As contradições da História

A 31 de Janeiro comemora-se, em Portugal a tentativa de implantação d República e, no dia seguinte, (1 de Fevereiro) o Regicídio, quer dizer, num dia comemora-se o início da queda da monarquia e no outro chora-se a morte do Rei D. Carlos 17 anos depois.
A História, pela mão dos homens, acaba por ser, um tanto, incoerente. Mas, no fundo, essa incoerência, para quem gosta de a estudar, torna-se, face às comparações, um campo de divertimento para os bem humorados, que, desse modo, afirmam que "o carro andou à frente dos bois". Claro que verificando as datas, 31/1/1891 e 1/2/1908 logo se conclui não haver nenhuma contradição.
A histó0ria é como a matemática presta-se todas as especulações e a todos os trocadilhos, a questão é haver imaginação e conhecimento para tal.
Ou não será? E ainda há quem não goste de Matemática e deteste História!...

A Filosofia antiga continua actual

«Pessoas normais falam sobre coisas, pessoas inteligentes falam sobre ideias, pessoas mesquinhas falam sobre pessoas - afirmou o filósofo Platão, há mais de dois mil anos.
Ontem, ao tomar café com o amigo Álmiro - o bom patife das músicas - cruzando palavras numa conversa sobre Arte, chegamos, de forma indirecta, a esse mesmo velho conceito da filosofia grega.
Na realidade uma pergunta se impõe: Por que é que, no século XXI, ainda existe tanta gente mesquinha que perde tempo e energia a dizer mal dos outros? E não são pessoas de classe social ínfima são, até, indivíduos bem instalados na vida, industriais e comerciantes de sucesso, com cursos superiores e são políticos da mais elevada escala.
Meu avô materno dizia que «dizer mal é mais fácil do que fazer bem.» Talvez por isso haja tantos "críticos" de meia tigela a destruírem o trabalho de quem se esforça por produzir algo que fique para a Posteridade como legado do maior valor.
A essa mesquinhez chamamos inveja. E - penso eu - a inveja é a revelação cabal da incapacidade de fazer e ser melhor.
E por cá me fico!...

A Fé e a Ciência complementam-se

Ao fim de duas semanas, após o Terramoto do Haiti, ainda foi possível retirar dos escombros uma menina de 14 anos com vida.
Dizem que ela conseguiu ter acesso a um recipiente com água e que estava numa bolsa de ar o que permitiu o "milagre" da sua prolongada sobrevivência, sob toneladas de betão em pedaços. Mas ela diz - por sua vez - que «nunca deixou de rezar.»
A água e o oxigénio permitiram que o seu físico resistisse a condições tão adversas, contudo - afirma a ciência - isto não seria bastante se - e aqui é que está o busílis da questão - não houvesse o reforço da força mental que a manteve ligada à vida, cremo-lo, a menina teria sucumbido.
Ensinaram-me, em pequenino, que "a fé move montanhas". Nunca entendi isto e nunca acreditei nisto, pois, para mim, Deus só ajuda se nós fizermos algo por isso. Não é, portanto, um milagre directo, sem quê, nem para quê. Todavia, seguindo os testemunhos dos sobreviventes do Haiti, foi a fé que lhes deu ânimo, para que se mantivessem vivos, mesmo vendo, a seu lado, os familiares e os amigos mortos e a decomporem-se lançando um odor terrivelmente insuportável e tóxico.
Vão-se lá entender os desígnios de Deus!(?)... O que é, é! Basta-nos isso!...

