sexta-feira, julho 22, 2011

A Palavra

Diziam os funcionários de meu avô materno sobre ele: «o Augusto Cardoso, depois de dar a sua palavra, nem que se mije, mas não volta atrás.» Todavia, acrescento eu, só o fazia quando tinha a certeza que estava no caminho certo, pois ele próprio dizia que «só os burros não mudam

O tempo da fidelidade “à palavra dada” era, é claro, outro. Hoje o que se diz agora, já não se repete daqui a pouco. Anda-se de acordo com a conveniência de cada instante e espezinham-se os compromissos assumidos. Dantes os cata-ventos só estavam na cimo das torres das igrejas, agora cada pessoa – nem todas – é um autêntico cata-vento a dizer e a desdizer-se. Então os políticos…

Na política uma hora afirma-se que se herdou um “desvio colossal” de verbas do Estado, para hoje se garantir, a pés juntos, que, afinal, não existe nenhum “buraco financeiro” nas contas públicas.

Em que ficamos?

Que saudades do “velhíssimo” tempo em que se empenhavam as “prestigiadíssimas” barbas e, por via disso, se cumpria o prometido verbalmente!... Grandes Homens eram esses!...

E por aqui me fico…

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