Um “anónimo” comentou o artigo anterior dizendo o que a seguir transcrevo:
«Agora é possível, pois embora caras chegam do hemisfério Sul e encontram-se com facilidade nas grandes lojas de distribuição. Cerejas, melões e outras frutas...
Acabou-se a poesia!»
Pois é! No entanto, eu esclareci bem a questão, no citado artigo, ao dizer: mas esse não é, em Portugal, o tempo delas (das cerejas).
Quanto ao acabar da poesia há três notas a rectificar e a justificar o comentário do amigo anónimo.
1ª – Embora o escrito contenha algo (ou muito) de poético na forma estilística com que foi elaborado, trata-se, apenas e só, de um trabalho de análise política e social.
2ª – Como bem disse o poeta Padre David Maria Turoldo a propósito do “regresso dos monges para refundarem a Europa”: «Para compreender os tempos é preciso escutar os Poetas. Para saber o que padece o mundo é preciso interrogar os poetas.»
3ª – A Poesia é Imorredoira e, por isso, é eterna, hajam ou não cerejas mui rubras, aromáticas e doces.
A Poesia é a forma de tornar a pílula da política, mais tragável e é, creiam, a essência do meu viver, superando as dificuldades, as ansiedades e as rejeições – por preconceitos estúpido – dos que, ainda, não abriram a mente, o coração e… o espírito à beleza da Vida.
E pronto, por aqui me quedo!
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