Afinal, a minha teoria da “camisola da humildade”, aplicada ao desporto, estava (e está), perfeitamente, correcta e isso ficou mais que demonstrado no presente Campeonato Europeu de Futebol.
Os portugueses, completamente destituídos de humildade, iniciaram os preparativos e, depois, os jogos cheios de bravatas estúpidas, intolerantes e intoleráveis. Fizeram um ruído ensurdecedor, lançaram girândolas de fogo de artifício, completamente destituídos de senso e de lógica. Eles – portugueses (público, jogadores, técnicos e jornalistas) – eram os “maiores” e os “melhores”…
O resultado foi a humilhação – direi, vexame – que se viu. Por seu turno, os nossos vizinhos espanhóis, sem alardes, nem grandes parangonas nos jornais, com toda a humildade, pisando certo, um pé a seguir ao outro, foram marcando posição e… quando nos demos conta, aí estão eles a disputar a Final sujeito a ganhar o tão almejado troféu.
Por que é que Eusébio ainda hoje é amado e considerado um dos grandes desportistas do século XX? Justamente pela sua imensa humildade e simplicidade quer em acção, nos relvados, quer fora deles, na vida quotidiana de cidadão respeitador do mérito dos outros.
E pronto. Para bom entendedor…