quinta-feira, julho 31, 2008

Política e políticos que nos parecem de outro Mundo

È interessante - digo eu - como o mundo gira na boca dos políticos e dos governantes. Para eles parece que tudo são rosas e que tudo desliza facilmente sobre bem oleados rolamentos de esferas. É a maravilha das maravilhas!...
Mas o pior é que o povo chora com fome, com desemprego, com doença, com falta de qualificações académicas, com justiça sem justiça, eu sei lá que mais?!...
Aos meninos dão-se-lhe computadores - aplaudimos a iniciativa, pois claro que aplaudimos! -, todavia questionamos: isso será o bastante para que venham a ser sábios, educados, saudáveis, amigos do seu amigo, construtores de um mundo novo, resumindo, felizes?...
Ouvi Lula da Silva e José Sócrates, numa entrevista na RTP2, e fiquei apreensivo com o excesso de optimismo dos dois governantes e a pergunta surgiu-me, naturalmente embora como que por acaso: Será que estes homens vivem numa redoma e não vêem o que se passa ao redor?...
Não sei, mas gostava de saber. Afinal de que matéria são feitos, para serem assim tão insensíveis?...

terça-feira, julho 29, 2008

Ajudas e cancro

O problema do cancro (ou cancer - como dizem os brasileiros), apesar de todos os esforços científicos desenvolvidos quer durante o século passado, quer já no presente, continua, infelizmente, a ser grave preocupação da ciência médica, dos governos e, deveria também ser, do cidadão comum, já que tal doença não tem destinatário definido: todos, em qualquer momento e em qualquer lugar, estamos sujeitos a ser vítimas desse flagelo.
Quem é que neste Mundo não conhecdeu ou teve conhecimento de alguém tocado pelo problema? Ajudar é, naturalmente, o dever de cada um de nós! Mas - ó Deus! - como?
E aqui está a questão basilar. Os ricos (ou os mais bem instalados na vida) fazem-no entregando donativos monetários. E os outros cujos proventos mal dão para a "bucha"? Os outros... dão voluntariado colaborando com a força dos seus braços e a capacidade da sua mente, nas mais diversas tarefas que levem à minoração da dor de quem sofre e divulgam de todas as formas as campanhas de angariação de fundos ou, simplesmente, fazem passar, de boca em boca, essas mensagens.
Agora está em curso uma recolha de cápsulas e telas de Néspresso (será que escrevi bemj?) cujo objectivo é possibilitar às crianças do IPO. a construção de esculturas aque desenvolvam a sua criatividade e promovam, nas pessoas em geral, de certa forma, o gosto pela reciclagem dos materiais tidos como inúteis e sem préstimo.
Que quem tiver acesso a este tipo de objectos os encaminhe para o IPO e a Divindade Celestial recompensará - tenho a certeza - tal dádiva e tal boa vontade!

segunda-feira, julho 28, 2008

Estive, no Sábado passado, no Alto Minho, aliás às bordas de Viana do Castelo, a assistir a um Festival de Folclore.
Fiquei triste!
Afinal o conceito de Folclore mudou? Ou já não se tem a noção de que folclore e antropologia têm de andar de mãos dadas? Ou, ainda, será que Folclore já não é uma manifestação da etnografia, de cada lugar, nas suas músicas, poéticas e danças?
Quando um grupo põe os jovens da sua "escola de folclore" a dançar uma marcha dos santos populares, como se de um Vira se tratasse... Santo Deus!... para onde vamos nós?...
Por isso fiquei triste. E, por isso, acho que não devo comentar mais nada, os meus estimados e queridos leitores já deduziram o resto!...

sexta-feira, julho 25, 2008

A Verdade dói. É preciso calá-la!

