segunda-feira, novembro 28, 2011

Fado

Gosto do Fado – especialmente, quando bem tocado e bem cantado e até já escrevi letras para ele –, mas não o considero – como muita gente e gente dita com gabarito intelectual e social – como a mola de arranque da gesta histórica portuguesa – já o disse várias vezes.

Como é que uma canção dolente, muitas vezes desgraçadamente triste e de desespero de “cortar à faca”, pode, nas horas difíceis da História, impulsionar um povo à realização de grandes e nobres feitos?

Todavia, mormente essa (para mim) desgraçada pecha, gosto do Fado e fiquei feliz por o ver internacionalmente reconhecido como género musical de interesse.

Cantemos o Fado de Lisboa, Coimbra, Portugal ou do Mundo! Porém tenhamos força e inteligência para o não seguir na sua dolência e tristeza, afim de continuarmos avante, superando todas as dificuldades e crises que se depararem no nosso heróico e (mui) belo caminho!…

Avante! Avante por Portugal!

sábado, novembro 26, 2011

Natal a chegar

Estamos às portas do Natal e os comerciantes tudo fazem para, aproveitando a época, aliciarem a freguesia a gastar uns cobres na sua loja.

É louvável a iniciativa e não se pode levar a mal. Mas, este ano, dada a conjuntura, de forçada contenção de despesas, só as crianças (e nem todas – infelizmente) terão direito a prendas natalícias.

O tempo é de aperto de cinto e não de consumismo exacerbado, como sucedia há uns anos atrás!

Será que passada a crise, voltaremos à loucura consumista do passado?... Ou ficará na nossa memória?...

“A ver vamos!” – Dirá um qualquer cego.

quinta-feira, novembro 24, 2011

A Greve

Encerrado – Estamos em Greve”!

Ah! Greve!...

Todos temos direito à indignação, especialmente quando nos magoam ou nos retiram regalias que custaram muito a conquistar.

Mas, no caso presente, perante os corações empedernidos dos actuais governantes, parece não resultar grande coisa. Depois, bem, depois eles não sabem (e não querem) resolver as coisas de outro modo.

Pobre do “Zé” que vai ter de continuar a bradar e espernear, na tentativa de se fazer ouvir, afim de aliviar o peso que o esborracha contra o solo.

Ah! Greve!... Um direito que dói ter de usar!...

segunda-feira, novembro 21, 2011

Ter voz

Ser gente é ter voz para cantar aleluias em horas de jubilo, mas também gritar em tempos de raiva e dor.

Os momentos que ora se vivem são de mágoa e de imenso sofrimento e há que ter coragem para os enfrentar gritando. Pode ser que, assim, os governantes escutem e mudem de rumo, ainda que a esperança seja, obviamente, pouca, há que não desistir e gritar, gritar, gritar a plenos pulmões.

A Esperança fará o resto e sairemos vitoriosos do meio da(s) crise(s).

Quem for gente, não se calará jamais!...

sexta-feira, novembro 18, 2011

O Magusto do "Verde Gaio"

Amanhã vou a um magusto numa Associação que, depois de muita luta, muitos sucessos e alguns fracassos, festeja agora o seu 15º aniversário.

Embora mais antiga, no tocante às actividades desenvolvidas, como colectividade, oficialmente constituída, a Associação Recreativa Cultural e Desportiva “Verde Gaio” de Lordosa, completou já quinze anos de vida.

Ao que, como seu padrinho, me é dado saber, este agrupamento acumula no seu palmarés uma vistosa panóplia da êxitos de que muito se ufana, dentre os quais é de referir a construção da sua sede, num terreno propositadamente adquirido para o efeito.

Ainda por acabar, vai aquele espaço cumprindo as funções para que foi criado. Mas é preciso mais. Muito mais! Para isso há que continuar a contar com o apoio das gentes de Lordosa e das entidades oficiais.

Parabéns, “Verde Gaio”!...

quarta-feira, novembro 16, 2011

Memória e História

Quando o físico esmorece,

Mas a mente não fenece,

Há qualidade na vida

Que se torna apetecida.

Velhice não é defeito

P’ra levar muito a preceito,

Ou p’ra acabrunhar alguém

Que é gente e não “Zé Ninguém”.

Ser velho é ter na memória

Um bom naco da História

E ser livro para ler

Com lentidão e prazer.

Ser biblioteca ambulante

E mesmo mui ‘stimulante

P’ra alegria de viver

– É ser grande a não morrer.

