«…Pôr o Fado nos píncaros da Lua.» – Afirmou, do alto dos seus mais de noventa anos, o Professor/músico Joel Pina, para enaltecer a canção portuguesa, candidata a “Património Cultural da Humanidade”.
Pois bem! Cá por mim esclareço: Eu não considero o fado, nem o reconheço, de modo algum, como a “canção nacional”. E, por certo, muitíssimas pessoas pensam como eu, já que é tremendamente difícil admitir que uma canção lânguida, na música e no verso, possa ser o motor de um Povo que, ao longo dos séculos, com vontade e coragem inexcedíveis, escreveu tantas e tão gloriosas páginas da sua e da História Universal.
Para se vencer na vida é preciso possuir muito querer, muito arrojo, e muito entusiasmo. Coisas que não abundam em tal tipo de manifestação musical, em que a saudade e a tristeza, mesmo quando a falar de algo mais alegre, são a essência de toda a sua textura.
È verdade que escrevi, para um grupo de fadistas visienses, a letra de alguns dos fados que, vaidosamente, interpretam. Mas isso, embora não rejeite um fado bem cantado, não faz de mim um adulador incondicional do Fado, nem que o eleja como canção nacional.
Fado “Património Cultural da Humanidade” sim. Todavia, nada mais do que isso!...
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