quarta-feira, junho 30, 2010

Também eu...

Apanhei num link qualquer da "Net" a afirmação que a seguir transcrevo:
«Gostaria de ser recordado como o escritor que criou a personagem do cão das lágrimas, no “Ensaio sobre a cegueira”. É um dos momentos mais belos que fiz até hoje como escritor. Se no futuro puder ser recordado como “aquele tipo que fez aquela coisa do cão que bebeu as lágrimas da mulher” ficarei contente» José Saramago in “Público”, 15-6-2008
Pois é!... Também eu!...
A questão não está na cena do cão a lamber as lágrimas da mulher, mas na subjectividade emocional que dela advém. Qualquer artista sentiria orgulho em ser capaz de produzir uma imagem tão simples, porém tão expressiva no despoletar de sensações e emoções na pureza íntima do ser humano.
A melhor homenagem (presente ou póstuma) que se pode prestar a um criador é, sem dúvida, não deixarmos de nos deliciarmos com a obra de arte criada.
Assim, também eu, quando subir ao "assento etéreo", ficarei feliz ao saber que, através da minha obra, não serei esquecido.

segunda-feira, junho 28, 2010

A palavra mais antiga...

Olá Mizé,
As palavras são do Homem. Pertencem ao Homem que as vai inventando à medida que delas vai precisando. As palavras são, por via disso, tão velhas quanto ele na sua estada evolutiva na Terra.
Assim sendo, a mais antiga palavra que o Homem usou foi, tenho a certeza, um simples grunhido de dor, de contentamento, de excitação erótica ou de encantamento perante a beleza de uma flor. E esse grunhido, consoante a entoação, traduzia todos os estados de alma do indivíduo. Essa palavra - ditongo onomatopaico - seria: Hum!...
E era entendível por qualquer ser humano, independentemente da sua origem ou do lugar em que habitava. O caos babélico estava ainda bem longe de surgir no meio do Homem que acabara de descer das árvores, donde deixou de ser um mero primata para evoluir e se tornar num dos hominídeos de - sabe-se agora - há mais de dois milhões de anos.
As palavras, Minha querida, são flores que devem ser cultivadas com amor e muito cuidado e carinho, porque as palavras são a herança mais rica e formosa que recebemos de nossos ancestrais e que, temos obrigação, de legar aos que nos sucederem.
Ou não será?...

sexta-feira, junho 25, 2010

Nulidades e trivialidades

Caro A.C.,
O teu comentário tem toda a razão de ser, pois me esqueci de pôr o adjectivo entre aspas seguido de ponto de interrogação entre parêntesis.
As Instituições têm a qualidade dos seus responsáveis. Se os responsáveis não têm o devido mérito intelectual, como pode a instituição tê-lo? Quem não tem, dentro de si, algo para dar, só pode perder-se com nulidades ou - rectifico - com trivialidades reveladoras de uma imensa pobreza mental e/ou cultural.
Infelizmente, por esse país além, existem instituições ( a letra minúscula justifica-se plenamente) cujos dirigentes se ufanam dos seus canudos académicos, mas a quem mingua talento e nível cerebral e que, por isso, reflectem isso mesmo.
Mas ao que se vê (e bem) é essa gente que, por meios que desconheço, conseguem os subsídios,, os louros e que singram na vida.
Cala-te boca, não digas mais nada!...

quarta-feira, junho 23, 2010

O bom barqueiro

O barco navega, rio abaixo, com o fundo roto, mas não afunda, porque o barqueiro, com uma lata, vai despejando a água que teima em entrar. - Apetece-me dizer perante a conjuntura político/económica que, em especial, se vive no nosso país.
A situação, na realidade, não é famosa, contudo, esta embarcação, furada no fundo e com um rombo no casco, apesar de tudo, lá vai singrando, graças ao esforço do barqueiro, na esperança de que, quando chegar à foz do curso de água, será reparada e poderá, enfim, vogar, de vela enfunada, com segurança e prazer por onde e como for preciso.
Feliz, corajoso e esforçado é o nauta que não perde o rumo e a esperança em horas e dias melhores, porque alcançará o porto de abrigo e... em concomitância, a vitória.
O pior é que o barqueiro, por mor dos remoinhos, do forte caudal e das rochas do meio do rio, pode sussubrar e cair à correnteza das águas e perder-se e perder o barco, por quem, custosa e dolorosamente, se bate qual guerreiro, embravecido, no fragor da batalha.
Deixem que o barqueiro prossiga, com seu denodo, a luta difícil que tem de travar! A Esperança é a última a morrer...
Eu quero ter esperança!...

segunda-feira, junho 21, 2010

Erro ou "gralha" da tipografia?!...

