As confusões, os mal-entendidos e as más-intenções sempre existiram, mas, por falta de meios de comunicação imediata, não eram, como agora, conhecidos e, por isso, se julgava o mundo melhor do que, na realidade, era. As coisas, só tardiamente ou nunca, eram sabidas.
A ignorância dos factos é uma faca de dois gumes: num dá felicidade o desconhecer os maus acontecimentos; no outro retira aprendizagem do que é bom e deve ser seguido e ampliado para bem próprio e dos outros.
A tragédia do Japão, por exemplo, se tivesse sucedido há dois séculos, teria sido conhecida, no Ocidente, tão tardiamente que bem poucos se iriam importar.
- “Foi lá tão longe… que temos nós a ver com isso?!»
É que o conhecimento atempado dos fenómenos quotidianos incentiva sentimentos de solidariedade humana e leva à preocupação por aquilo que afecta e dói no nosso irmão humano, seja ele quem for e esteja onde estiver. E isto é bom, muito bom mesmo. Isto sublima-nos, torna-nos melhores e aproxima-nos de Deus – se seguirmos uma qualquer crença religiosa.
É com os erros ou os mal-sucedidos dos outros que devemos aprender e arranjar coragem para corrigirmos as nossas falhas.
Ou não será?
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