sábado, julho 30, 2011

A propósito de Férias

Em tempo de “Férias” a Cidade de Viseu fica (quase) vazia de gente autóctone de todo o ano, para encher as esplanadas de pessoas que estão emigradas e que, por esta altura, vêm descansar um pouco às suas origens.

Este movimento sazonal é –diga-se – uma “panaceia”, momentânea, para um comércio, a ver, cada dia, mais lojas a encerrar portas por falta de quem nelas entre para mercar seja o que for.

È uma realidade visível – já o disse noutras ocasiões – o facto de, cada vez mais, haverem, por toda a cidade, inúmeras lojas (baixos de casas) completamente vazios. Mas, pior do que isso, é verem-se novas construções com baixos destinados a comércio e que, de certeza, irão engrossar o número dos espaços desocupados.

Não seria preferível transformar tais espaços em apartamentos habitacionais, para arrendamento? Ao menos, com isso, contribuir-se-ia para o repovoamento da(s) cidade(s). E, possivelmente, tornávamo-la mais segura, pois vizinho ajuda vizinho e garante maior segurança.

Estou a ser louco?

Não o creio!

quinta-feira, julho 28, 2011

Mais falas sobre Pasteis de Vouzela

De vez em quando, vejo-me a falar do que sei. E eu sei muitas coisas como, por exemplo, sobre os Pasteis de Vouzela e de Tentúgal, os quais tiveram a mesma origem: as freiras carmelitas. Sendo os primeiros provenientes do Convento de Santa Clara do Porto – como já o escrevi – e os segundos do Convento de Nª. Sª. da Natividade (junto a Tentúgal) que era uma espécie de extensão do Convento de Santa Clara de Coimbra.

Esta (hoje) guloseima, teve razão de ser, porque às contemplativas religiosas sobravam gemas de ovos, já que as claras eram usadas na engomagem e brunido das suas roupas, bem como as dos Santos dos altares.

Nesses recuados tempos, abundavam (tal como agora) pobres desnutridos e a padecerem de “fraqueza” (anemia e tuberculose – como se diz hoje) que careciam de reforço alimentar no que a gemas eram óptimas. Todavia, como a farinha não era excedentária, havia que esticá-la ao máximo possível, afim de chegar para embrulhar as gemas de todos aqueles ovos, a dar aos necessitados doentes das redondezas de cada um dos Conventos, donde as irmãs irradiavam seu bem-fazer.

A título de curiosidade, sempre direi que as finas folhas de farinha esticada e depois de levadas ao forno, são o folhado mais fino do Mundo, pois têm de espessura 0,075 de milímetro.

Tenho, entretanto, muitíssima pena que em Vouzela não haja uma confraria ou instituição que, de forma empenhada e efectiva, trate da salvaguarda deste belo património gastronómico regional, como sucede em Tentúgal.

quarta-feira, julho 27, 2011

A impunidade e os psicopatas

Um dia destes, torna a haver um outro qualquer militante de “extrema direita” que lhe dá real gana de atirar com um carro armadilhado contra algo e que faz dezenas de mortos, mas estejam descansados, porque nada de mal lhe sucederá, pois, a defesa, alegará umas quaisquer manifestações de demência e… pronto as malfeitorias perpetradas ficarão impunes.

A Lei, muitas vezes, torna inimputável quem, com “inteligência” atenta contra a vida ou os bens dos outros, deixando os juízes sem meios para aplicarem a justiça.

E isto não é só lá por fora, por cá também assim sucede. O que fazer, então? Eu, por mim, sei apenas “que nada sei”!

Há que modificar a legislação de modo a permitir que os julgadores não deixem impunes os psicopatas deste Mundo e, creio-o, o exemplo terá algum efeito de persuasão.

E por aqui me quedo!...

segunda-feira, julho 25, 2011

Recordações - podem não ser lixo

A vida dos velhos é, quase sempre, feita de lembranças, talvez por isso, os indianos dizem que “quando morre um velho, arde uma biblioteca”.