A Revista cultural "Anim'arte" nº76, editada pelo Gicav, de Viseu, traz, nas páginas 13 e 14, um artigo intitulado "O Aumentar das Almas", da autoria de Jorge Oliveira, que logo me deixou de "Pulga atrás da orelha" - como soa o povo dizer -, pois se trata, de certa forma, de um irregularidade linguística a evitar, sobretudo num cabeçalho que logo chama a atenção.
"Aumentar as almas" é coisa que não cabe - de modo nenhum - ao Homem. O que o Jorge, na sua qualidade de jornalista e de filho (e parte integrante do Povo) deveria apor no título não era "aumentar", mas sim - como refere no desenvolvimento da peça - amentar sendo esta a palavra correcta a explorar em todo o trabalho de recolha realizado e mui digno de nota, pondo de lado "o aumento", mesmo que as gentes da sua terra assim falem, sem disso ter consciência. Os erros, mesmo seculares e populares podem ser, pedagogicamente, referidos para enriquecimento do falar popular..
A amentação das almas é um ritual litúrgico/pagão, realizado, durante a quaresma, em muitas localidades da Beira. Esta prática popular, tem como objectivo pedir benesses a Deus pelos que já partiram deste mundo e vogam pelo espaço, ainda sem terem obtido um rumo na Eternidade onde se encontram.
Receoso de errar, nestas minhas conjecturas, consultei dois dicionários que definem: Amentar - trazer à memória; lembrar; rezar pelos mortos; responsar.
Para me aliviar de maus julgamentos, admiti a hipótese de ser um erro ou uma gralha tipográfica.
Mas tanas vezes repetida naquela, prestigiada, revista cultura, com tão bons revisores, não podia ser. Será que sou um chato com manias de perfeição?!...

sábado, junho 19, 2010

A memória de Saramago

Se quiserem-me dar-me flores, | dêem-mas. mas em vida. | Não quero os vossos louvores | após a minha partida.
Agora é que eu preciso, | pois 'stou "velho" e mui carente. | Os louros - eu vos aviso - | só honram quando presente.
Uma póstuma homenagem | é maldade de invejosos, | por se perder na voragem | de tempos nada piedosos.
O Depois já ninguém herda, | por falta de dia-a-dia. | Quem vai, vai sem alegria. | Por isso: - Que grande merda1!!
Estes meus míseros versos, afinal, adaptam-se à tua vivência pessoal, ó grande José Saramago. Os que te quiseram travar e abocanhar, são hipócritas que, agora, descarada e despudoradamente, levantam a grimpa para dizerem que foste o maior e o melhor!
Que raio de cegueira era (ou é) a deles?!...

Comentario sobre "Faz e desfaz..."

«Mas isso passa-se em qualquer obra, em qualquer canto deste país. Faz-me lembrar uma pergunta, que alguém me fez, acerca de umas obras, numa grande fábrica cá da zona, onde me perguntava o porquê de ter sido uma empresa espanhola a ganhar o concurso. A resposta só pede ser uma: profissionalismo. Todos os funcionários sabem o que vêm fazer e trazem tudo o que precisam, não saem 3 pessoas ao meio da tarde para comprar 10 parafusos
Anónimo
E, se calhar - digo eu -, não andam a passarinhar, por aqui e por ali, a perguntar, uns aos outros, o que ou como fazer.
Se a incompetência fosse música... Meu Deus que grande sinfonia se escutaria em permanência!...

sexta-feira, junho 18, 2010

Faz e desfaz...

