segunda-feira, fevereiro 21, 2011

O barril de pólvora

Um cão quando rosna e mostra os dentes está a dizer: vai-te embora ou mordo. Assim também sucede com os ditadores, mal se sintam acossados tratam logo de rosnar e mostrar a dentuça, pois não querem, de modo algum, perder as mordomias adquiridas. E o Povo que se lixe.

Os acontecimentos da Líbia, como informa a Comunicação Social, estão a “acossar” o ditador Kadafi e, por isso, o filho, numa rosnadela atemorizadora, tratou de ameaçar, iluminando o espectro da guerra civil a ver se a oposição se assusta e vai, de rabinho entre as pernas, à vidinha cagadinha de medo.

Esta táctica, às vezes, resulta. Vamos a ver… – como diria um cego. Só que, quando a dor já é muita e a vontade de liberdade ainda mais, essa estratégia não serve. E, mais tarde ou mais cedo, o rosnador tem mesmo que largar o osso que, avaramente, tem entre os dentes.

Aquele Norte de Africa e Médio Oriente estão, creiam, qual panela de pressão, prestes a rebentar e, dessa explosão, vai transvazar para a Europa, se não para o Mundo, algo de muito complicado e indesejado, mas de que ninguém conseguirá livrar-se. Os limites de segurança são cada vez mais apertados e o tempo começa a escassear.

Não é ser pessimista, é ser realista! «…Rugem porcelas. Que Deus nos acuda e nos livre delas!» – Cantou Guerra Junqueiro e parafraseio eu, ajustando à actual conjuntura.

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