Vem aí a noite das bruxas (31 de Outubro), mas eu – confesso – não consigo entender tal festividade no calendário português, porque, há mais de cinquenta anos, não havia o que agora há e se faz.
No meu tempo apenas se escavavam abóboras para fazer com elas carantonhas iluminadas por uma vela, acesa no seu interior, que depois, em profusão, eram colocadas na “Cava de Viriato”, lembrando aos viseenses que, no dia seguinte, teriam de ser enfeitadas as campas dos que, antes de nós, haviam partido para o Tempo sem Tempo.
Graças aos meios de Comunicação actuais, importou-se as festividades e tropelias do “Aloween” para a nossa cultura e é ver, mascarados de bruxos e feiticeiras, foliões pelas ruas; fantasmas, de lençol branco, tentando assustar os passantes; crianças, também mascaradas, pedindo guloseimas às portas de amigos e conhecidos e, nas associações, animados bailes alusivos àquela noite.
Mudam os tempos, mudam os modos de estar! È a evolução! Para melhor? Para pior? Não julgo! Porque me não acho com conhecimento para tal! Quem o souber fazer que o faça, todavia, no meio da crise em que estamos mergulhados, as pessoas necessitam de alguns momentos de diversão, para esquecerem as dificuldades da vida e serem, ao menos, por instantes, felizes...
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