terça-feira, outubro 20, 2009

Breve dissertação sobre Deus

Acho que já uma vez o disse aqui: Não acredito num Deus, representado como sendo um homem, carregado de anos, de grandes barbas brancas e de vasta cabeleira alva, embrulhado na alvura de uma toga, dando ordens, à direita e à esquerda, às entidades que o rodeiam, lá pelas bandas celestiais, para que actuem sobre os problemas do Universo, com especial incidência nos conflitos que, de segundo a segundo, se vão gerando, na Terra, entre os homens e as suas instituições.
Não! A minha inteligência não é capaz de admitir tal quadro. Admito sim, a existência de Energia Inteligente (permanentemente) Emanada do Cosmos, a qual tudo regula e tudo e a todos atinge. Isso sim, isso, para mim é Deus! Esse conceito transcendental de uma força que tudo abarca e rege, é-me fácil de aceitar.
A primeira versão, nem Moisés, há cerca de quatro mil anos, a aceitou, uma vez que descreveu a Divindade, no seu livro do Êxodo, como uma sarça ardente inextinguível, (a tal Energia que atrás refiro) e João, no Apocalipse, também a descreve como uma energia, ao dizer que "do Trono saiam relâmpagos" que iluminavam todo ambiente, não assinalando a presença de um corpo humano.
A Bíblia foi escritas por homens, por isso tem erros e tem princípios desajustados aos conceitos científicos, morais e sociais da actualidade, mas, também e sobretudo, tem ensinamentos ajustáveis à forma de viver dos nossos dias. Há que, como dizia Cristo, saber "separar o trigo do joio", aproveitando o primeiro e lançando o segundo ao fogo.
Ou não será assim?... Estarei, como muitas vezes, a ser louco e... burro?...
Pelo que me é dado observar, com pensamento tão espiritual e etéreo, nunca, nem com as melhores cunhas, poderei vir a ser galardoado com o Nobel.

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