quinta-feira, agosto 13, 2009

Palavras ao Vento

A cabeça das pessoas, a menos que sejam psicopatas (com objectivos definidos e ideias fixas), é, permanentemente, um autêntico vulcão a expelir palavras e a conjecturar pensamentos sobre as coisas mais dispares deste mundo e... quantas vezes, até do outro.
«A ocasião faz o ladrão» - diz um velho aforismo português.
Na verdade, eivados de dor, raiva e alegria, atiramos para o ar com palavras e frases do nosso foro íntimo e, de seguida, arrependemo-nos de o ter feito, pois, sem querer, ferimos a quem não devíamos.
O que se deita ao vento, não retorna ou se retorna já vem deturpado por interferências, ecos e ressonâncias das mais variadas.
Por esse motivo se diz que «o silêncio é de ouro.» A este propósito, com séria dor na voz, Martin Lther King, afirmou: «O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons
Os maus queixam-se e berram para impor a sua vontade, todavia os bons, na sua humildade e desejo de não magoarem nada, nem ninguém, remetem-se silêncio e sofrem, sofrem sem conta nem medida.

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