quarta-feira, julho 09, 2008

Ainda Viriato a Verdade e a Lenda

Em continuação, comprovação e reforço do que afirmei, no artigo anterior, sempre direi que, na lusitânia, por mor das dificuldades (quase impossibilidades) de comunicação rápida, não houve (não podia haver, como é compreensível e logicamente natural) um governo de um só homem.
Por tal razão, o sacudir da pressão invasora só podia ser levada a cabo através de rápidos e cirúrgicos ataques de guerrilha, liderados pelos hoimens da viris de cada região e cada um à sua maneira, usando dos meios ao seu alcanse e - diga-se - abusando do grande conhecimento que tinham do "seu" território.
Ah! Mas e o caso de Sertório?...
Sertório acabou por vir a falhar, porque quis (como romano que era) ser lider de toda a Lusitânea, utilisando estafetas a cavalo e informadores autoctones. Sistema que, pelo longo tempo que mediava até a ordem ou a iformação ser recebida, não resultou ficando tudo como anteriormente: em ataques de guerrilha sobre as tropas invasoras.
E tanto Viriato não foi como o quiseram (ou querem) pintar que isso é bem demonstrável, se analisarmos as inscriçôes de um penedo em Lamas de Moledo e de um outro das imediações de Folgozinho (a mais de 20 léguas de distância um do outro) que rezam ter Viriato, nesse mesmo dia, e em cada um destes lugares feito fortes estragos nas hostes romanas que por lá passavam.
Acredito que tal aconteceu, mas com o Viriato de cada uma destas áareas territoriais.
Contudo - vinque -se -, a pressão romana não foi, nunca, completamente sacudida, pois eles deixaram-nos estradas, pontes, cidades; explorações agricolas e mineiras; conceitos de vida e, sobretudo, o gene de uma língua que (ddois mil e tal anos, depois) ainda usamos e escrevemos com os caracteres que nos legaram.

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