Andam obras no meu bairro. Tudo bem e nada de anormal. Parabéns ao Município e à Junta de Freguesia!
Só que, não sei porquê, são as obras do faz e desfaz ou seja, do "abre buraco e tapa buraco". Mete tubo e tira tubo. Coloca boca de incêndio e tira a boca de incêndio para a instalar quatro metros mais atrás afim de não ser abalroada pelos automóveis ao estacionarem.
Ó gente, isto custa dinheiro!
A quem imputar culpas? Aos operários que não sabem ler os projectos? Aos engenheiros que o elaboraram incorrectamente? Ao fiscal da obra que não tem tempo para olhar todas as obras a seu cargo?
E com este "faz e desfaz" admiram-se certas pessoas que hajam derrapagens orçamentais e que o que deveria custar X acabe por resultar em duas ou três vezes mais esse valor.
Brincamos com as verbas do Estado que são, afinal, fruto dos imposto que, suada e dolorosamente, pagamos a esse Estado de incompetentes que nos chupam até ao sabugo e não nos perdoam nem sequer um vintém furado.
Valha-nos Deius!...

quinta-feira, junho 17, 2010

Ainda "Futebol e humildade..."

Sobre o artigo em título, recebi os seguintes comentários que agradeço e passo a transcrever:

«A humildade é (depois da sinceridade), definitivamente, uma das características que eu mais aprecio nas pessoas. Quando a perdem, para dar lugar à arrogância, perdem também o meu respeito.
Neste mundial resta-nos ficar à espera dos resultados!»
Drn

«Se a humildade estivesse na quantidade de qualidade poderíamos já abrir garrafas e brindar as taças... mas realmente não está..».
zé Passarinho

quarta-feira, junho 16, 2010

Futebol e humildade...

Não percebo "nada" de futebol, ou antes sei o trivial que o comum das pessoas sabem, por isso também sou "treinador de café", como soava dizer-se há uns cinquenta anos atrás. Mas aprendi, com um grande atleta e desportista viseense, José Alves Madeira de boa memória, que a "camisola da humildade" é que conduz à vitória e não a fanfarronice prévia e gratuita de que "somos os melhores do Mundo e arredores".
Esse, malfadado, hábito, criado por Filipe Scolari e outros, está a dar maus frutos. Julgamo-nos superes e, quando calcamos a relva, levados por tal empáfia balofa adormecemos, subjugados pelo aroma dos louros com que nos auto-coroamos e... o resultado é, vergonhosamente, decepcionante.
Cada vez admiro mais o "velho" Eusébio da Silva Ferreira, com a sua humildade de futebolista simples, sempre com os olhos no colectivo para quem trabalhava e com a sua genialidade (não anunciada, nem embandeirada em arco) explosiva (esta sim, "explosiva") a resolver, nas horas más, um resultado tendenciosamente negativo.
Apoiar e dar o melhor é bom (é óptimo), mas sem arrogância, afim de, depois, perante um bom resultado, nos congratularmos e festejarmos, com todo o gosto, o sucesso conseguido.
Guardem~se os foguetes e o champanhe para o fim da festa (se a houver)!...

segunda-feira, junho 14, 2010

Ainda "Uma questaão de tempo ou falta dele..."

Olá Hesseherre,
Achei graça ao comentário que me enviaste a propósito do meu último artigo "Uma questão de tempo ou falta dele..." e, por isso aqui o transcrevo.
«"pescadinha de rabo na boca"...
Me encantei com esta frase, ela exprime algo como quem se dedica a venerar o próprio umbigo...grande abraço irmão...»
Em Portugal, aquela expressão", é usada para especificar algo que retorna ao princípio ou, se quiserem, é o reiniciar de um ciclo ou, ainda, repetir a acção.
Todavia, naquele caso, também poderemos adaptar a frase ao conceito da tua interpretação, embora ela esteja bem explícita no artigo em causa.
De todo o modo, na vida das pessoas, existem tantas "pescadinhas de rabo na boca" a que não podemos fugir e que, no fundo, nos machucam e atam os pés bem à terra causando, no nosso espírito, moças que não desejamos.
Enfim... é a vida!...

sexta-feira, junho 11, 2010

Uma questão de "tempo" ou falta dele...

