quarta-feira, maio 12, 2010

As crianças...

«Que mal fazem as crianças? que tara é essa de as maltratar e matar? Algo se está a passar na cabeça dos chineses?» Disse minha esposa, ao ouvir que mais um chinês havia morto 6 crianças e a respectiva professora.
E este fenómeno é tanto mais estranho e preocupante, quanto mais é tido e sabido que as culturas orientais, põem acento tónico no respeito pelos pequeninos. É de todos conhecido o facto de, num passado não muito longínquo, os erros das crianças nunca serem "corrigidos", sequer com uma "palmadinha pedagógica". Vede as imagens do Buda com crianças brincando no seu colo, no seus ombros e nos seus braços. O que, de certo modo, nos lembra a frase do Evangelho em que Cristo diz: «Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino dos Céus!» Ou, como noutro passo, «quem fizer mal a um destes pequeninos, melhor fora que atasse uma mó de moinho ao pescoço e se lançasse ao mar!»
Não sou ingénuo e sei bem que, no passado, o Ocidente tinha as crianças em muito pouca conta, mas surpreende-me que, no Oriente, esteja a acontecer o mesmo. Que fenómeno é este?!...

terça-feira, maio 11, 2010

Ao Amigo Edgar, por um comentário que se perdeu

Olá Edgar
Ainda que não esteja a par de com quem estou a falar, não posso deixar de referir o seu comentário, muito embora, por uma qualquer razão de ordem técnica que desconheço qual tenha sido, dele só tenha chegado até mim, apenas (e só) o cabeçalho com o título e o nome do remetente, já que o texto se deve ter perdido nos longos, digitais e insondáveis caminhos da Net. Afinal nada é perfeito!
Mesmo assim, é meu dever agradecer a amabilidade de estar atento ao que, as mais das vezes, seguindo o "síndrome do papel em branco" (neste caso do ecrã em branco"), vou deixando, aqui, neste meu singelo cantinho onde ouso ir dizendo o que me vai na alma ou o que vou observando na lufa-lufa do dia-a-dia.
Sem pretender abusar da sua boa-vontade, sempre me atrevo a pedir-lhe que repita o que me enviou, até que seja discordante comigo, pois é sempre bom conhecer o que nos é favorável, mas, também, o desfavorável, afim de que corrijamos, com humildade e dignidade, as nossas posições e/ou ideias..
-"Acabaram as obras... abriu-se a loja!..."

terça-feira, maio 04, 2010

«Encerrado para obras(?!....)»

Quem, atentamente, atravessa a(s) Cidade(s) apercebe-se da quantidade de estabelecimentos comerciais com o dístico em epígrafe. Há pois um número grande de lojas em obras. Só que, por via da crise económica que vivemos, a maioria mantém-se meses e até anos com a tal informação de que está "encerrado para obras" que, afinal, nunca chegam a realizar-se e para ali ficam aqueles baixos a degradar-se e a dar uma péssima imagem a quem nos visita.
Mas, apesar disso, a(s) Câmara(s) continua(m) a autorizar a construção de casas com baixos que, sabe-se, nunca terão locatários e terão de ser adaptados a apartamentos. Será que os autarcas ainda não deram conta da realidade do tempo que corre? Ou será que são tão ingénuos que não vêem que o mundo mudou? Não creio, pois penso que não são estúpidos a tal ponto! Há é, talvez, uma esperança que os não larga e que os faz acreditarem em dias melhores que, entretanto, já não virão, convençam-se disso.
Porque vão decorrer obras cá em casa (estas bem reais) a partir de hoje e até Sábado vou encerrar este meu cantinho. Pelo facto vos peço muita desculpa. São só três (ou quatro) dias, depois tudo voltará à normalidade. Beijos e abraços de grande amizade!

domingo, maio 02, 2010

Ecologia Bem a salvaguardar

Aquilo que se faz em terra, mal ou bem, ainda vamos tendo possibilidade de controlar de um modo ou de outro, pois que esse é, afinal, o nosso elemento, porém o que ocorre no mar ou no ar, aí "a coisa fia mais fino"! Os homens (diga-se: a ciência) cuida que já têm conhecimento e poder sobre tudo aquilo que empreendem e vá de, por ganância, se lançarem a realizar empreendimentos que, "se dão para o torto", depois não são capazes de dominar por forma a evitar quaisquer calamidades.
No presente estou a referir-me concretamente ao caso da Plataforma Petrolífera que explodiu e colapsou e cujo furo está a derramar crude pelo oceano, numa quantidade e extensão assustadoras e de efeitos incalculáveis para a ecologia planetária, pois que tudo será afectado não só agora, mas por tempo que ninguém sabe (pode) prever.
Não sou contra o progresso, nem contra a exploração dos recursos terrestres, de modo algum, só que tal deve ser feito com total e absoluta garantia de sucesso e segurança, para que não se corra o grave risco de violar a harmonia natural da Terra que é - vinque-se com veemência - a nossa única casa.
- «Não vá o sapateiro além da chinela!...» - Como bem disse Vasco Fernandes (Grão Vasco).

sábado, maio 01, 2010

1º de Maio

No tempo do fascismo, em Portugal, o Dia do Trabalhador era festejado de forma camuflada, já que quem celebrasse às escâncaras essa data, logo era tido como subversivo e temível adversário. Daí as represálias eram dadas como certas e sabidas e as cargas de cavalaria da G.N.R. eram mesmo de "quebrar ossos".
Alguns Padres (também os havia progressistas e do contra), sob a capa de ser Dia de S. José Operário, sempre aproveitavam para "religiosamente" celebrarem a data. Por seu turno o Povo, que não era burro, escondia-se sob a festividade ancestral, pagã e primaveril das Maias e folgava enfeitando ruas, carroças e lugares de actividade humana, com as giestas amarelas que são o prenúncio de que o Verão se aproxima, a passos de gigante.
Hoje já não é preciso recorrer a subterfúgios que velem as intenções e, por isso, o 1º de Maio - não como mera festa com fanfarras, ranchos folclóricos e zabumbas - tem de ser assinalado, como jornada de luta pelos Direitos dos trabalhadores ao emprego, ao salário justo e à liberdade de expressão.
- Viva S. José Operário! Vivam as Maias! Vivam os Trabalhadores!