Dizia-se, não há muitos anos, que os poetas “andavam se4mpre com a cabeça nas nuvens”, querendo afirmar depreciativamente que esses seres sublimes de sensibilidade não viviam as coisas deste mundo do mesmo modo do geral das pessoas.
Eu que também faço versos seguindo os impulsos e os sentires de cada momento (e até já ganhei importantes prémios literários por esse facto), acho que tal pensamento não passa de um velho e doentio preconceito. È que o não ser materialista, como a maioria das pessoas, parece ser, num mundo todo feito de interesses e segundas intenções, motivo para ser rotulado de… “eu sei lá o quê”, mas bom é que não é, tenhamos disso plena consciência.
Num país (Portugal) em que começa a notar-se a falta dos poetas. Pululam para aí muitos rimadores, mas, para mal dos nossos pecados, Poetas não, e, por mor dessa falta, o materialismo toma tudo duma forma avassaladora. O que conta é o lucro, o ter, o resto não importa, porque não é de prazer imediato.
Faltam Poetas (dos autênticos) e, daí, morrem valores humanos que levam ao respeito e á dignificação do Homem na sua essência moral e espiritual que o torna sublimemente verdadeiro Homem.
Sem o canto e o sentir dos Artistas a nossa terra será um deserto de insensibilidade e desamor.
Viva a Poesia! Vivam os Poetas e todos os Artistas!
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