«To be memory or I ‘m Memory! » Esta frase escreveu-a, um dia, o meu professor de inglês, no quadro preto, e eu – confesso –, na altura, não entendi o que ele pretendia transmitir. «Ser memória ou eu sou memória», não teve, para mim, qualquer significado, porque não fui, no momento, capaz de buscar o sentido filosófico dessa expressão.
Na realidade, o Presente é tão instantâneo, que, em cada fracção de segundo, tudo é, inexoravelmente, Passado e tudo é Futuro, logo: tudo é memória e tudo é dúvida (ou esperança) no que virá a seguir.
Talvez, por essa razão, se justifique a existência da ciência chamada História para recordar o que já foi e o que pode ser corrigido ou evitado de seguida ao fugaz presente.
A memória é feita de imagens, sons e emoções que ficam impressas na mente de cada um de modo vincado ou, simplesmente, esfumado, quase indefinido, dependendo da emotividade do momento vivido.
As pessoas, por comodismo, desprezam este tipo de considerações e repetem erros sobre erros ao longo da vida. A memória, a mais das vezes, traz-nos ao consciente lembranças que nos magoam deprimindo-nos e lançando-nos no caixote do lixo.
Estamos (todos em Portugal e no Mundo) a viver um desses momentos. A nossa memória tem, face à conjuntura, de ser filtrada, deitando fora o que de mau se passou e aproveitando, como forma de animação e realento do corpo e da alma, as boas imagens, sons e emoções que nos empolgaram e que, agora, reporão as nossas forças e o nosso Ego.
É hora de andar e não de ficar estático a prantear “o leite derramado”. Haja esperança!
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