Viva quem possui memória,

Pois ficará na História

E com essa crença forte

Se libertará da morte!...

segunda-feira, novembro 14, 2011

0uro e...

O ouro teve, em todos os tempos, um fascínio especial sobre o Ser Humano que, para o obter, se sujeita, inúmeras vezes, ás acções mais inusitadas e que, também, fazem com que perca a sua própria dignidade de pessoa inteligente e inserida na sociedade.

Em alturas de crise esse procedimento torna-se muito mais visível e frequente, como ocorre no presente. E essa “febre” (loucura), com uma frequência indesejável, está a causar a destruição de algumas verdadeiras obras de Arte da Joalharia Portuguesa, tão rica nessa amplitude civilizacional – vi num telejornal.

A continuar assim que legado cultural transmitiremos aos nossos vindouros? Como e quem evitará tal desgraça? Que mais dizer?...

sexta-feira, novembro 11, 2011

S: Martinho

«No Dia de S. Martinho (11 de Novembro), enceta o pipinho.» – Manda a tradição e manda também que, com a prova do vinho, se comam umas castanhas assadas, para servir de lastro à pinga e se poder molhar um pouco melhor a goela.

Este ano o S. Martinho, parece que se esqueceu da tradição, deixando o Verão que tem o seu nome para o passado, já que tal estado climático já ocorreu há semanas atrás.

“Mudam-se os tempos”, mas é bom que fiquem as tradições: as castanhas com a água-pé, a jeropiga ou o vinho novo que, este ano, sendo pouco – dizem os entendidos – é de óptima qualidade.

E que viva o S. Martinho, para nos fazer esquecer as agruras do tempo de míngua que estamos a viver!...

quarta-feira, novembro 09, 2011

... Uma ida a Lisboa

Lisboa – em dia de chuva e, o que é bem pior, em dia de greve de transportes dos caminhos de ferro e públicos como “Metro e Carris” – torna-se um flagelo pelo transito, com engarrafamentos de toda a ordem, tornando quase um inferno termo-nos de nos deslocar de um para outro lado.

Foi o que nos aconteceu na 3ª feira em que circulamos pela Capital (sem capitais – dizem), estávamos mortos por chegar a hora do retorno à paz desta terrinha pacata, onde a vida se faz no ram-ram de todos os dias, sem atropelos nem enervantes confusões no trânsito.

Estamos longe dos grandes acontecimentos políticos da governação, mas, em contrapartida, vivemos uma vida pacífica e sem sobressaltos estressantes, na correria louca da Capital.

Viva o sossego da nossa Viseu!

segunda-feira, novembro 07, 2011

Gritar é preciso

«Quem fala, ouve-se!» Soa dizer-se e «quem cala consente!»

Pois é! O silêncio, quando nos dão pontapés, faz aumentar a agressão e leva à continuidade, ao chamado e tão falado bulling.

Quando nos maltratam, seja física ou psicologicamente, é necessário falar (gritar) para que nos ouçam e entendam que somos gente com deveres, é certo, mas, sobretudo, com direitos.

Para isso existem livros de reclamações, manifestações e greves.

Ou não será?...

sexta-feira, novembro 04, 2011

Egoismo

Antigamente quando alguém chorava havia sempre alguém a oferecer um ombro solidário e reconfortante que minimizava a dor que causava desânimo.

Hoje, embora haja muitas excepções (graças a Deus), cada um olha por si lambendo (apenas) as suas feridas e deixando o vizinho (que não conhece) morrer sozinho, mergulhado na sua dor e/ou na sua solidão.

Que mundo é este em que nos estamos a afundar? Como travar o egoísmo e fazermos um sociedade mais solidária, mais humana?

quarta-feira, novembro 02, 2011

Respeito pelos outros

É preciso respeitar os sentimentos e as emoções alheias – aprendi em menino. Mas nem toda a gente pensa e actua assim e o desrespeito surge, de um momento para o outro de forma dura e chocante.

Ontem (Dia de Todos os Santos), estive no Cemitério a honrar os que já partiram. Era uma “Feira” em que se conversava em voz alta, sem o mínimo respeito por quem ali estava evocando, numa saudade sentida, aqueles que, em vida, tanto amaram.

Como ensinar às pessoas a respeitar os sentimentos e emoções dos outros? A quem cabe tal tarefa?

A esta última questão – creio – só uma resposta se pode dar: a família que, conjuntamente, com o pão tem o dever, a obrigação, de providenciar a boa educação dos mais novos, com bons exemplos, na prático do quotidiano.

E por aqui me fico. A mensagem está dada!...