sexta-feira, outubro 23, 2009

Conselhos - uma questão de e para analisar

Desde menino que ouço dizer: «Quem quer um conselho, | peça-o a um velho
NAo! Não compartilho tal asserção, porque, em toda a minha vida, os melhores conselhos que recebi foram-me dados, em forma de sugestão, por gente na "força da vida" e não por pessoas desgastadas pelos muitos trabalhos e pelo peso dos anos.
Este meu raciocínio teve-o, também, de forma bem vincada, Luís Vaz de Camões ao criar, de modo sublime, nos Lusíadas, as figuras - retrogradas, e desfasadas do espírito empreendedor e aventureiro dos buscadores de "novos Mundos" - dos "Velhos do Restelo", a verem a vida por uma óptica desactualizada e, por isso, totalmente ultrapassada.
A sabedoria dos idosos é boa quando eles sabem manter-se, pelo estudo permanente e pela observação de quanto os envolve, abertos à evolução das coisas e dos pensamentos de cada época. Nesse caso um conselho será, de certeza, bom e proveitoso para quem o seguir.
Ser "velho" (e eu sou-o) é -dizem- um posto! Porém, só o será se não estivermos agarrados ao Passado, carregado de preconceitos, dogmas e tabus que já não têm (nunca tiveram), nos dias de hoje, qualquer razão para existirem e, muito menos, para serem seguidos.
E... por aqui me fico!...

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