Sempre foi assim!
Desde tempos imemoriais que quando alguém diz algo que diverge da opinião geral da comunidade, apresentando outros pontos de vista e, ou, outras conjecturas, corre logo o risco de vir a sofrer todo o tipo de represálias que amordacem a sua boca e manietem a sua acção.
Os investigadores, cientistas, pensadores e filósofos de todos os tempos sentiram na pele, nos ossos e no espírito o ferrete de terem de calar o que sabiam e podiam transmitir ao semelhante. E a repressão vinha do poder, da religião, das forças de defesa e, até, do cidadão comum que, sem conhecimento, mas eivado de um fanatismo profundo (hoje diz-se fundamentalismo) exercia essa força bloqueadora e deturpadora da verdade.
Foi assim com Sócrates (o filósofo grego, não o nosso 1º. Ministro), com Cristo, Kepler, Galileu e tantos, tantos outros. A Inquisição foi criada, de certo modo, para travar a língua e os gestos de quantos, usando o cérebro, pudessem raciocinar de forma diversa da que, então, era imposta pela Igreja Católica Apostólica Romana, deveras assustada com a perda de hegemonia devido ao Cisma e à tomada de força da Burguesia.
Agora, embora de outra forma, ainda há quem não queira a verdade e a trave usando outras armas!...

quinta-feira, julho 24, 2008

Ainda o Novo Acordo Ortográfico

Da minha querida amiga e assídua leitora "Pandora", sobre o problema do Novo Acordo Ortográfico, recebi a comentário que transcrevo, e ao qual achei imensa graça, pois tal como ela, milhares - se não milhões - de portugueses (eu incluído) vão ter de ser corrigidos pelos mais jovens.
«Pois é meu amigo, o problema é que não sei se me vou habituar ás mudanças, e chegarei a um ponto em que vão ser as miúdas e corrigir-me.»
Que bom sermos corrigidos pelos botões de rosa do nosso jardim!... Que grande prazer terei por ter de voltar a ser menino e a voltar a aprender com meninos, e como um menino!... Iupy!...

O Plagio...

«... E o pintor foi-se embora, com prazer, sem ter assinado a "Obra"!... - Digo eu, num dos meus recentes poemas.
Efectivamente, quantas vezes, na vida, terminamos uma ideia, um projecto e, simplesmente, um sonho e o deixamos, despretensiosamente, entregue aos outros sem nos importarmos que, afinal, aquilo tem, no seu interior, muito do nosso suor e da nossa intelectualidade e que tudo isso vai ser usado, num plágio permanente, por quem nada investiu emocional e fisicamente.
O esforço de uns é, quase sempre, benéfico aos outros. Plagiar - digo eu, embora o não faça - acaba por ser uma arte e um artefacto necessários à evolução técnico/cultural dos povos e das nações. Acaso a literatura portuguesa não avançou graças aos plágios (alguns bem evidentes e descarados) do nosso Eça de Queiroz que, nesse campo, foi useiro e vezeiro?
Este tema é vasto e levaria páginas e páginas a debater, já que implica questões legais, cívicas, sociais, morais e ou, meramente, humanas, por isso e por respeito aos meus queridos e muito estimados leitores o deixo à consideração de cada um segundo os seus conceitos éticos e deontológicos. Quem sou eu para emitir opinião sobre o assunto?...

terça-feira, julho 22, 2008

Novo acordo ortográfico

«Burro velho não aprende línguas...» - Diziam antigamente. Pois não! Mas vai ter de aprender a escrever Português, de acordo com a nova grafia, ontem promulgada e que terá, dentro de 6 anos, de estar completamente em vigor em todos os países onde se fala a língua de Camões.
Não sou contra este novo acordo ortográfico, nem sequer o contesto seja de que forma for, mas, apesar de já ter passado por outras maneiras de escrever(caso, por exemplo, da acentuação nas palvras terminadas em mente), confesso que irei ter algumas dificuldades nos primeiros tempos e que, volta não volta, andarei a mandar adicionar, ao dicionário informático do meu computador, a nova versão das palavras sujeitas à modificação gráfica.
Se é bom e é para bem da língua que - como afirmava Pessoa - é a minha Pátria, então sejam muito bem vindas as alterações, porque eu, sendo "burro velho", juro que ainda vou fazer tudo para aprender!...

