Olá Mizé,
É sempre gostoso, voltar (momentaneamente) à puberdade, ao tempo das grandes dúvidas existenciais, mas fazê-lo, não para reflectir e preparar o futuro de cada instante, retornando às antigas questões, é que, me parece, não ser bom, pois pode revelar que algo não está bem dentro de nós, especialmente quando a vida, implacável, já nos deu tantos pontapés no rabo.
Por quê as dúvidas que transcrevo a seguir?
«...Onde se perde "a arte da existência? Onde a existência tem arte?" Realmente..."tanto pensamento bailador"...! "Bora lá, mas é cair na real"!..»
Dizia Miguel de Unamuno «la belleza está en los ojos de quien mira.» De igual modo a Arte é fruto da cultura, do sentimento e da vivência do observador.
Em ti, minha Querida, não é entendível aceitar, com condescendência franciscana, tanta interrogação existencialista. Porque a vida não te têm sido parca em acontecimentos e emoções de aprendizagem e reaprendizagem. Tens, por isso, o “curso” completo, tirado com alta nota de dor, raiva e, também, algumas alegrias. És – digo eu – mulher total em experiência e saber, daí que bem saibas: A Arte é existência e a existência é uma das mais ditosas formas de arte.
E, pronto, o baile dos pensamentos fica, hoje, por aqui!...
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