«O Tempo é filho dum Tempo que não deu tempo ao Tempo de vir a ser Tempo, porque não tinha tempo de ser Tempo com tempo e perdurar no tempo que o Tempo não quer que exista
Esta (quase) cega-rega que aprendi em menino e que - na altura cantarolava sem entender -, parece, não ter sentido, está, metaforicamente, carregada de enormes verdades ajustáveis aos dias que ora vivemos.
Andamos (todos) tão atarefados e apressados que deixamos, a cada passo, de fazer o que devíamos, esquecendo-nos da obrigação primordial de todo o Ser Humano, ou seja: dar amor na solidariedade do conviver com o outro que, por seu turno, seguindo a lufa-lufa de toda a gente, não cumpre o dever da reciprocidade, entregando os seus afectos a quem o rodeia e, de certeza, o ama.
É a "pescadinha de rabo na boca": um ciclo vicioso que se propaga e que ninguém quer quebrar. Olha-se, cada vez mais para baixo (para o umbigo) e não levantamos, por um instante, o olhar nem para o lado, nem para o Céu.
Estamos a perder o sentido do afecto, da partilha com o nosso semelhante e, por arrasto, a espiritualidade que faz de nós verdadeiramente Homens. Depois, como desculpa, dizemos, desenvergonhados, que "não temos tempo"!...
Estarei louco'...

quarta-feira, junho 09, 2010

Dia de Camões

10 de Junho - Dia de Portugal e de Camões.
«Mudam os tempos, mudam as vontades...»
Pois é1... Só que a mudança de que fala o Épico, a mais das vezes, não é para melhor, nem de acordo com as nossas necessidades e desejos.
Veja-se o que se está a passar pelo Mundo. A Paz é tão precária que, a todo o o momento, pode suceder que o verniz estale e, então, desgraçadamente, desabará sobre todos nós uma Guerra cujas consequências não é fácil profetizar, dado o negrume que a envolverá.
Não estou - note-se - a ser "Profeta da Desgraça", estou, somente, a analisar a realidade visível e palpável do que vai por aí fora. Nada se respeita, nada, nem ninguém, se atemoriza.
Arreganham-se, descaradamente, dentes uns aos outros, no Médio, no Extremo e por todo o Oriente, É a provocação diária e constante. Na Europa e nas Américas, as coisas, ainda que menos visíveis, também andam em ebulição, qual vulcão prestes a rebentar.
«Mudam os tempos..».

segunda-feira, junho 07, 2010

Acabe-se com a ganância!...

Pela ganância exacerbada do lucro fácil e rápido, de alguns, pagam sempre os que nada ganham e que, infelizmente, acabam por ser vítimas inocentes dos erros que, os gananciosos e sem escrúpulos, cometem. Veja-se o caso da maré negra do Golfo do México que tantas dores de cabeça está a dar a Obama.
Em águas territoriais portuguesas - consta - onde se tem vindo a fazer prospecções, mais ano menos ano, levantar-se-ão, também, plataformas para exploração dos recursos petrolíferos existentes no fundo marinho.
Esperemos que essa exploração seja cautelosa e competente, para que, no meio das imensas dificuldades que vivemos, não tenhamos de nos confrontar com uma tragédia ecológica evitável.
Por certo, pela minha idade, já cá não estarei quando a exploração do petróleo do fundo do mar, em Portugal, estiver no auge, mas, pelos vindouros, preocupo-me e, por isso, quase num toque de clarim, aqui deixo o alerta.
O que a Natureza nos oferece deve ser aproveitado, mas... com todas as certezas de que a não ofenderemos, com os exageros da nossa ganância desmedida.

sexta-feira, junho 04, 2010

Outra vez "Os animais e os hgumanos"

