (e tantas vezes cometem) acções do mesmo jaez. Ensine-se o amor e jamais a retaliação e o ódio! Corrijam-se os compêndios de História e construa-se uma nova geração de homens e mulheres capazes da fazer um Mundo novo, sem ódio e respeitando os inimigos que foram derrotados e, então, seremos dignos de nós e do Futuro.

Onde nasceu Aquilino Ribeiro?

Ao comemorar-se, em 13 de Setembro de 1985, o Centenário de Nascimento do Escritor e Beirão que foi Aquilino Ribeiro, levou a Câmara Municipal de Sernancelhe a efeito uma homenagem ao autor de “Terras do Demo”, descerrando, em Carregal, uma lápide comemorativa, numa casa que, diz-se, seria a que teria escutado o primeiro vagido daquele ilustre homem de letras.

Na realidade, a tradição – quase lenda – dá como sendo a casa que tem o pórtico de pedra à entrada do vasto pátio, ali mesmo ao lado da Igreja Paroquial de Carregal, (também conhecida e falada em alguns escritos de Aquilino por Carregal de Tabosa), aquela em que nasceu o escritor, já que foi presbitério do sacerdote que ali habitou e paroquiou e era, como se sabe, seu pai.

Todavia, analisando, de mente fria e discernida, as circunstâncias, não se nos afigura correcta essa versão, embora ela possa constar em alguma documentação sobre o escritor. É que, sendo ele filho de um padre católico a exercer sua actividade na freguesia e a morar naquela localidade, por uma questão de pudor e um certo preconceito, então reinante, não nos parece aceitável que a Senhora sua mãe tivesse completado gestação (quando o ventre tudo denunciava) e, muito menos, parido naquela localidade do Concelho de Sernancelhe.

Isto porque, era prática corrente, os sacerdotes, a quem acontecia engravidarem uma mulher, mandarem-na para outra povoação onde o recato e o sigilo fossem bem guardados, só regressando, mais tarde, depois do evento natalício ter ocorrido, assumindo, então, o Padre a “função” de Padrinho e, só em muito poucos casos, a paternidade. Quando tal acontecia (caso em causa) mesmo assim com cuidados especiais de tudo se fazer (assumir) muito secretamente.

Posta a questão desta forma, uma pergunta se impõe: para onde foi mandada a mãe do autor de “Quando os lobos uivam”?

Tabosa é hoje uma povoação com certa importância no mapa do concelho, economicamente por possuir terras de bom cultivo e turisticamente por lá existirem as ruínas de um Mosteiro Cisterciense de senhoras que ali se instalaram no século XVII, altura da construção daquele convento que tem bem evidentes as marcas do estilo “maneirista”, nessa altura em voga.

É sabido que, na época da gestação e nascimento do escritor, em Tabosa, por via do encerramento compulsivo de muitos mosteiros, só residiam duas freiras, um tanto idosas, que não quiseram abandonar o local e por lá se quedaram até à sua morte, sendo uma delas – ao que consta – excelente parteira.

Estavam criadas, dessa forma, naquele lugar e naquelas circunstâncias, todas as condições para ser mantido, sem custo e com rigor, todo o sigilo que o caso impunha.

Muito depois do nascimento o bebé foi trazido para casa do pai que, também por recato, antes o mandara baptizar na Igreja dos Alhais, dali distante coisa de uma boa hora e meia a passo largo de uma mula possante.

Foi, acreditamo-lo seriamente – segundo nossa investigação histórico/jornalística – em Tabosa, e não em Carregal, que a mãe de Aquilino Ribeiro terminou a gestação e realizou os trabalhos de parto dessa grande figura de homem, de político e de escritor, com quem ainda privei, que é orgulho e vaidade dos beirões e dos portugueses.»

quinta-feira, agosto 10, 2006

Verdade verdadeira

Verbus certus in anima sana

Sem espírito não há inteligência;

Sem inteligência não há carácter;

Sem carácter não há vontade;

Sem vontade não há estudo;

Sem estudo não há conhecimento;

Sem conhecimento não há pensamento;

Sem pensamento não há conceito;

Sem conceito não há regras;

Sem regras não há disciplina;

Sem disciplina não há valores;

Sem valores não há ideais;

Sem ideais não há dignidade;

Sem dignidade não há alegria;

Sem alegria não há esperança;

Sem esperança não há amor;

Sem amor não há poesia;

Sem poesia não há sonho

Sem sonho não há…

Vida!

domingo, agosto 06, 2006

Os Deuses devem estar loucos

Estava um grupo de garotos, alunos da “velha” Escola Académica, no degrau mais elevado da Estátua de D. António Alves Martins, ali em Santa Cristina, a fazer pose a um colega que, de máquina fotográfica em punho, se aprontava para tirar o retrato, quando, vindo não se sabe de onde, surge um polícia, de bastão de borracha em riste, disposto a descarregar as suas tenções pessoais naqueles pacíficos miúdos.

Perante a ameaça todos deram “às de vila Diogo”, menos eu que, por mor da minha paralisia cerebral, demorei um pouco mais a levantar-me do degrau e, por isso, fui atingido pelo agente vindo a estatelar-me no pedrado que circunda o monumento.

Fui ao hospital fazer tratamento a várias escoriações que a bastonada e a queda me provocaram. No dia seguinte, o polícia agressor acompanhado pelo comandante foram a minha casa pedir mil desculpas. Meu pai, que não era má pessoa, aceitou as desculpas. Mas mesmo assim o agente agressor, como castigo, foi transferido para Lamego que, nesse tempo, tinha má fama, a ponto de ser chamada “a Cidade endireita polícias”.

Vem isto a propósito do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que, sem justiça nenhuma, deu razão a uma mulher que, na Instituição onde trabalhava, aplicava a crianças com deficiência mental castigos corporais e outros.

Será que estamos a evoluir no sentido da humanização e no respeito que é devido a quem nasceu com (ou veio a adquirir) uma qualquer deficiência ou será que estamos a tornar-nos tão materialistas que já nada merece ser respeitado, apoiado defendido e, sobretudo compreendido?...

Entendo que a tarefa de corrigir e educar não é coisa simples e fácil, mas daí ao uso da violência ou, como no caso, de práticas traumatizantes vai uma gigantesca distância. Com mil diabos!...

Por isso, apetece-me, parafraseando o título de um filme que vi há algum tempo, mudar de “Os Deuses devem estar loucos!” para “os juízes devem estar loucos!”