Vi, um dia destes, num noticiário da T.V., que o território português teve um aumento demográfico de 10 milhões para 10,6 milhões de habitantes.
Logo me surgiram, em consequência, algumas considerações que julgo pertinentes e que devem ser, por via disso, devidamente, ponderadas, não por mim que nada posso, mas pelos responsáveis pela governação país.
Como vai ser se esse aumento mantiver a tendência expansiva, num país cheio de imensas terras abandonadas e transformadas em espessos matagais; com uma indústria sem relevância no contexto geral das nações; com as pescas a atravessarem uma crise preocupante e com fim muito longínquo; com um índice de desemprego que não tranquiliza ninguém e com um comércio de exportações pouco (ou nada) significativo?
Será, por outro lado, que, para se superar tão preocupante situação, teremos – como sucedeu no passado recente – de voltar à emigração desenfreada e massiva, sujeitos a humilhações de toda a ordem?
Há, por isso, que acordar (políticos e governantes) e avançar, desde já, com medidas sérias (drásticas se necessário) para que o país se torne num território, laboriosa e modernamente, cultivado; com investimentos industriais que transformem e dêem vigor às produções agrárias e promovam a exportação excedentária, fazendo com que o esforço valha bem a pena.
Se for indispensável, por que não decretar uma “Lei das Sesmarias” (com incentivos a fundo perdido ou não) que, como no tempo de D. Fernando, torne Portugal num jardim colorido e formoso, em que todos possam trabalhar e possam, concomitantemente, viver (vinque-se) sem fome e com dignidade, para se sentirem verdadeiramente felizes.
Nem só de altas tecnologias informáticas se faz o progresso, tenhamos disso consciência!...
Isto não é – creio – utopia de velho caturra, é uma contestação real dos tempos negros que correm e que urge modificar para bem de Portugal e do Mundo, haja para tal inteligência e coragem! O resto virá por acréscimo!...
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