Há 33 anos (fez no passado dia 26), escrevi o poema que transcrevo, abaixo, publicado no meu livro «A Máscara e o Rosto» (esgotado desde 1982, poucos dias após a sua distribuição às livrarias), o qual é, agora, inserido no espectáculo «Raízes» que (1 de Julho de 2008) estreou no Teatro Viriato, em Viseu, pela mão amiga do Rui Martins que, por o ter recitado numa festa, foi convidado (?!...) a abandonar os Escuteiros.
Inexplicavelmente, apesar de já terem transcorrido três décadas sobre aquele “meu” momento criativo, a mensagem continua válida e viva como se Cronos tivesse parado seu passeio cósmico.
«Revolução
Olhei, sem ver, a bruma luminosa / irradiada do fundo do meu ser. / Caíam horas frias, em céu estrelado, / e no horizonte, distante, dum passado nulo, / com gritos e dentes rilhados nos cárceres / gemiam, ao sopro cálido da minha boca, / flautas de cana / silvando notas de desespero. / Lembranças tristes. / Hinos incentivadores de luta / dizem-me, na sua voz muda: / – Para a frente companheiro! / «A poesia está na rua!» – A Poesia és tu, / e tu… / … és «Revolução Cultural»!...»
Sem comentários:
Enviar um comentário