Escrever - uma psicoterâpia

Porque continuo eu a botar aqui o que me passa pela cabeça? - Perguntará o eventual leitor.
A cada momento o Ser Humano vê, cheira, escuta, apalpa e degusta o que, à sua volta, ocorre e tem sensações, emoções e prazeres ou desgostos - numa palavra: tem sentimentos.
Há quem sinta e remoa, em silêncio, essas vivências. Eu gosto de desabafar com o teclado do meu computador o que sinto e o que o meu cérebro vai congeminando, porque isso me dá gozo e, nos instantes que poderiam tornar-se de maléfica depressão, me alivia o pensamento e sara o espírito, sacudindo, possíveis e mórbidas, culpas do que fiz e do que não fiz, mas deveria ter feito.
É esta a minha forma de Ser e Estar: Sentir, pensar e... escrever!...
Tenho-me dado bem com tal procedimento e, daí, só mudarei quando a inteligência e a força me faltarem.
Tenho dito!!!

Alerta para quem é solidário e generoso

É triste desconfiar dos actos de solidariedade em favor de quem, efectivamente, precisa, mas. lamentavelmente, há muita gente sem escrúpulos que, na desgraça, se aproveita do bom coração dos que, generosamente, querem ajudar e tomam como seus bens e valores que a outros eram dirigidos.
Tem sido assim ao longo dos tempos. Foi-o na década de 40 do século passado, quando uma tempestade ciclónica devastou mais de meio Portugal, deixando imensa gente na miséria. Foi também, a quando do Suname na Ásia e, já houve vislumbres, foi agora no Sismo do Haiti. Abriram-se (falsas) contas na Internet, cujo proveito não era ajudar as vítimas desta catástrofe, mas, apenas, encher os bolsos de una fraudulentos "pescadores de águas turvas".
Como é possível haverem corações empedernidos que roubam aos que precisam (de tudo)?
Quem der que o faça a organizações e a instituições idóneas e com provas dadas de plena e total credibilidade.
O alerta aqui fica, por certo mais um dos muitos que têm sido feitos.

A propósito de um Aniversário Natalício

Olá Cristina,
Fazer anos é, apesar de estarmos a envelhecer, algumas vezes num amadurecimento doloroso e antecipado, a mais bela dádiva de Deus, uma vez que deixar contar o tempo já vivido é (bom) sinal de que ainda continuamos a calcorrear este Planeta Azul, perdido algures no Infinito Cósmico.
Fazer anos é continuar a ter a possibilidade de ter sonhos e criar, qual arquitecto debruçado sobre a prancheta de desenho, projectos de vida e acção em proveito próprio e dos outros.
Fazer anos é poder dar a mão a quem amamos (familiar ou não), porque esse é o mais belo gesto de um Ser Humano ou seja: ser pedagogo, ensinando com doçura e exemplo; ser médico a curar as feridas do corpo e da alma; ser justo e também terno e suave nos castigos a dar aos que prevaricam.
E fazer anos é, enfim, abrir os braços em cruz e abraçar o Mundo e a Natureza e gritar com o coração a transbordar de amor:
- QUERO SER, QUERO ESTAR E QUERO VIVER!...

Presunção e água benta...

No tempo da monarquia quando as verbas da "Casa Real" andavam um pouco por baixo (e não só), o rei, para angariar alguns trocos, tratava de pôr à venda uns tantos títulos nobiliárquicos que, quase sempre eram adquiridos, avidamente, por burgueses endinheirados e ciosos das honrarias gozadas pelas gentes da nobreza.
Hoje, em dia - tenho a certeza -, se a Presidência da República pusesse à venda o título de Comendador(a), não iam, apesar da crise, faltar compradores que pagariam, se necessário, verdadeiros balúrdios, para poderem usufruir de tal privilégio.
O Ser Humano, a mais das vezes, gosta de se impor ao seu semelhante, não pelo mérito próprio, mas por meio de artifícios manhosos e - afirme-se desassombradamente - muito pouco compreensíveis.
O ser igual aos demais. para muitas pessoas, é pílula bastante difícil de engolir.
Contudo, também não é fácil de entender e aceitar que se entreguem galardões a quem muito pouco fez para merecê-los.
Enfim... são as injustiças do Mundo em que, ainda, temos de viver!...