segunda-feira, julho 21, 2008

Divagação sobre "Política"

«Detesto a política, bem como falar sobre política!» - Diz-se muitas vezes.
Ora isto é, na verdade, um autêntico disparate. Mas é, ao mesmo tempo, uma verdade do Senhor de La Palisse. Já que sempre que, simplesmente, pensamos - estamos permanentemente a fazê-lo - construímos ideias e isso é fazer política, na sua forma mais lata e sublime.
Podem essas ideias ou pensamentos ser ou não exequíveis, mas não deixam, queiramos ou não, de conter princípios e normas de acção e reacção que traduzem as doutrinas que dirigem e impulsionam a nossa vida. Logo: é política pessoal, em toda a sua força e dimensão.
Pensar e fazer política, nada tem, por isso, de mal. O que pode não estar bem é quando essa forma de pensar e agir é fruto (e veículo) de um partido a que estamos, fanaticamente, ligados e, ou, de que dependemos, pois, então, deixamos de ser nós e passamos a ser carneiros de um rebanho que nos coarcta a acção e o raciocínio.
Eu quero ser livre e vogar pelo Universo sem peias e partir a cabeça nas rochas do meu sentir! Deixem-me ser livre, ser Homem!...

sexta-feira, julho 18, 2008

A Crise e as Profecias

Agora não se fala senão de crise. De facto ela é mundial e, por essa razão, afecta toda a humanidade. Mas, ao que se vê e ouve, parece que ninguém tem a panaceia capaz de acabar com ela. Mário Soares diz que se Barak Obama ganhar as eleições americanas a crise desaparecerá. Custa-nos a acreditar!... Não é um Presidente americano - diga-se, "dono do Mundo" - que vai alterar o pensamento económico dos especuladores petrolíferos, imobiliários, e de tantas outras coisas mais de que o Mundo de hoje é co-dependente.
Foi assim no passado de 1912 e de 1937! Depois surgiram as duas grandes guerras e etc., etc., o resto já nós o conhecemos por demais...
Sem ser "velho do Restelo" ou ave agoirenta, confesso, olhando a actual conjuntura, que me assusto com o pensamento de que as profecias, que falam numa terceira guerra mundial, parecem em vias de concretização.
Assim sendo, pergunto: Será que os governantes deste planeta não se dão conta disto? Será que a sua sede e ganância de poder não os leva a tomarem medidas e atitudes que resultem na alteração de todas as profecias catastróficas dos "iluminados" do passado?...

quarta-feira, julho 16, 2008

Ainda Quem vai à frente...

De um anónimo que, entretanto, se assina Lumago, recebi o comentário abaixo, ao meu artigo intitulado «Quem vai á frente é para abater...»:
Mudam-se os tempos...
Camões já o sabia e mais tarde Fernando Pessoa retomou o tema.
Para os medíocres é tão grave seguir na cauda do grupo como seguir na sua frente. Bom mesmo, para esses é estar cinzentamente (existirá este termo?, mas Pessoa disse que a sua Pátria era a Língua Portuguesa, viva e tolerante e por isso peço desculpa de qualquer in(ter)venção!) no meio de um ordenado e simétrico, se possível, rebanho!
Nunca haverá azedume pela ignorância dessa gente porque serão eles a sentir a azia pela má digestão dos sapos que serão, um dia, obrigados a engolir.
Pessoa diz no Livro do Desassossego, do seu heterónimo Bernardo Soares... "Irrita-me a felicidade de todos estes homens que não sabem que são infelizes. A sua vida humana é cheia de tudo quanto constituiria uma série de angustias para uma sensibilidade verdadeira (...) Por isto, contudo, os amo a todos. Meus queridos vegetais!".
LUMAGO
Agradecido, pelo apoio, mas, na verdade quem, na altura, o devia dar "fechou-se em copas", como soa dizer-se e o sonho foi-se por água abaixo na enxurrada da incompetência, da burocracia e da... inveja!...