De certo modo, é verdade. E tanto assim é que o Povo diz, que «o Diabo sabe muito porque é velho.» No que achamos ter razão, pois quanto mais velha é a pessoa maior é, também e naturalmente, a sua sabedoria. A inteligência revela-se quando a capacidade de discernir se combina com uma excelente memória. As crianças aprendem e guardam recordações que, em dados instantes, lhe permitem, por comparação, inconsciente ou subconscientemente, tomar decisões e realizar tarefas.

Desta forma, muito mal vai quando nos esquecemos de coisas, actos e sensações vividas e que foram (são) fundamentais para a sobrevivência neste mundo tão agreste, porque tão corrosivo e tão cheio de armadilhas que a todo o momento nos podem molestar ou mesmo destruir.

Um povo (nação) sem memória é algo amorfo, vai ao sabor da aragem, sem rumo definido e sem objectivos, previamente, estudados, pesando o bom e o mau e decidindo correctamente através da análise lógica dos acontecimentos passados.

È preciso que hajam lembranças, não para, de forma mórbida e doentia, partirmos o pescoço a olhar para trás, mas para tirarmos ilações e cuidarmos de nos defender do que possa afectar-nos no presente e no futuro.

– Ó gente, sede esperançosa, usando as vossa recordações!

sexta-feira, julho 22, 2011

A Palavra

Diziam os funcionários de meu avô materno sobre ele: «o Augusto Cardoso, depois de dar a sua palavra, nem que se mije, mas não volta atrás.» Todavia, acrescento eu, só o fazia quando tinha a certeza que estava no caminho certo, pois ele próprio dizia que «só os burros não mudam

O tempo da fidelidade “à palavra dada” era, é claro, outro. Hoje o que se diz agora, já não se repete daqui a pouco. Anda-se de acordo com a conveniência de cada instante e espezinham-se os compromissos assumidos. Dantes os cata-ventos só estavam na cimo das torres das igrejas, agora cada pessoa – nem todas – é um autêntico cata-vento a dizer e a desdizer-se. Então os políticos…

Na política uma hora afirma-se que se herdou um “desvio colossal” de verbas do Estado, para hoje se garantir, a pés juntos, que, afinal, não existe nenhum “buraco financeiro” nas contas públicas.

Em que ficamos?

Que saudades do “velhíssimo” tempo em que se empenhavam as “prestigiadíssimas” barbas e, por via disso, se cumpria o prometido verbalmente!... Grandes Homens eram esses!...

E por aqui me fico…

quarta-feira, julho 20, 2011

Uma questão de esperança

Ouvimos muitas vezes gritar que as coisas vão de mal a pior, mas não sentimos, sequer, que alguém (especialmente quem de direito) faça algo de positivo que corrija a situação.

Falar é fácil, criticar ainda mais: Ser realizador e meter os ombros á luta é que impõe muito esforço, mas, também e sobretudo, muito discernimento para que não se repitam (sempre se repetem) erros e ideias, anteriormente reveladas desastrosas.

Portugal, já de outras vezes, esteve sob o desígnio de forças económicas externas. Todavia, levianamente, não cuidou de se precaver de modo a evitar tal descalabro. E foram s erros de Soares, Cavaco (também não foi isento de culpa por mais que o queiram endeusar), de Guterres, Santana Lopes, Sócrates e, agora, Passos Coelho.

Como é curta a memória dos portugueses (políticos ou não)!...

Tudo tem solução – diz o Povo, em sua popular sabedoria –, contudo não se vislumbram atitudes, nem ideias claras para a resolução dos imensos problemas económicos e sociais que, a cada momento, nos afectam e, daí, não sairmos da “cepa torta”.

Entretanto, perante tão negro panorama, bom será que não percamos a esperança e, corajosamente, com luta e discernimento, sigamos avante certos de que havemos de super ar todas as vicissitudes e volt aremos, como no passado, a ser uma nação exemplar para o Mundo e para o futuro.

