«Antes só do que mal acompanhado» – é um provérbio português que, embora incentivando à solidão – previne contra as más companhias.
Sim, sim! Mas… Tudo tem prós e contras.
Se, por um lado, adverte para o perigo de sermos influenciados negativamente; por outra via, faz-nos pensar, também, na desgraça da solidão, por incompatibilidade com quem nos rodeia, o que, por seu turno, não deixa de ser (bastante) mau.
Não termos quem fale a nossa linguagem ou aja em inconformidade com a nossa forma de ser e estar na vida leva, de modo bem vincado e irreversível, ao isolamento e… tantas vezes à depressão.
O artista, no acto de introspecção criativa, procuram a solidão que o coloca naturalmente numa situação de previsão daquilo que tende a realizar. Há quem apelide este estado alma de “meditação”. Eu prefiro chamar-lhe “investigação subliminar”.
No passado dizia-se que «o silêncio é de oiro” no que estou amplamente de acordo sobretudo no que concerne ao acto de criar algo que se pretende seja transcendente e belo.
«Deus me mate no meio da multidão» – afirma-se às vezes, pois eu não sei se será bom se mau, mas sei, isso sim, é que ter (ou sentir) solidão por incompatibilidade de ideias e actos é um estado sentimental que acabrunha, dói e… pode matar.
Então – criando um novo aforismo – diga-se: «melhor mal acompanhado do que só!»
E viva o convívio, a fraternidade partilhada!!!
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