segunda-feira, julho 14, 2008

Quem vai à frente é para abater

O Primeiro Ministro disse, um dia destes, que o futuro é dos automóveis eléctricos e que urge conjugar esforços, entre a indústria e as universidades, para que Portugal não perca esse nicho aberto ao desenvolvimento do nosso país.
Minha esposa, ao ouvir isto, disse, «afinal tu tinhas razão quando, há 15 ou 20 anos começaste a trabalhar no projecto de um automóvel eléctrico.»
Pois é! Eu tinha razão quando em 1988 apresentei, ao IEFP - na altura dirigido por gente retrógrada e burocrata, de vistas muito curtas - a candidatura para a criação de um Centro de Emprego Protegido em Viseu, cujo objectivo, industrial e fundamental, era a construção de mini-automóveis (hoje vulgarmente chamados de "mata-velhos" e de "papa-reformas") que, com adaptações, adequadas a cada caso, pudessem, também, ser conduzidas por pessoas com deficiência.
Em 1996, clandestinamente, essa viatura estava pronta a ser fabricada em série. O candidato a 1º Ministro, em 1995, Engº. António Guiterres, viu o protótipo elogiou-o e prometeu apoios caso ganhasse as eleições. Ddepois - através de relatórios falsos e mal intencionados (veio a provar-se, em sentença judicial do Ministério Público que mandou arquivar o processo com sérias críticas aos técnicos do atrás citado organismo do estado) - foi ordenado o encerramento da base estrutural da Cooperativa de Trabalhadores Deficientes, C.R.L, de que eu era dirigente, e a dita viatura destruída, ficando o seu projecto, bem vivo, na minha cabeça, bem como todas as soluções técnicas encontradas.
É asim! Quando alguém vai à frente, no tempo, há que abatê-lo e destruir os seus sonhos!...

sábado, julho 12, 2008

Outra vez Viriato, a verdade e a lenda

Um anónimo, enviou o seguinte comentário aos artigos sobre "Viriato, a verdade e a lenda":
«Viriato da nossa imaginação. No fundo, não mais que um reaccionário a tentar lutar contra o progresso, contra a cultura, contra a globalização. Uma outra face do salazarismo, do estarmos sós e longe dos outros que nos poderiam trazer coisas novas.
Viriato é, afinal, o espelho em que nos miramos hoje mesmo. E não merecemos mais?
LUMAGO».
Como não podia deixar de ser, estou plenamente de acordo com o comentário, pois Viriato (em si) não só não existiu, como foi um dos muitos símbolos criados e usados pelo "Estado Novo", como forma de propaganda fascista ao «orgulhosamente sós».
Mais palavras... para quê?

sexta-feira, julho 11, 2008

"Lei Zé do Telhado"...

Andam por aí, na net, umas listas de gente muito bem instalada na vida que, num país de grandes assimetrias, as tornam ainda bem mais escandalosas e, logicamente, vergonhosas.
Ele são senhores a ganharem mais que Émires das Arábias; ele são gente a acumular proventos de vãrios cargos e reformas; ele são políticos que comem a vários queixos, através de despesas de representação e de alcavalas, tantas vezes inexplicáveis.
E o Zé o que é dele? - Ganha misérias de um ordenado mínimo insuficiente à carestia da vida ou recebe uma pensão de reforma que mal da para a buxa, já que a Farmácia lhe leva a maior fatia.
Razão tinha José Teixeira da Silva (mais conhecido por Zé do Telhado) quando tirava aos que tudo tinham para benefíciar os que pouco auferiam, diluindo assim, ainda que de forma muito reduzida. as assimetrias existentes na área em que actuava.
Por que não o faz o Governo, de forma legal, acabando com o escândalo vergonhoso dos rendimentos exagerados para bem dos que pouco (ou quase nada) recebem? Por que não se decreta, em Portugal, a "Lei Zé do Telhado", com vista a eliminar ou, simplesmente, a reduzir as assimetrias económicas e sociais que nos chocam e envergonham?

