Cá por mim não me preocupam os palácios e palacetes ou solares que, por incúria e incapacidade económica dos seus proprietários já desapareceram – muitos deles não passavam de enormes casarões de estilo indefinido, quando não de muitíssimo mau gosto, o passado acabou, não há que partir o pescoço a olhar para trás –, o que move a minha dor é ver fazer restauros sem prestar atenção ao estilo, à estrutura e aos materiais de origem e ver substituídos, descuidadamente, materiais por outros que são verdadeiras aberrações ou melhor: autênticos atentados ao bom gosto e à realidade histórica desses edifícios.
Isso sim! Isso é que é – diga-se sem rebuço – crime para ser punido com pesada pena ou coima. Mas, infelizmente, não cabem culpas só aos proprietários (de modo geral novos-ricos) e, também, a ignorantes empreiteiros e a arquitectos ávidos de ganhuça ou de quaisquer outros objectivos que desconheço.
No meio disto tudo, resta perguntar: a quem recorrer para se evitarem tais dislates?
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