Olá "'stora",
Obrigado pelo comentário que me enviaste e que passo a transcrever:
«Humanizar os animais serve apenas para cumprir as necessidades de quem tem medo dos outros humanos. Gostar das criaturas é saudável e divertido, mas mantendo a distância devida entre as espécies... isso é respeitá-las.
Um pássaro, pelo terceiro ano consecutivo, entrou pela fresta do portão da garagem e voltou a fazer ninho no lugar onde decidiu criar as sucessivas proles: a estante das ferramentas . Tudo bem. Ele lá está. Entra e sai quando quer. Não interfere comigo, eu não interfiro com ele. Se me passasse pela cabeça vestir os passarinhos de marinheiros ele nunca me perdoaria, tenho a certeza.»
Este teu apontamento coincide comigo, quer na essência, quer na história, pois, também a mim aconteceu. Quando vivi em Quintela de Orgens, um casal de aves resolveu fazer ninho na estante da garagem e eu fiquei feliz. Tentava sempre não usar a viatura quando via que um dos progenitores estava no ninho ou estava prestes a entrar na garagem. Éramos felizes, porque nos respeitávamos mutuamente: os pássaros, eu e minha esposa que colocava grãos de cereais junto ao ninho, no intuito de facilitar, um pouco, a vida àqueles extremosos pais!

quinta-feira, junho 03, 2010

Comentários

De Inês Pereira sobre «Animais...»
«Desculpe a questão, mas faz mais sentido acharmo-nos mais do que esses animais? Detesto pensar assim, mas somos o que somos porque nos classificámos assim. a única diferença entre nós é a espécie a que pretencemos. Demência é não pensar em como nos tornamos tão estúpidos para estes animais destruindo tudo o que têm. Amar é respeitar em todas as ocasiões. Respeitaremos estes animais ao poluir ao construir enormes arranha-céus. Não se preocupe porque é praticamente impossivel humanizar estes animais. Um dia aperceber-nos-emos que eles são mais inteligentes que nós.»
De Anónimo sobre "Erros vegetais...»
«E as árvores que lançam "algodão" (choupos?)quando tal sucede parece estar a nevar... »
Concordo convosco e agradeço0 a vossa amabilidade. No presente caso, o vosso pensamento é o meu pensamento, só que a minha inteligência não soube expressar-se com tanta clareza.
Obrigado.

quarta-feira, junho 02, 2010

Os animais e os humanos

A minha neta (de afecto, não biológica) enviou-me um email, com cães vestidos como se fossem humanos. A mensagem trazia a legenda: «por que os cães mordem pessoas?»
Na verdade, há muita gente que trata os seus bichos de estimação ou companhia, não como animais, mas como se fossem humanos.
Tudo tem limites! Amar os animais, sim, sempre, todavia com a noção de que o exagero comportamental, por parte dos donos, cuidando-os iguais a nós, deixa de ser amor para passar a ser demência.
Dizem-nos, as mais recentes descobertas cientificas, que muitos animais têm sentimentos e emoções. Contudo esse sentir não é, nem pouco mais ou menos, semelhante ao dos seres humanos. Por isso, há que saber separar as evidências e discernir que os animais, por mais que gostemos deles, não são como nós e não devem ter as nossas prerrogativas no tocante a tratamento. Há, repita-se, que cuidá-los com carinho e amor, porém, sem olvidarmos nunca as diferenças que nos separam e definem. Nós somos como somos, eles são o que são.
Haja sentido das coisas!...

terça-feira, junho 01, 2010

Ainda "Erros vegetais..."

Um anónimo comentou o meu artigo "Erros vegetais da Minha Cidade" dizendo:
« Lá está o Sr. a dizer mal da nossa bonita cidade..
O pior é que o que eu disse é verdade e o resto são "desculpas de mau pagador" e não é com elas que tornamos Viseu ainda mais bonita ou, se quiserem, "um lugar em que dá gosto viver."
Apontar erros antigos ou recentes para que sejam corrigidos, meu amigo, não é dizer mal, é amar as coisas, é contribuir para a sua melhoria.
Mas, atenção, ao fazê-lo, temos de estar certos daquilo que afirmamos e não atirar pedras a esmo, só porque sim.
Construir não é meramente falar por falar, é ter consciência, por conhecimento adquirido, de que estamos a trilhar a senda da razão com vista à correcção das falhas, para que, requalificando, as coisas, pessoas e/ou animais se tornem melhores: mais bonitas, úteis e simples de usar.
E, meu amigo, por aqui me quedo certo da minha certeza e do meu grande amor pela minha (nossa) Cidade!...