sábado, junho 19, 2010

A memória de Saramago

Se quiserem-me dar-me flores, | dêem-mas. mas em vida. | Não quero os vossos louvores | após a minha partida.
Agora é que eu preciso, | pois 'stou "velho" e mui carente. | Os louros - eu vos aviso - | só honram quando presente.
Uma póstuma homenagem | é maldade de invejosos, | por se perder na voragem | de tempos nada piedosos.
O Depois já ninguém herda, | por falta de dia-a-dia. | Quem vai, vai sem alegria. | Por isso: - Que grande merda1!!
Estes meus míseros versos, afinal, adaptam-se à tua vivência pessoal, ó grande José Saramago. Os que te quiseram travar e abocanhar, são hipócritas que, agora, descarada e despudoradamente, levantam a grimpa para dizerem que foste o maior e o melhor!
Que raio de cegueira era (ou é) a deles?!...

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