quinta-feira, julho 24, 2008

O Plagio...

«... E o pintor foi-se embora, com prazer, sem ter assinado a "Obra"!... - Digo eu, num dos meus recentes poemas.
Efectivamente, quantas vezes, na vida, terminamos uma ideia, um projecto e, simplesmente, um sonho e o deixamos, despretensiosamente, entregue aos outros sem nos importarmos que, afinal, aquilo tem, no seu interior, muito do nosso suor e da nossa intelectualidade e que tudo isso vai ser usado, num plágio permanente, por quem nada investiu emocional e fisicamente.
O esforço de uns é, quase sempre, benéfico aos outros. Plagiar - digo eu, embora o não faça - acaba por ser uma arte e um artefacto necessários à evolução técnico/cultural dos povos e das nações. Acaso a literatura portuguesa não avançou graças aos plágios (alguns bem evidentes e descarados) do nosso Eça de Queiroz que, nesse campo, foi useiro e vezeiro?
Este tema é vasto e levaria páginas e páginas a debater, já que implica questões legais, cívicas, sociais, morais e ou, meramente, humanas, por isso e por respeito aos meus queridos e muito estimados leitores o deixo à consideração de cada um segundo os seus conceitos éticos e deontológicos. Quem sou eu para emitir opinião sobre o assunto?...

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