Dizem que, por mor da “troika” – para o Estado, as autarquias, as instituições e todos nós – é imperioso e urgente haver contenção de custos em todas as actividades que se realizem, pois se torna importante pagar os empréstimos internacionais que nos foram (ou estão a ser) concedidos e também porque essa poupança pode vir a beneficiar, colectiva e singularmente, todos aqueles que, infelizmente, estão precisados de ajuda alimentar ou outra.
Mas, ao que se vê (e não devia ver), essa (tal) contenção é apenas uma falácia “para inglês ver”, já que a realidade é bem diversa e nada, mesmo nada, poupada, continuando-se a esbanjar rios de dinheiro em coisas fúteis.
Ainda ontem (véspera do) Dia de S. João, no Porto, através do canal 1 da R.T.P., vimos, à meia-noite, o exagero de despesa com quase 20 minutos de fogo de artifício. Foi lindo, sim senhor. Todavia – como diria o “Diácono Remédios", criado por Heman José – «não havia necessidade.» Cinco minutos seriam bastantes para festejar o Santo e deslumbrar os presentes. Com o resto do tempo, queimado em foguetório, ter-se-iam alimentado, vestido e acarinhado muitas crianças, mulheres e homens a carecerem desse apoio.
Francamente!... Haja um mínimo de noção da realidade. Os tempos não estão para faustosidades, seja elas quais forem. Haja decoro e não se ofenda quem tem carências!...
Sou “bota-de-elástico”?! Pois, neste caso, que o seja!...
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