quarta-feira, julho 09, 2008

Ainda Viriato a Verdade e a Lenda

Em continuação, comprovação e reforço do que afirmei, no artigo anterior, sempre direi que, na lusitânia, por mor das dificuldades (quase impossibilidades) de comunicação rápida, não houve (não podia haver, como é compreensível e logicamente natural) um governo de um só homem.
Por tal razão, o sacudir da pressão invasora só podia ser levada a cabo através de rápidos e cirúrgicos ataques de guerrilha, liderados pelos hoimens da viris de cada região e cada um à sua maneira, usando dos meios ao seu alcanse e - diga-se - abusando do grande conhecimento que tinham do "seu" território.
Ah! Mas e o caso de Sertório?...
Sertório acabou por vir a falhar, porque quis (como romano que era) ser lider de toda a Lusitânea, utilisando estafetas a cavalo e informadores autoctones. Sistema que, pelo longo tempo que mediava até a ordem ou a iformação ser recebida, não resultou ficando tudo como anteriormente: em ataques de guerrilha sobre as tropas invasoras.
E tanto Viriato não foi como o quiseram (ou querem) pintar que isso é bem demonstrável, se analisarmos as inscriçôes de um penedo em Lamas de Moledo e de um outro das imediações de Folgozinho (a mais de 20 léguas de distância um do outro) que rezam ter Viriato, nesse mesmo dia, e em cada um destes lugares feito fortes estragos nas hostes romanas que por lá passavam.
Acredito que tal aconteceu, mas com o Viriato de cada uma destas áareas territoriais.
Contudo - vinque -se -, a pressão romana não foi, nunca, completamente sacudida, pois eles deixaram-nos estradas, pontes, cidades; explorações agricolas e mineiras; conceitos de vida e, sobretudo, o gene de uma língua que (ddois mil e tal anos, depois) ainda usamos e escrevemos com os caracteres que nos legaram.

segunda-feira, julho 07, 2008

Viriato a verdade e a lenda

Em conversa de amigos e a propósito, não sei de quê, alguém ficou muito surpreendido por eu ter afirmado que Viriat nunca nunca existiu, pelo menos da forma que nos foi ensinada, ou seja, que "ele foi um o Chefe que comandou a insurreição armada contra o domínio romano na Lusitânia".
O que é um tremendo disparate. Pois - expliquei, de seguida -, o que existiu, isso sim, foram os «Homens da Viris», que mais não eram do que homens escolhidos, por força das suas mais valias, para chefiar os clãs ou tribos que povoavam aquele território, aos quais se dava, por causa da viris que ostentavam no braço (viris era uma pulseira/bracelete que identificava o chefe do aldeamento e/ou aldeamentos circunvizinhos), o nome de Viriato.
Ah! Mas, dirão: Então como é que existem obras - até de historiadores consagrados - que identificam e descrevem a vida de "Viriato" como tendo sido assim e assado, desta e daquela maneira? Contando também a festa do seu casamento e dando pormenores sobre o nome e pessoa da esposa. Por outro lado contam ainda a história da chacina efectuada pelo romano Sérgio Galba, o que provocou a ira de "Viriato" e levando-o à rebelião, etc., etc., etc.
Não confundamos Juno com a nuvem!... A história (ou histórias) de vários homens da da viris (Viriato) não pode, nem deve (ou devia) ser contada como sendo a de uma só pessoa. Porque, ao fazê-lo, está-se a fugir ao rigor científico que, no mínimo, a História exige.

sábado, julho 05, 2008

Que...