Considerações sobre uma triste e preocupante realidade

Terramotos, tufões, inundações, ciclones, erupções vulcânicas, fogos e, provavelmente, outras catástrofes naturais de grandes dimensões sempre houve desde que o Mundo é Mundo, só que, por escassez de meios de comunicação, não eram do conhecimento da sociedade em geral.
Dirão: Ah! Mas agora estão a acontecer com maior frequência!...
Talvez assim seja. Não confirmo, nem infirmo, pois não tenho conhecimento para tal. Todavia, sem receio de errar, direi que as alterações climáticas, provocadoras das secas, das inundações despropositadas, de muitos dos tufões e ciclones, bem como do degelo e excesso de fogos florestais são obra da mão humana que - já o disse várias vezes -, por ganância e apenas com os olhos postos na "ganhuça" fácil, está a alterar a harmonia própria da Natureza.
E os governantes "Senhores do Mundo", descaradamente nada (ou muito pouco) fazem para que esta, lamentável, situação se inverta de modo a salvarmos este nosso perturbado e conturbado Planeta Azul.
São loucos! São loucos! Muito loucos e... maus!...

HAITI - uma nação sem nada

Desta vez tive acesso à Net muito mais rapidamente e, por isso, aqui estou de novo de braços abertos para me dar e para receber. Dar as minhas emoções, pensamentos e reacções, de cada dia e cada momento, através deste cantinho. Receber os vossos comentários (favoráveis e de desacordo) e as vossas manifestações de bem-querer e, se calhar, (ainda não tive disso) de mal-querer.
Olá Querida Zézinha,
Ficamos (eu e minha esposa) muito felizes por sabermos que te interessas por nós, continuando a amiga de sempre. Que Deus te abençoe e te proteja, pois penso que bem o mereces.
No meio de toda a balburdia da mudança de residência, mal tive tempo par botar os olhos pelos telejornais, mas, mesmo assim, não deixo de estar impressionado com a gravidade da tragédia que se abateu sobre o Haiti.
É nestes instantes que se conhecem os amigos! Os Haitianos estão tão necessitados de amigos, de solidariedade e de toda a ajuda possível e imaginária...
Que mai hei-de dizer?!...

DESCULPAS POR VOS DEIXAR UNS DIAS:

Porque, como já disse numa destas mensagens, estou a mudar de casa, vou ficar, alguns dias sem avesso à Internet, pelo que este meu blogue não será actualizado e não poderei enviar ou receber e-mails.
Paciência! Só espero é que a PT desta feita seja lesta na reposição do serviço, ao contrário do que sucedeu, vai para sete meses, quando mudei de residência!
Como, se houver atraso, embora a culpa não seja minha, sou bem educado, peço, entretanto, as respectivas desculpas agradecendo a fidelidade de todos os amigos que, gentilmente me honram com a sua assiduidade a este sítio.
Até breve, com abraços de muita amizade para todos vós!

Neve - um encantamento

São quase 11 horas. de Domingo, dia 10 de Janeiro de 2010 e da janela do meu "escritório" vejo a neve cair, de mansinho, «branca e leve, branca e fria e que saudade Deus meu, há quanto tempo a não via! (...) pôs tudo da cor do linho.» E continua a cair.
Que beleza e que encanto!!!
Se, nas próximas horas, a neve não parar de cair do «cinzento do céu» vamos, certamente, ficar com uma grossa camada a cobrir o chão e toda a paisagem impedindo a circulação rodoviária e... as pessoas vão, por certo, revoltar-se e, como é mais do que habitual nos tempos que correm, a por-se, com mil lamurias, a pedinchar, ao Governo e não só, subsídios para os prejuízos que a neve lhes possa vir a causar.
Felizmente que os "putos" se não preocupam com os danos possíveis ou imaginários e é vê-los, esfuziantes de alegria, a rirem e a brincarem no meio do manto branco que cobriu o solo, as árvores e as casa.
Ao menos, sejam as crianças felizes, porque elas «são o melhor do Mundo» e bem merecem a felicidade!

