quarta-feira, junho 23, 2010

O bom barqueiro

O barco navega, rio abaixo, com o fundo roto, mas não afunda, porque o barqueiro, com uma lata, vai despejando a água que teima em entrar. - Apetece-me dizer perante a conjuntura político/económica que, em especial, se vive no nosso país.
A situação, na realidade, não é famosa, contudo, esta embarcação, furada no fundo e com um rombo no casco, apesar de tudo, lá vai singrando, graças ao esforço do barqueiro, na esperança de que, quando chegar à foz do curso de água, será reparada e poderá, enfim, vogar, de vela enfunada, com segurança e prazer por onde e como for preciso.
Feliz, corajoso e esforçado é o nauta que não perde o rumo e a esperança em horas e dias melhores, porque alcançará o porto de abrigo e... em concomitância, a vitória.
O pior é que o barqueiro, por mor dos remoinhos, do forte caudal e das rochas do meio do rio, pode sussubrar e cair à correnteza das águas e perder-se e perder o barco, por quem, custosa e dolorosamente, se bate qual guerreiro, embravecido, no fragor da batalha.
Deixem que o barqueiro prossiga, com seu denodo, a luta difícil que tem de travar! A Esperança é a última a morrer...
Eu quero ter esperança!...

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