A Doutora Maria Lúcia Lepeki, ex-professora da Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa, na Revista “Super Interessante” nº 150 de Outubro de 2010, no artigo “O lobo guará”, usa o termo paciencioso (em vez de paciente) referindo a paciência de seu avô, «quando ficava perrengue» (adoentado).
Sim, sim! Isso mesmo!
Esta sublime receita de sermos pacienciosos na doença e, de um modo geral, em todas as dificuldades da vida, não deixa de ser deveras interessante, pois evita a tomada precipitada de decisões de que, a curto ou longo prazo, nos podemos vir a arrepender.
Todavia tudo tem limites e o retardar da acção, em política, pode, a mais das vezes, ser perniciosa pelo mal-estar causado aos cidadãos que ficam em ânsia e, justamente, em dúvida quanto à boa fé dos intervenientes.
A demora na tomada de atitudes é – afirme-se sem receio de erro –, quase sempre, a mãe de grandes males e, umas tantas vezes, de subjacentes guerras bélicas ou, somente, psicológicas que destroem patrimónios morais e físicos das nações e dos homens.
Temos o corpo e a alma perrengue, contudo, no caso presente, não podemos virar pacienciosos e sim, bem lestos e activos para não perdemos os bens e a dignidade de que nos orgulhamos.
- Grite-se a nossa ansiedade e dor, pode ser que nos ouçam!....
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