Indignação e revolta

HÁ seitas religiosas, de bruxaria ou do raio que as parta que, aproveitando a ignorância e o fanatismo dos seus membros e usando e abusando da treta dos seus "gurus", acabam por impor aos seus seguidores actos que, por todas as razões e mais uma, são alta e profundamente, reprováveis, ja que põem em risco a saúde, o bem-estar e a vida de quem deles é vitima.
Neste momento, estou, concretamente, a referir o caso dos bebés, de cerca de dois anos, que foram descobertos com agulhas no interior de seus pequeninos e indefesos corpos.
E, por essa malvada e incompreensível atitude, ocorre-nos perguntar:
Que religião é essa e que estupor de fé é essa que, em vez do bem, do amor e da boa forma física do nosso semelhante, promove. exactamente, o inverso?
Casos destes sempre os houve neste Mundo, contudo os tempos são outros. Ocorreram mil avanços científicos, morais, sociais e até religiosos, por isso não é, sequer, tolerável que ainda hajam coisas destas em pleno século XXI.
Ao menos, Santo Deus, permiti-me que grite a minha indignação e revolta perante tais factos e atitudes!...

Outra vez?...

A vida de cada pessoa é feita de tantos imponderáveis e de tantas imprevisibilidades que,dificilmente, podemos dizer que isto ou aqui9lo é definitivo.
Ainda há sete meses andei com a casa às costas e, por razões que me sao totalmente alheias, lá vou, de novo, mudar de poiso. No próximo mês, se nada de mal suceder, estarei a morar noutro ponto da cidade.
Melhor? Pior?
Não sei! Em princípio cuido que não vou ficar mal, todavia só o tempo - essa coisa cientificamente inexistente e sempre presente na existência dos homens - o dirá.
Como diz o cego: «Vamos a ver!...»

Gata abandonada

Olá a todos.



Está uma gatinha abandonada, ou perdida, no LIDL de Pascoal, em Viseu (a caminho de S. Pedro do Sul).
É nova, deve ter cerca de 6 meses, e não sai da porta. Vai miando para toda a gente e é muito meiga. Aproxima-se das pessoas e deixa fazer festas, até deixa que lhe lhe peguem ao colo.
A minha amiga Cristina deixou-lhe comida, pois estava esfomeada.
Uma das funcionárias disse que já lá está há uns dias.

Se souberem de alguém que tenha perdido a sua gatinha , informem por favor.

De qualquer forma, ao vosso alcance divulguem a todos os viseenses conhecidos e amigos.


Os animais são nossos amigos e carecem do nosso bem-querer e não que os abandonemos.


Sejamos solidários!...

Novo Ano

«Ano Novo - Vida Nova!» - Era (acho que ainda é) hábito dizer-se no início de cada ano.
Vida nova, como?...
Ao que se depreende, nada mudou.
Continua a haver desemprego em barda; a saúde continua muitíssimo doente; a educação prossegue sem acordos e, por isso, mal educada; a justiça mantém-se (para mal dos nossos pecados) totalmente injusta e, o que é bem pior, demorada; os homens (felizmente nem todos) avançam por este mundo com o coração empedernido e sem um pingo de amor; os "Senhores do Poder", por mor da ganhuça, não estão nada interessados em diminuírem as emissões de CO2; as rebeliões, os golpes de estado, o terrorismo e a guerra (aberta ou dissimulada) marcham em catadupa imparável por todo lado; etc., etc., etc...
E assim vai o Mundo e assim vai a Vida sem nada à vista que nos anime e nos abra uma janela de Esperança - coisa que, se calhar ingenuamente, teimamos em valorizar e, de modo bem vincado, insistimos em acreditar.
Ao menos, valha-nos isso!...