Assim o cremos e desejamos!!!

segunda-feira, julho 18, 2011

Anormalidades

Ao olharmos as notícias, muitas vezes, surpreendemo-nos com as mordomias de certos senhores com funções públicas numa nação pobre, mas com manias de rica.

É o caso, por exemplo, de cerca 150 comandantes de polícia, com carro e motorista. Será que são Presidentes da Republica ou Imperadores do Império da Ordem?

Santo Deus que mundo este!...

O país tem de diminuir as despesas – diz-se –, mas com excelências como esta, por certo, tal não sucederá. E quantos casos destes, há, por aí, espalhados e a entrarem nos bolsos dos contribuintes?

São reflexões (ou questões) a ter em conta e a exigirem medidas rápidas e drásticas para que não se arrastem indefinidamente, no tempo e no espaço.

E, porque isto é tão óbvio e verdadeiro, não vou perder mais “latim” com considerações. Por aqui me fico. Quem tiver inteligência que tire as ilações que julgar mais convenientes!...

sexta-feira, julho 15, 2011

Divagação louca ou... ?

Se os outros não eram bons, estes não são nada, mesmo nada melhores. È tudo “farinha do mesmo saco”. Verdade que “eles” (uns e outros) não gostam de ouvir esta frase, mas, desgraçadamente, esta é a verdade mais palpável que imaginar se pode.

«Nada de aumentar impostos,» e «nada de Pec4.» Pois é! Só que até se criam impostos especiais e quanto a Pec(s), analisando bem, já iremos para aí no Pec20 ou mais, tais são os “apertos de cinto” do pobre Zé.

O Zé – coitado – é sempre quem, no meio de tudo, se vê forçado a pagar as dificuldades desta vida de políticos mentirosos, estes ainda mais que os outros e os que virão muito piores do que estes. Porra, que mundo pequeno e tacanho este!....

Eu quero emigrar. Mas para onde? Em todo o lado é sempre o “mexilhão quem se lixa!...” O graúdos safam-se sempre e, cada vez, ficam mais ricos, graças aos seus muitos (imensos) negócios escuros, com corrupção e fuga aos impostos à mistura.

Estou a ser má-língua. Claro que estou. Porém, sei bem que não sou sozinho, há milhões como eu. É um grito de revolta ou um mero desabafo? Talvez ambas as coisas.

Disse!

quarta-feira, julho 13, 2011

Diversidade

Eu gosto de batata-doce, mas há, por certo, muita gente que não as possa ver sequer – é a diversidade gastronómica.

Se todos fossemos magrinhos e elegantes e não houvessem gordinhos, um tanto mal jeitosos, de certeza, o nosso conceito de beleza seria muito restrito e tacanho, pois viveríamos num mundo insípido e monocórdico sem possibilidade de escolhas. Bolas… que chatice!...

Felizmente que existe o “arco-íris”, com sete cores visíveis, embora, cientificamente, elas sejam resultantes de apenas duas que, ao serem refractadas e reflectidas pelo prisma, se desdobram em todas as outras.

Esta é a verdade e a vantagem da “diversidade”. Em política, como na vida, também assim é. Todavia impõe-se conhecimento e/ou esclarecimento para que se tome a opção (para nós) correcta.

Na vida corrigem-se as más escolhas, mudando de rumo e orientação comportamental. Na política isso faz-se pelo voto, quando é tempo de eleições. Contudo, os erros cometidos contra a Natureza, quando há extinções, são para sempre e não há volta a dar.

Por isso urge que tudo façamos para que a Diversidade continue a ser apanágio e força da e na Natureza.

Cuidemos e incentivemos a (bio) diversidade e, assim, salvaremos o Mundo, dando Vida à Vida!

Esta é tarefa para ser cumprida hoje (agora) e não para ficar para depois, sem tempo definido. Tenhamos disto plena consciência.

terça-feira, julho 12, 2011

A "Crise"...

