Poesia (in)coerente?
Calai! Calai Virtudes desta vida, | Permiti-nos, assim, fazer asneiras! | Porque a bíblica “Terra Pro-metida” | Também criava amargas trovisqueiras.
Ser poeta não é ser, de todo, puro, | É ser bem verdadeiro e mui feliz, | Mesmo errando num sonho e pondo escuro | Luz que, por convenção, é de raiz.
Se «Homero também dorme» e é louvado, | Por que não o será um outro Poeta? | Todos nós somos feitos de pecado | E, por tal, transgredimos nossa meta.
Calai! Calai “Exemplos” deste Mundo, | Pois sois – Ó Musas! – corte bem profundo, | A sangrar sem deixar de ser Poesia | P’ra viver e cantar em cada dia!...
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