Tenho afirmado, algumas vezes, que há muito quem confunda humildade com subserviência e, o que é bem pior, com apatia, com “deixa correr”. Todavia (bolas, para tais confusões!...) ninguém (também) tem coragem para mudar esse estado de coisas e, naturalmente, as consequências perniciosas surgem em catadupa em todas as actividades humanas.
É claro que não somos apologistas do reverso desta medalha, pois cuidamos que a arrogância é o maior defeito de qualquer ser humano, já que diminui e esmaga o outro deixando-o incomodado e incapaz de (nem que seja por um breve instante) ter raciocínios claros e, daí, possibilidade de defesa às acções ou palavras que lhe são dirigidas.
Falar de humildade e de arrogância implica sempre aprofundar estudos sobre discursos e atitudes e isso depende imenso da inteligência, do conhecimento e da sensibilidade de quem ousa pronunciar-se sobre tal matéria.
Diz-se que os pobres são humildes e que os políticos arrogantes. Nada mais errado, uma vez que não é a Precisão que torna alguém humilde, nem é o Poder que faz este ou aquele arrogante. Há pobres arrogantes e políticos humildes! Do mesmo modo que há pessoas impolutas e há (mais do que devia) gente corrupta.
No meio disto, como é normal, surge a questão: Que indivíduos nos vão substituir no futuro de curto prazo que aí vem?
É uma pergunta que nos deve preocupar seriamente, muito embora as profecias sejam favoráveis.
Eu, ainda que já não viva esse tempo, acredito nas gerações do Porvir!
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