Ás vezes, invade-nos uma apatia enervante e, parece, sem sentido. A qual provoca a ilusão doentia de entrarmos em preguiça e sermos invadidos por um mórbido sentimento de inutilidade. – Não incapacidade de pensamento e raciocínio, que, esses, estão e ficam bem despertos a acusar-nos, implacavelmente, como cilícios aferroando-nos a carne numa tortura mental que (quase) nos aniquila e deprime.
É uma espécie de “virar de costas” ao que nos rodeia, porque nos acabrunha e dói. É – digamos, sem vergonha – querer fugir à realidade deste mundo louco, cruel e oco de valores morais, sociais e humanos, em que ainda vivemos. É o “deixar cair os braços” no meio da luta que, dia a dia, travamos numa irisada e vaga intenção de mudar as coisas e as acções dos homens, que teimam em manter-se cegos e surdos para a salvação dos seus princípios e para a salvaguarda deste pobre e tão maltratado Planeta em que fomos paridos e que, inexoravelmente, teremos de legar aos vindouros que, queiramos ou não, nos hão-de julgar de acordo com o nosso procedimento.
Cobrir a cabeça no meio de cobertores, tentando escapar à luta da sobrevivência, não vale de nada, nem é, de modo algum, solução para o(s) problema(s) que nos afecta(m)! Isso é, pura e simplesmente, cobardia!!!... Há sim, que gritar, que estrebuchar, que fazer um grande ruído para que, quem de direito, nos ouça e faça algo importante pela mudança de tudo, porque tudo precisa de ser mudado!
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