Olhando e escutando a Comunicação Social dos últimos dias, rapidamente se conclui que o mundo económico europeu e dos Estados Unidos da América está em, assustador e fragoroso, colapso, o que, obviamente, afecta todo o planeta, causando receios de toda a ordem.

Por quê, este estado de coisas?

A ciência, as tecnologias e os conceitos sociais, no século XX, avançaram aceleradamente, o que foi bom, muito bom mesmo. Todavia, essa evolução, criou, na mente dos gananciosos, um pernicioso corrupio em busca do lucro fácil, não havendo escrúpulos em esmagar e destruir valores ancestrais de humanismo e salvaguarda da Natureza que é fonte de vida.

Foram as especulações financeiras; as construções de “elefantes brancos” por todo o lado; o tráfico e consumo de estupefacientes; o sexo sem nexo e foram os endividamentos estúpidos, em algumas futilidades que dão prazer momentâneo, mas que são complemente dispensáveis.

Não há solução?

Claro que há! Contudo é premente e urgente (íssimo) mudar de rumo e ir em frente, arregaçando as mangas da camisa e com o suor a pingar do rosto, para, aproveitando o que ainda resta, e é muito, produzirmos mais sem agiotarmos e tendo, unicamente, como objectivo salvarmo-nos e a tudo o que nos rodeia.

Eu tenho Fé em melhores dias!

domingo, julho 10, 2011

Na hora da Dor física - algo (muito) de bom

Depois de três noites e quatro dias na unidade de Monitorização de Doentes Cirúrgicos e uma noite e meio dia em Cirurgia 1, do Hospital de S. Teotónio, de Viseu, por ter partido três costelas, devido a queda doméstica, cá estou, de volta ao computador, para dar nota dos meus sonhos, sentimentos e acções.

Se, ao menos, como compensação do muito sofrimento, fui bem tratado?

Responderei que todos, mas mesmo todos, os funcionários, técnicos e auxiliares daquele hospital me cuidaram com imenso carinho, desvelo e muita competência, o mesmo sucedendo por parte das alunas/estagiárias da Escola Superior de Enfermagem de Viseu que, sem obrigação para tal, foram inexcedíveis no afecto com que me mimaram.

Para quantos, de uma ou de outra forma, se esforçaram para que saísse da situação, de enorme sofrimento em que me encontrava, vai o meu mais penhorado agradecimento.

Bem-hajam!

sexta-feira, julho 01, 2011

Vampiros

Este mundo está cravejado de mentirosos políticos. Enquanto não estão no poleiro prometem não haver, com eles, aumento de impostos, depois... é um "Deus nos acuda!" Mas o Povo é burro e não tem memória...

È triste ter de dizer isto. Depois chegamos a esta lamentável constatação, contudo o fenómeno, em Portugal, já é tão velho que até (já) tem longas barbas brancas.

As pessoas, na maioria (os resultados eleitorais o confirmam), são masoquistas e, por isso, gostam de levar pauladas na cabeça e no lombo. E... desgraçadamente, votam nos “aldrabões”, nos demagogos e populistas de “meia tigela”, que só revelam estarem ávidos de “ir sofregamente ao pote”.

Pobre Povo (não “nobre Povo”) cuja iliteracia (ainda) é tão grande, em quantidade e qualidade, que, estupidamente “babado”, se deixa levar no canto da sereia e, como carneirinho a caminho do açougue, põe a cruzinha naqueles que acabam por lhes sugar o sangue, comer a carne e chupar os ossos até ao tutano.

Depois, choram e rilham dentes. Porém, quando houverem novas eleições lá estão eles, histérica e fanaticamente, a votar em quem não merece tal benefício de confiança.

Sofre Povo, pois só tu és culpado por tal situação, ao elegeres quem te não merece, nem é digno de te representar no concílio das nações!

Zeca Afonso tinha razão. “… Eles comem tudo e não deixam nada!