Por todo o lado se ouve falar de crise e que, cada vez, há mais pobreza; que se está a perder o poder de compra; que o dinheiro não dá para nada. Não tenho dúvidas quanto a todos estes pontos, pois isso é bem visível.
Mas - confesso - não entendo como é que, sendo assim, se entra nas grandes superfícies, seja a que hora for, e estão sempre com bastante gente a fazer compras. Em Viseu há mais de uma dezena desses espaços comerciais.
Então onde está a tão propalada crise?...
Bem sei que, em contrapartida, o chamado comércio tradicional "está às moscas" e, por via disso, a fechar portas. Todavia também sei que muitos desses comerciantes, pela sua pequenez e falta de sentido de negócio, se deixaram ultrapassar e, até, vencer pela evolução dos tempos e das sociedades e, por isso, não me espanta a sua quebra mercantil e o consequente encerramento de estabelecimentos.
No meio de tudo uma pergunta me ocorre: Quanto tempo vai durar a crise? ou, de outra forma, quem vai sobreviver para contar a história?
Temo que a resposta seja: Somente os grandes que ficarão ainda maiores!

sexta-feira, julho 04, 2008

Ainda as árvores...

Em relação ao que escrevi sobre "as árvores, a saúde e o investimento em Viseu" recebi, dum anónimo, o comentário que a seguir transcrevo e que, para além de concordar com o que afirmo, ensinou-me ainda que o perigo ocorre no per iodo anterior à floração, não sei como, nem porquê, mas acredito, plenamente nas palavras do meu estimado0 leitor.
«Certo. Muitas vezes não há o cuidado devido na escolha das árvores. Já várias câmaras se viram obrigadas a retirar árvores.
O perigo para a saúde, de alguns cidadãos alérgicos e há cada vez mais, não está no "algodão" que irá sujar as casas ou entupir os filtros no aparelhos de ar condicionado, mas em fase anterior da floração
Andamos sempre a aprende! Por isso, muito obrigado, por me ter ensinado mais uma coisa que desconhecia.

quinta-feira, julho 03, 2008

As árvores, a saúde e o investimento em Viseu

Há uns bons anos atrás, em Coimbra, numa importante avenida da cidade a autarquia viu-se forçada a substituir as árvores que nela havia, por se ter verificado que, no periodo de floração, desprendiam uma espécie de algodão que causava s´´erias e incómodas alergias a quem por lá morava, além de que esse tal algodão - segundo os especialistas - era, também, tendenciosamente cancerigeno.
Ora sucede que ( não sei se todas, se apenas algumas) as àrvores da bonita Avenida da Europa, em Viseu, são da espécie das que, em Coimbra, foram rejeitadas e substituidas. E isto é tanto mais grave que já ouvi dizer a (possíveis) investidores que, por mor de tais árvores, não aplicariam as suas poupanças em apartamentos daquela Avenida.
Isto é sintomático e preocupante, mas tem, entretanto, uma fãcil e pouco dispendiosa solução, assim o queira quem de direito!...

quarta-feira, julho 02, 2008

A Poesia é eterna

Há 33 anos (fez no passado dia 26), escrevi o poema que transcrevo, abaixo, publicado no meu livro «A Máscara e o Rosto» (esgotado desde 1982, poucos dias após a sua distribuição às livrarias), o qual é, agora, inserido no espectáculo «Raízes» que (1 de Julho de 2008) estreou no Teatro Viriato, em Viseu, pela mão amiga do Rui Martins que, por o ter recitado numa festa, foi convidado (?!...) a abandonar os Escuteiros.

Inexplicavelmente, apesar de já terem transcorrido três décadas sobre aquele “meu” momento criativo, a mensagem continua válida e viva como se Cronos tivesse parado seu passeio cósmico.

«Revolução

Olhei, sem ver, a bruma luminosa / irradiada do fundo do meu ser. / Caíam horas frias, em céu estrelado, / e no horizonte, distante, dum passado nulo, / com gritos e dentes rilhados nos cárceres / gemiam, ao sopro cálido da minha boca, / flautas de cana / silvando notas de desespero. / Lembranças tristes. / Hinos incentivadores de luta / dizem-me, na sua voz muda: / – Para a frente companheiro! / «A poesia está na rua!» – A Poesia és tu, / e tu… / … és «Revolução Cultural»!...»

E, apetece-me acrescentar: Porque a Poesia é eterna!...